Centro de Lançamento da Barreira do Inferno Realiza 200º Rastreio em Parceria Com a Agência Espacial Europeia
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (26/12) no site do Departamento
de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) destacando que o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)
realizou o 200º Rastreio em parceria com a “Agência Espacial Europeia (ESA)”.
Duda Falcão
Centro de Lançamento
da Barreira do Inferno
Realiza 200º Rastreio em Parceria
Com a Agência Espacial
Europeia
ACS/DCTA
26/12/2013
Quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 - Nessa data, o Centro de Lançamento da
Barreira do Inferno (CLBI), de Parnamirim (RN), entrou para a história ao
realizar o rastreio do veículo lançador Soyuz – o de número duzentos da
parceria com Agência Espacial Europeia (ESA), iniciada em 1977. “A participação
do CLBI na operação consistiu em fazer o rastreamento do lançador em sua
visibilidade radioelétrica. Desse modo, a instituição continua indispensável
para a realização dos sonhos da ESA e do mundo”, explica a Engenheira Maria
Goretti Dantas, Chefe da Seção de Interface entre o CLBI e o Centro Espacial
Guianês (CSG).
Apesar de o
rastreio de número duzentos ter sido realizado com o veículo Soyuz, foi com a
família de lançadores de satélites Ariane que a parceria se consolidou ao longo
do tempo. A importância do trabalho conjunto das duas instituições é refletida
nos números: somente do Ariane foram 198 rastreios realizados pela
estação do Brasil. Em 2013, oito operações de rastreamento, das quais duas
foram de qualificação, três do Ariane e duas do Soyouz, foram concluídas em
solo brasileiro. “Poucos Centros do porte do CLBI conseguem ter essa cadência de
operações”, conta Goretti.
Os lançamentos da
Agência Espacial Europeia são efetuados no CSG, localizado em Kourou, na Guiana
Francesa. No processo de lançamento dos seus foguetes, a ESA conta com uma rede
internacional de rastreio em Telemedidas, que coleta e envia dados sobre os
voos para o centro europeu. Entre eles está o CLBI, único colaborador cuja
estação não é operada por técnicos da Europa ou de países membros da ESA. Ao
longo dos 34 anos de cooperação internacional, os veículos rastreados pelo
centro brasileiro levaram quase 350 satélites para o espaço.
SOYOUZ
O veículo
lançador Soyouz é famoso por representar a conquista do espaço - em 1957 lançou
o primeiro satélite, o Sputnik, e em 1961 enviou o primeiro homem ao espaço,
Yuri Gagarin. A versão modernizada do Soyouz, utilizada atualmente pelo CSG, é
adaptada às missões habitadas, ou não, e supre a demanda do mercado de
satélites de telecomunicações e as missões científicas.
O Soyouz tem
aproximadamente 46 metros, pesa 308 toneladas e é movido a oxigênio líquido e
querosene.
Fonte: Site do Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA)
O 200º rastreio do progresso europeu.
ResponderExcluirE nós aqui, ó, só obvervando.
Por falar em Soyuz, a Rússia lançou hoje uma nova geração do foguete: "Soyuz-2.1v light class" com foco no lançamento de micro e pequenos satélites
ResponderExcluir(E nós aqui ainda capengando pra construir o nosso foguetinho...)
Fonte: http://rt.com/news/russia-soyuz-rocket-launch-922/
Olhando para o lado positivo, ao menos temos os equipamentos para lançar e acompanhar foguetes, o que pode ser um "plus" e um passo importante para atingirmos nossa própria independencia. No entanto falta visão, e não poderemos seguir adiante somente pensando em parcerias mas sim num programa espacial próprio, nacional, que faça jus ao equipamento de rastreio de qualidade que já temos. Espero que nossa maior ambição não termine no Cyclone-4, senão nada mais estamos fazendo, do que servir interesses internacionais e atendendo o interesse soberano de outras nações.
ResponderExcluirCadê o Brasil para os brasileiros? Espero que essa ideia idiota e internacionalista de "unir os povos latinos-americanos" não termine sufocando os nossos próprios interesses soberanos.
Estou no momento reformulando o artigo sobre o Programa Espacial Soviético na Wikipedia, devido a sua importância histórica e também ao fato que a versão atual do artigo ter virado uma verdadeira "colcha de retalhos".
ResponderExcluirNessa horas, certos fatos que já conhecemos são novamente reavivados na nossa memória.
Sabemos hoje que nos primeiros anos o programa espacial soviético tinha muito mais sucesso que o americano., porém depois da criação da NASA as coisas começaram a mudar. Basicamente, as diferenças eram duas: enquanto os Estados Unidos tinham uma única agência civil controlando e gerenciando todo o programa, a União Soviética continuava com um intrincado e burocrático sistema militar de escritórios de projeto independentes e concorrentes (em muitos casos com interesses antagônicos). E a outra diferença era a forma como as empresas americanas eram contratadas e sub contratadas repassando a responsabilidade de produção para quem sabia fazer isso, enquanto na União Soviética eram fábricas estatais enormes, em sua maior parte não especializadas
Agora vejamos a nossa situação: um programa que tem uma Agência espacial que parece só existir no papel. Temos apenas dois importantes centros de pesquisa em destaque: um civil ligado a um ministério que cuida dos satélites e outro militar, ligado a outro ministério que cuida dos foguetes.
Como se vê, a bagunça está armada, e como cereja do bolo um setor político corrupto que envergonha o país a décadas sem nenhuma perspectiva de melhoria a curo prazo.
Então meus caros, os exemplos históricos estão aí para quem quiser ver. A essa altura, TODOS deveriam saber o que dá certo e o que não dá, mas parece que querem ignorar o óbvio: se não houver uma profunda reformulação na forma como o nosso "programa" é conduzido, estamos fadados ao insucesso, ou talvez ficar patinando nesse mar de oportunidades perdidas e objetivos não realizados.
É uma lástima !!!