INPE Comemorará 49 Anos de Fundado Amanhã

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (02/08) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o instituto completará amanhã (03/08) 49 anos de fundado.

Duda Falcão


INPE Completa 49 anos. Cerimônia de Aniversário

Terá Transmissão ao Vivo Pela Internet


02/08/2010


Em 3 de agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) completa 49 anos. A comemoração será nesta quinta-feira (5/8) durante cerimônia presidida pelo diretor Gilberto Câmara e com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.

Realizada no auditório Fernando de Mendonça (LIT/INPE), em São José dos Campos, a cerimônia será transmitida ao vivo pela internet, a partir das 14h30, através do endereço: http://video.rnp.br/portal/InfosEvento.do?_EntityIdentifierEvento=rnp1TKkg6sZq_cIeq3pvXe2BuTWhZ6hmJiXk1sMU7SI5k4.&

Na oportunidade, serão homenageados os servidores aposentados durante o último ano e aqueles que completam 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 anos de atividades no Instituto.(Confira aqui a relação dos servidores homenageados em 2010).

Também recebem a homenagem do Instituto os servidores que tiveram destaque nas carreiras de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Gestão. Em 2010, serão agraciados Dalton Valeriano, pesquisador que coordena o Programa Amazônia; Jun Tominaga, engenheiro da área de Rastreio e Controle de Satélites; e Ruy Caetano da Silva, analista do setor de Orçamento.

O INPE é reconhecido internacionalmente por seus sistemas de monitoramento, estudos climáticos e previsão do tempo, ciências espaciais, atmosféricas e do ambiente terrestre, engenharia de satélites e pela excelência de seus cursos de pós-graduação.

História

O Instituto Nacional de Atividades Espaciais (INPE) atua nas áreas de Meteorologia e Mudanças Climáticas, Observação da Terra, Ciências Espaciais e Atmosféricas e Engenharia Espacial. Possui ainda laboratórios associados em Computação Aplicada, Combustão e Propulsão, Física de Materiais e Física de Plasmas. Presta serviços operacionais e singulares de previsão do tempo e clima, monitoramento do desmatamento da Amazônia Legal, rastreio e controle de satélite, medidas de queimadas, raios e poluição do ar, e realiza testes e ensaios industriais de alta qualidade.

As atividades do INPE tiveram início em 3 de agosto de 1961, com a criação do Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), que em 1963 passou a ser chamado CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais). Com a extinção da CNAE em 1971, foi criado o INPE, ainda como órgão vinculado ao CNPq.

O INPE é o principal órgão civil responsável pelo desenvolvimento das atividades espaciais no País. Ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tem como missão contribuir para que a sociedade brasileira possa usufruir dos benefícios propiciados pelo contínuo desenvolvimento do setor espacial.

O Instituto também se dedica à prestação de serviços, como a distribuição de imagens meteorológicas e de sensoriamento remoto, e à realização de testes, ensaios e calibrações. Além disso, o Instituto transfere tecnologia, fomentando a capacitação da indústria espacial brasileira e o desenvolvimento de um setor nacional de prestação de serviços especializados no campo espacial.

Um dos mais importantes programas do INPE é o CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, que teve início com a assinatura do acordo de cooperação espacial com a China em 1988. Como resultado desta parceria foram lançados os satélites CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B em 1999, 2003 e 2007, respectivamente. Até 2014, estão previstos os lançamentos de mais dois satélites deste programa: CBERS-3 e CBERS-4.

Também se destaca a plataforma orbital PMM - Plataforma Multimissão. A primeira PMM deverá compor o satélite de sensoriamento remoto Amazônia-1, que permitirá o aumento da freqüência da produção de imagens e assim o acompanhamento mais imediato de fenômenos de grande impacto, tais como queimadas e desflorestamento. Dentro da categoria de Satélites de Sensoriamento Remoto, há ainda uma segunda missão, que prevê a colocação em órbita de um satélite com imageador radar.

O INPE mantém, desde 1993, o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Atualmente, o sistema é operado por dois satélites em órbita equatorial – o SCD-1 e o SCD-2, primeiros satélites nacionais, produzidos inteiramente no país. O sistema conta, hoje, com mais de 750 PCD’s espalhadas pelo território nacional.

Com relação à área de Observação da Terra, destaca-se o PRODES – Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. Com 22 anos de história, o PRODES é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir os 4 milhões de km2 de áreas florestais e por sua freqüência anual. Seu resultado mostra a taxa média e a estimativa da extensão do desflorestamento bruto da Amazônia brasileira e tem orientado a formulação de políticas públicas para a região.

Desde junho de 2004, o INPE também opera o sistema DETER - Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que utiliza sensores com alta freqüência de observação para reduzir as limitações da cobertura de nuvens. A maior freqüência de observação permite que o DETER forneça aos órgãos de controle ambiental informação periódica sobre eventos de desmatamento, para que possam ser tomadas medidas de contenção. Mais recentemente, entrou em operação o DEGRAD - Sistema de Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na Amazônia. Em breve, serão lançados os primeiros resultados do DETEX, sistema que verifica áreas de exploração seletiva de madeira.

Outro importante instrumento utilizado na preservação da maior reserva natural da Terra é monitoramento orbital de focos de calor, que fornece dados ao Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios Florestais no Arco de Desflorestamento, conhecido como PROARCO, sob a responsabilidade do IBAMA.

Com relação às atividades em Meteorologia, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, criado em 1994 e sediado em Cachoeira Paulista (SP), deu passos significativos nos últimos anos na manutenção de sua liderança como um dos mais completos núcleos de previsão meteorológica e climática do Hemisfério Sul e do planeta. Essa é uma área da ciência altamente vinculada ao desenvolvimento do país, em especial nos setores agrícola, energético e na conservação do meio ambiente. Graças aos recursos computacionais do INPE, o Brasil está entre países com alta capacidade de processamento dedicado para operação e pesquisa em tempo e clima.

A área de Ciências Espaciais e Atmosféricas realiza pesquisas básicas e aplicadas com a finalidade de entender os fenômenos físicos e químicos que ocorrem na atmosfera e no espaço. E o INPE também mantém atividades associadas à área espacial que desenvolvem pesquisas pura e aplicada, visando o domínio de tecnologias de ponta e de interesse estratégico às atividades espaciais nas áreas de sensores e materiais, física de plasma, computação científica e modelagem matemática.

Na área de infraestrutura de apoio a satélites, o INPE conta com dois laboratórios e um centro operacional. São eles: o Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC), o Laboratório de Integração e Testes (LIT) e o Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP). O LIT equipara-se aos melhores laboratórios do gênero no mundo, sendo o único em sua categoria no Hemisfério Sul. Inaugurado em 1987, o Laboratório realiza uma grande gama de testes, integração e montagem de modelos de satélites, subsistemas e componentes espaciais.

Outra atividade importante do Instituto é a recepção, gravação, produção e disseminação de dados de satélites nacionais e estrangeiros. A partir de 2004, numa iniciativa pioneira no mundo, o INPE passou a disponibilizar gratuitamente pela internet as imagens de seus satélites.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Apesar do grande avanço alcançado em várias áreas por essa instituição de renome internacional nesses 49 anos, o INPE deixa ainda a desejar com relação à área de satélites. Instituição pioneira no desenvolvimento de satélites na América Latina, perdeu sua hegemonia para os argentinos devido a falta de investimento por seguidos governos que descuidaram desse setor, fazendo com que a instituição avançasse muito pouco desde o lançamento do SCD-1 em 1993. Parabéns ao INPE em seus 49 anos de vida pelo conjunto do seu trabalho, apesar das trapalhadas governamentais que certamente dificultaram e ainda dificultam o seu desenvolvimento.

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