Segundo Equipe de Astrônomos o LSST Poderá Encontrar Novas "Luas" Orbitando a Terra
Olá leitor!
Segue abaixo notícia postada hoje (20/11) no site “Canaltech”,
destacando que segundo uma equipe de astrônomos o ‘Large Synoptic Survey
Telescope (LSST)’ poderá encontrar novas "Luas" orbitando a Terra.
Duda Falcão
Este Telescópio Poderá Encontrar Novas "Luas" Orbitando
a Terra; Entenda!
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Universe Today
20 de Novembro de 2019 às 08h40
Uma equipe de astrônomos acredita que o Large
Synoptic Survey Telescope (LSST), que deve entrar em operação em 2020, no
Chile, poderá ser usado para estudar outras “luas” que orbitam a Terra. É que,
além da Lua que nós já conhecemos, nosso planeta tem em sua órbita uma
população de corpos menores, como o pequeno asteroide descoberto pela NASA em 2016, e as
chamadas "luas transitórias", que nos orbitam temporariamente.
De acordo com estudo liderado por Grigori Fedorets, examinar esses
objetos próximos à Terra (NEOs) com o LSST poderá ajudar os cientistas a
entenderem mais sobre eles e, quem sabe, conduzir missões até alguns satélites
temporários. O conceito de orbitadores capturados temporariamente (TCOs)
foi postulado pela primeira vez em 2006, após a descoberta do RH120, um objeto
de apenas 2 a 3 metros de diâmetro que normalmente orbita o Sol. A cada vinte
anos, ele se aproxima do sistema Terra-Lua e é capturado temporariamente pela
gravidade do planeta.
Em uma definição estrita, apenas os corpos que completam
uma volta completa ao redor de um planeta são considerados satélites
temporários. No entanto, há alguns asteroides que não configuram uma órbita
completa ao serem capturados temporariamente - esses objetos recebem o nome de
“fly-bys capturados temporariamente” (TCFs). Segundo Fedorets e seus colegas,
os TCFs são um alvo atraente para pesquisas e missões com naves espaciais para
coletar amostras.
(Imagem: ESO)
Impressão artística do asteroide binário NEO 1999 KW4, um
NEO potencialmente perigoso, com aproximadamente 1,3 km de diâmetro.
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Muitos desses objetos são pequenos demais para serem
notados pela maioria dos telescópios e usando técnicas atuais de observação. É
aí que entra o LSST, com sua alta resolução e sensibilidade, capaz de se tornar
uma das principais ferramentas para encontrar NEOs e até mesmo objetos
potencialmente perigosos. Uma vez funcional, o LSST realizará uma pesquisa de
10 anos para tentar desvendar mistérios como a matéria escura, a energia
escura, e a formação e estrutura da Via Láctea, mas também observará o Sistema
Solar na esperança de aprender mais sobre populações de objetos menores,
incluindo os NEOs.
Para determinar quantos TCOs o LSST poderá detectar, a
equipe executou uma série de simulações. Os testes revelaram que o telescópio
poderia ajudar a encontrar um TCO por ano, e essa taxa pode ser aumentada para
um TCO a cada dois meses se softwares adicionais forem desenvolvidos
especificamente para esse trabalho.
Isso será benéfico para os astrônomos por várias
razões, como o estudo da composição de corpos celestes do Sistema Solar. Os
TCOs são “entregues de graça” nas proximidades da Terra, o que facilita
bastante o trabalho de chegar até eles. As missões podem acontecer com envio de
pequenos satélites, como um CubeSat, ou mesmo podemos dar os primeiros passos
na captação e utilização de recursos naturais de asteroides.
Por fim, o estudo desses objetos também ajudará os
astrônomos a entender melhor o perigo que eles representam ao nosso planeta, já
que muitos desses asteroides cruzam periodicamente a órbita da Terra,
apresentando risco de colisão.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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