Nova Tentativa Está Prevista Para 2015
Olá
leitor!
Segue abaixo a matéria
do jornal “O Estado de São Paulo”, postada hoje (10/12) no site do jornal, destacando
que diante da trágica falha no lançamento do Satélite CBERS-3, nova tentativa
está prevista para 2015.
Duda Falcão
SÃO PAULO
Nova Tentativa Está
Prevista Para 2015
HERTON ESCOBAR
O Estado de
S.Paulo
10 de dezembro de 2013 | 2h 01
Diante da perda
do CBERS-3, a prioridade do governo brasileiro agora é acelerar o processo de
montagem e preparação do CBERS-4, o próximo satélite da série de cooperação com
a China. O cronograma atual prevê o lançamento para daqui a dois anos, no fim
de 2015.
"Vamos tentar reduzir isso ao máximo",
disse o vice-diretor do Inpe, Oswaldo Miranda. Segundo ele, seria
"factível" ter o satélite pronto em um prazo de 12 a 14 meses, mas
isso dependerá de negociações com o lado chinês. Uma comitiva do governo
brasileiro que foi à China acompanhar o lançamento, liderada pelo ministro da
Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, deverá permanecer no país por mais
alguns dias para essa negociação.
Até que o CBERS-4 esteja funcionando no espaço, o
Brasil continuará a depender exclusivamente das imagens de satélites
estrangeiros para observar o próprio território - situação que está em curso
desde maio de 2010, quando o último satélite da série (o CBERS-2B) parou de
funcionar.
Dentro da parceria com a China, cada país é
responsável por 50% da construção dos satélites. Os lançamentos, porém, são de
total responsabilidade da China - apenas o custo, nesse caso, é dividido: US$
15 milhões para cada um.
O Brasil investiu cerca de R$ 320 milhões na
construção dos CBERS-3 e 4. O Inpe ressalta, porém, que esse investimento não
foi perdido com a queda do satélite, pois o conhecimento tecnológico adquirido
no processo permanece intacto.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 10/12/2013
Opinião de um internauta sobre o fracasso do lançamento: Adolfo Sachsida.
ResponderExcluirOlá Duda e demais leitores. O que nenhum leigo entende, ou talvez não queira entender, e foi colocado na reportagem acima, é que a culpa do "problema" (11 segundos a menos no lançador pode ter sido proposital? quem sabe...) do lançamento não é dos técnicos do INPE, muito menos de engenheiros brasileiros.
ResponderExcluirTá, podem dizer que se o país tivesse tecnologia suficiente para criar um lançador longa marcha como o 4B o mesmo poderia ter sido usado e o satélite seria lançado etc etc. Mas isso não quer dizer que a culpa deste lançamento em especial seja dos brasileiros.
Nas páginas dos jornais isso está bem claro. Infelizmente...
A China provocar uma falha no seu próprio lançador? Só se fossem muito burros de jogar fora a credibilidade do seu próprio lançador. A questão é que, como um outro leitor conjecturou, a China está envolvida com lançamentos mais importantes, como o caso da sua sonda lunar, e óbvio que o CBERS não foi prioridade, o que quer dizer que podem reservar os seus melhores profissionais pra trabalhar naquilo que é prioritário, e as falhas podem ocorrer devido à complexidade da tecnologia. Quanto ao Adolfo Sachsida, discordo quanto a considerar Ucrânia e China sem tecnologia, pois os mesmos tem lançadores até mais confiáveis que os americanos, na minha opinião. E quanto a tecnologias mais modernas, acredito que somente a Rússia com o Angara terá tecnologia mais moderna, o resto é tecnologia dos anos 60. Soyuz, Atlas, Ariane, tudo tecnologia velha, baseada nos mesmos princípios e nos mesmos combustíveis. O Brasil tem a possibilidade de dar saltos e desenvolver tecnologias que coloquem esses países no bolso, mas carece de mão de obra e dinheiro investido.
ExcluirDiscordo completamente do comentário feito de que "nenhum leigo entende, ou talvez não queira entender,... a culpa do problema do lançamento não é dos técnicos do INPE, muito menos de engenheiros brasileiros".
ResponderExcluirIndiretamente, é sim! Será que aqueles que não são leigos, não sabem que a China além de possuir satélites mais avançados que o CBERS, envia astronautas ao espaço, possui uma estação espacial em órbita e está conduzindo uma missão para a Lua?
É óbvio que o lançamento de um satélite desse tipo iria cair no fim da lista de prioridades deles. As chances de terem envolvido profissionais de "segunda linha" na montagem desse lançador é alta, portanto o que aconteceu, nem é tão surpreendente assim.
Alguém leu algum alerta de algum desses técnicos não leigos sobre essa possibilidade? Ora, se até um leigo como eu, consegue ver esses fatos óbvios, os referidos técnicos tem culpa sim, no mínimo de OMISSÃO.
Numa empresa privada, os funcionários são cobrados diariamente sobre "proatividade". É nossa responsabilidade alertar nossos chefes sobre os riscos de cada projeto. Se o meu chefe imediato não me ouve, eu alerto as instâncias superiores. Se mesmo assim não me escutam, eu "boto a boca no trombone", pois preciso manter a minha reputação no mercado, pois EU não tenho garantia de emprego.
Assim é muito fácil. Perdeu-se um satélite de cinquenta e tantos milhões. Que pena, a culpa não foi nossa. Vamos fazer tudo igual novamente e tentar mais uma vez em 2014 ou 2015. Como bem disse Albert Einstein "Insanidade, é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes".