Agência Espacial Brasileira Quer Nova Estatal Para Comercializar Uso da Base de Alcântara
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (14/11) no site “Telesíntese”,
destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) quer nova estatal para
comercializar uso da Base de Alcântara.
Duda Falcão
SATÉLITE
Agência Espacial Brasileira Quer Nova Estatal Para Comercializar
Uso da Base de Alcântara
Brasil vai mostrar, em evento do setor aeroespacial na
próxima semana, a disponibilidade da base para agentes de Japão, União
Europeia, França e Estados Unidos.
Por Abnor Gondim
Telesíntese
14 de novembro de 2019
Uma nova estatal poderá ser criada para cuidar dos novos
negócios e fazer contratações sobre lançamentos de foguetes e satélites
no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, por conta da aprovação pelo
Senado na terça-feira, 12, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (ATS) firmado
em março entre o Brasil e os Estados Unidos.
A ideia foi defendida pelo presidente da Agência Espacial
Brasileira (AEB), Carlos Moura, ao falar ao Tele.Síntese sobre os
desdobramentos do acordo. Ele disse que irá sentir a receptividade ao ATS no 3ª
edição do Fórum da Indústria Espacial Brasileira, a ser realizado nos próximos
dias 19 e 20 no Parque Tecnológico São José dos Campos (SP).
Moura reforçou a ideia de ser criada uma nova estatal ao
ser questionado se a proposta não poderia ir contra a política de privatização
de estatais que está sendo executada pelo governo Jair Bolsonaro. Estão em
curso estudos nesse sentido para os Correios e a Telebras, que são estatais
vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC).
“No caso de lançamento espacial, ainda é uma situação
muito peculiar porque no mundo todo isso tem um tratamento bem diferenciado,
porque você lida com tecnologia, com compromissos internacionais. Não estamos
falando de um serviço qualquer que possa ser distribuído para a iniciativa
privada”, justificou.
A aprovação do ATS teve envolvimento direto do ministro
do MCTIC, Marcos Pontes, que trabalhou no convencimento dos parlamentares.
O presidente da AEB fez a defesa da nova estatal com base
em estudos feitos por um grupo de trabalho instituído no ano passado, no
governo do ex-presidente Michel Temer, pelo Comitê Gestor de Desenvolvimento do
Programa Espacial Brasileiro (CDPEB).
“Tem estudos demonstrando por que, em um processo de
comercialização da base de Alcântara, seria importante ter uma empresa pública
independente que pudesse iniciar esse trabalho”, afirmou.
Potenciais Usuários
No evento em São José dos Campos, o acordo para o uso
comercial da base de Alcântara será apresentado a representantes de várias
agências internacionais, como do Japão, da União Europeia, da França e dos
Estados Unidos.
Há expectativa de participação de 14 empresas
norte-americanas. Pelo ATS, Alcântara pode lançar qualquer satélite ou foguete
que tenha tecnologia norte-americana, que é usada em 80% do bilionário mercado
aeroespacial internacional.
“Eu diria que, a partir da realização desse fórum, nós
teremos uma sinalização mais concreta dos potenciais usuários de Alcântara,
para dar um prazo para a retomada dos lançamentos”, avaliou.
Fonte: Site Telesíntese - http://www.telesintese.com.br
Comentário: É sério Sr. Moura? Olha leitor, num
momento onde no Governo Bolsonaro se fala tanto da necessidade de eficiência na
gestão a AEB quer criar mais uma empresa estatal? Vocês perderam o juízo? Acredito
realmente que uma empresa seja necessária, mas não estatal, talvez uma empresa
mista, privada e estatal que seja controlada por gente competente e com veto presidencial
e não mais um estatal que certamente acabar virando cabide de emprego. Parem
com isso, tenham juízo, não podemos errar mais.
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