China Admite Falha em Foguete Lançador
Olá leitor!
Segue abaixo
outra matéria postada ontem (10/12) no site do jornal “O Globo” destacando que
a China admitiu a falha do foguete lançador.
Duda Falcão
CIÊNCIA
China Admite
Falha em Foguete Lançador
Perda do
satélite CBERS-3 põe à prova
avanços no programa espacial brasileiro
Cesar Baima
Publicado:
10/12/13 - 21h14
Divulgação/INPE
RIO - A China admitiu ontem que
uma falha ainda não especificada no terceiro estágio do foguete Longa Marcha 4B
foi responsável pela perda do CBERS-3, quarto integrante da série de satélites
sino-brasileiros de observação da Terra iniciada em 1999, logo após seu
lançamento na madrugada da última segunda-feira de uma base no país. Em um
comunicado, a China Great Wall Industry Corp. (CGWIC), responsável pela
operação, informou que a fabricante do equipamento, a Shanghai Academy of
Spaceflight Technology, está investigando o problema.
Mas se é nos momentos de crise
que se testa a vontade, o fracasso no lançamento do CBERS-3 servirá então como
uma boa prova para a força da convicção do Brasil de dominar a tecnologia
espacial. O diagnóstico é de David Vaccaro, diretor da equipe internacional da
Futron, empresa de consultoria especializada no setor aeroespacial sediada nos
EUA. Segundo Vaccaro, depois de amargar anos à deriva após a tragédia da
explosão, em 2003, de um foguete na plataforma da base de Alcântara, Maranhão,
que matou 21 técnicos do projeto do nacional Veículo Lançador de Satélites
(VLS), nos últimos tempos o programa espacial brasileiro parece ter
reencontrado seu rumo, registrando avanços tanto no campo político quanto
científico que serão críticos para seu futuro.
— Vemos no Brasil um crescimento
do debate em torno de sua política espacial que, independentemente das decisões
que serão tomadas, é um sinal positivo quanto à importância que está sendo dada
ao assunto — avalia Vaccaro, citando como exemplo os planos de fusão da Agência
Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
que já foram defendidos anteriormente pelo atual ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp quando ocupava a presidência da
própria AEB. — Há um foco maior do Brasil na visão de longo prazo para sua
presença no espaço, evidenciado no PNAE (Programa Nacional de Atividades
Espaciais, divulgado no início deste ano e que estabelece diretrizes e ações do
programa espacial brasileiro para o período entre 2012 e 2021), e o repasse de
recursos do orçamento para os programas da AEB vem aumentando, o que vemos como
um investimento estratégico. A falha no lançamento do CBERS-3 certamente é um
percalço, mas de forma alguma deverá descarrilhar o programa ou colocar em
risco o acordo com a China.
E se depender das primeiras
reações do Brasil ao fracasso de segunda, o país segue no rumo previsto pelo
PNAE de chegar ao espaço por meios próprios ainda ao longo dos próximos dez
anos. Em reunião realizada ainda ontem na China, autoridades brasileiras e
chinesas concordaram em se esforçar para antecipar ao máximo o lançamento de um
novo satélite da série, inicialmente previsto para 2015. A data para a
operação, no entanto, ainda está longe de ser definida, ressalta Petrônio
Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da
AEB.
— Esta antecipação ganhou uma
prioridade elevada — conta Petrônio. — Mas para isso ainda temos uma
multiplicidade de detalhes a serem abordados. Alguns equipamentos do novo
satélite ainda estão sendo fabricados e a agenda de trabalho também precisa
levar em consideração outras questões, como logística etc. É um planejamento
complexo e uma data de lançamento definida não é algo que saia de uma simples
reunião.
Fonte: Site do Jornal
O GLOBO – 10/12/2013 - http://oglobo.globo.com/
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