O Caçador Brasileiro de Auroras Boreais
Olá leitor!
Trago agora para você uma interessante matéria do
jornalista Salvador Nogueira,
postado dia (19/12) na página do Blog Mensageiro Espacial do Jornal
Folha de São Paulo sobre um empresário brasileiro que se tornou um Caçador de
Auroras Boreais.
Duda Falcão
O Caçador Brasileiro de Auroras Boreais
Por Salvador Nogueira
Blog Mensageiro Sideral
19/12/13 - 06:02
Um
dos mais incríveis espetáculos celestes é o das auroras. Testemunhar uma delas
é um evento tão apaixonante que motiva algumas pessoas a saírem pelo mundo à
caça dessas “pinturas” naturais.
É
o caso de Marco Aurélio Brotto, empresário de Curitiba. Procurando por elas há
cinco anos, ele retornou no mês passado onde tudo começou: o Alasca. A foto
acima foi tirada lá, no Parque Nacional Denali.
“A
primeira vez foi no Alasca, em 2008″, disse Brotto ao Mensageiro Sideral.
“Mas simplesmente perdi a viagem. Não encontrei nada. Imaginava que era só
chegar e olhar.”
A
primeira aurora do brasileiro ele acabou vendo três anos depois, na Noruega.
Brotto contratou um guia, mas o profissional ficou doente. “Aluguei um carro,
peguei barco, ônibus, até que no último dia consegui ver. Paixão imediata.”
A
CIÊNCIA DAS AURORAS
As
luzes ondulantes que aparecem no céu são resultado da interação do vento solar
— partículas emitidas pelo Sol em todas as direções do Sistema Solar — com o
campo magnético terrestre.
Além
de fazer com que as bússolas apontem para o norte, a chamada magnetosfera ajuda
a defletir as partículas que circulam pelo espaço. Isso é importante porque nos
protege de radiação perigosa, e trata-se de um sintoma de o planeta ter um
núcleo externo pastoso, capaz de conduzir eletricidade. Enquanto o núcleo
externo gira, ele produz um campo magnético, como um dínamo.
Os
dois polos magnéticos mais ou menos coincidem com os polos geográficos da Terra
(mas não exatamente) e atraem as partículas eletricamente carregadas do vento
solar para lá. É justamente por conta desse fluxo de partículas na direção da
atmosfera que são produzidas as auroras. Quando ocorrem no círculo ártico, são
chamadas de auroras boreais. No círculo antártico, são as auroras austrais.
Quando
o Sol está mais ativo, as auroras podem surgir em latitudes mais baixas. Se as
partículas interagem com o oxigênio atmosférico, as auroras ganham uma cor
esverdeada ou alaranjada, dependendo da quantidade de energia da radiação.
Quando a interação se dá com o nitrogênio, as luzes têm tons azuis ou
vermelhos.
Basta
uma olhada nas fotos para ver o tamanho do espetáculo. Brotto tirou esta na
Islândia, em abril de 2012.
Esta
aqui foi em Cabo Norte, na Noruega, em fevereiro de 2012.
Esta
também na Noruega, em dezembro do ano passado.
Esta
no Alasca, em novembro deste ano.
E
a caçada continua! Brotto pretende ir à Noruega novamente em janeiro, e em
abril, Groenlândia. Em julho, o empresário foge da Copa do Mundo e vai à Nova
Zelândia, tentar ter o primeiro gostinho de uma aurora austral.
São
várias noitadas em busca delas. “O melhor horário costuma ser entre 22h e 2h da
manhã, mas já vi às 7h da noite e às 5h da manhã”, conta o empresário
brasileiro, que pediu sua noiva em casamento sob as luzes do norte, e a cada
nova experiência parece mais fascinado e atraído pela busca, quase por
instinto. “Parece que a gente sente o cheiro dela”, brinca.
Fonte: Blog Mensageiro Sideral do Jornal Folha de São
Paulo - http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br
Comentário: Pois é leitor, o empresário Marco Aurélio Brotto está de
parabéns pela sua dedicação e perseverança no que se prontificou a realizar,
sendo um exemplo para muitos nesse país de fantasia. As fotos são fantásticas e
chamo a atenção do leitor para uma delas, a que mostra o Cabo Norte, na Noruega
(a terceira de cima para baixo). Num exercício de imaginação, se retiramos da
foto o que parece ser um guard-rail ou uma cerca na lateral de uma estrada,
essa foto passaria perfeitamente como uma ilustração de uma suposta superfície
de um exoplaneta. Magnífica foto de uma extraordinária paisagem terrestre que
nos leva a ampliar a nossa imaginação.
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