Senado Aprova Acordo Que Permite Uso da Base de Alcântara Pelos Estados Unidos
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (12/11) no site “Agência
Senado” destacando que agora é definitivo, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
(AST) com os EUA foi aprovado no Plenário do Senado Federal na tarde de hoje, e
agora segue pra ser promulgado.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Senado Aprova Acordo Que Permite Uso da Base de Alcântara
Pelos Estados Unidos
Por Isabela Vilar
Agência Senado
12/11/2019, 19h11
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O Senado aprovou nesta terça-feira (12) o acordo que
permite a participação dos Estados Unidos em lançamentos a partir do Centro
Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O texto havia sido aprovado pela
manhã na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O texto não
necessita da sanção presidencial e será promulgado.
O Projeto
de Decreto Legislativo 523/2019 ratifica o texto do Acordo de Salvaguardas
Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos, assinado em Washington, em 18
de março de 2019. As negociações foram conduzidas pelos Ministérios das
Relações Exteriores, da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações.
De acordo com o governo, o acordo pode contribuir para
tornar comercialmente viável o CEA para lançamentos de objetos espaciais, o que
geraria divisas para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (PEB).
Outro argumento é de que as patentes de grande parte dos componentes tecnológicos
dos objetos da indústria aeroespacial têm patentes dos Estados Unidos. Está
previsto no texto um plano de controle de transferência de tecnologia.
O texto proíbe o lançamento de espaçonaves ou veículos de
lançamento de países sujeitos a sanções estabelecidas pelo Conselho de
Segurança das Nações Unidas ou cujos governos tenham repetidamente apoiado atos
de terrorismo internacional. Também não será permitido no CEA o ingresso de
equipamentos, tecnologia, mão de obra ou recursos financeiros de países que não
sejam membros do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR, na sigla em
inglês).
Relatório
Para o relator da matéria, senador Roberto Rocha
(PSDB-MA) a entrada em vigor do acordo colocará o Brasil no mercado global de
lançamentos de carga ao espaço, além de destravar a operação comercial de
Alcântara e viabilizar a implantação da política espacial brasileira.
Entre os resultados do acordo, ele mencionou a geração de
expansão tecnológica, o desenvolvimento social e o crescimento econômico. Para
o estado do Maranhão, ele disse que o acordo pode induzir de atividades
econômicas em apoio aos serviços de lançamento, gerar a formação de mão de obra
especializada, alavancar o setor de serviços e incrementar a arrecadação de
impostos.
— Estamos tratando de um ativo econômico infinito porque
o minério um dia acaba, o petróleo um dia vai acabar, mas a altura de Alcântara
nunca vai acabar — disse o relator, em referência à latitude da base de
lançamento.
O ponto onde a base se localiza é estratégico porque a
velocidade de rotação da Terra é maior nas áreas próximas ao Equador do que no
restante do planeta, o que serve facilita os lançamentos. A base de Alcântara
está pouco mais de 2 graus ao sul da linha imaginária, que divide o
planeta ao meio.
O senador Weverton (PDT-MA) também defendeu o acordo.
Para ele, a aprovação é positiva não só para o desenvolvimento da indústria
aeroespacial nacional e para o desenvolvimento da região de Alcântara.
O vice-líder do PT, senador Rogério Carvalho (SE) afirmou
ser contra a aprovação e recomendou o voto contrário aos colegas de bancada.
Para ele, a aprovação do projeto pode significar justamente o contrário do que
o governo alega e reduzir a capacidade do Brasil de desenvolver tecnologia na
área espacial.
— Esta cooperação pode reduzir a capacidade do nosso país
de desenvolver tecnologia e de se transformar em um grande player
lançador de foguete e desenvolvedor de tecnologia espacial. Nós temos um
posicionamento contrário a essa cooperação da forma como ela está sendo
proposta — explicou.
Material Radioativo
O acordo também dispõe sobre dados técnicos autorizados
para divulgação. A regra é não se permitir a divulgação de informações sobre
veículos lançadores, espaçonaves e equipamentos dos EUA. O governo
norte-americano, no entanto, deverá fornecer ao governo brasileiro informações
sobre a presença de material radioativo ou de substâncias que possam causar
danos ao meio ambiente ou à saúde humana, de acordo com a legislação
brasileira.
Os parâmetros orbitais básicos e as funções gerais de
espaçonaves lançadas do CEA também são informações que devem ser fornecidas
pelos Estados Unidos. Se houver requisição do governo brasileiro, os
contêineres lacrados que transportem veículos, espaçonaves, dados e
equipamentos dos EUA que estiverem no Brasil somente deverão ser abertos para
inspeção por participantes norte-americanos, na presença de autoridades
brasileiras.
Fonte: Site da Agência Senado – https://www12.senado.leg.br
Comentário: Pois é leitor, é isso mesmo, o AST foi
aprovado e agora vai para promulgação. Uma grande vitória para o Brasil, para o
nosso “Patinho Feio” e para o Governo Bolsonaro. Espero que a partir da promulgação
do Acordo, o PEB venha seguir pelos caminhos corretos e que possamos finalmente
avançar em direção do desenvolvimento espacial do país.
Ufa finalmente!!! Avante Brasil!!!
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