Estudo Sugere Usar Bombas Nucleares Para Proteger a Terra Contra Asteroides
Olá leitor!
Segue abaixo notícia postada dia (23/11) no site “Canaltech”,
destacando que estudo sugere usar Bombas Nucleares para proteger a Terra contra
Asteroides.
Duda Falcão
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Estudo Sugere Usar Bombas Nucleares Para Proteger a Terra
Contra Asteroides
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: LLNL, SyFy
23 de Novembro de 2019 às 20h00
Embora nenhum asteroide conhecido represente uma ameaça
iminente à Terra, cientistas estão tentando descobrir qual é a melhor forma de
nos proteger de um possível impacto. Explodir com bombas é uma opção, mas isso
não é tão simples quanto parece. Na verdade, o asteroide pode ser capaz até
mesmo de se reconstruir graças à ação da gravidade com o passar do tempo, de
acordo com um estudo publicado em março na revista Icarus.
Agora, um novo artigo publicado no periódico Acta Astronautica por
cientistas de vários laboratórios da NASA
e da Administração Nacional de Segurança Nuclear investigou a melhor maneira de
evitar um impacto. A conclusão deles é que, se o asteroide tiver 300 metros de
diâmetro ou mais, a melhor coisa a fazer é destruí-lo - mas não do jeito que
você pensa. Nada de colocar uma bomba nuclear na superfície da rocha espacial,
muito menos atirar nela com alguma espécie de arma.
De acordo com os pesquisadores, colocar uma bomba
diretamente no asteroide pode resultar em várias situações indesejáveis. Por
exemplo, em vez de um grande asteroide na nossa direção, podemos acabar tendo
que lidar com centenas de pequenos objetos menores. Pior ainda: depois da
explosão, eles estarão radioativos.
Então, o que fazer? O estudo sugere a ideia de explodir a
bomba a alguma distância do asteroide, entre 50 a 1.000 metros da superfície da
rocha. O objetivo não seria quebrá-lo. A bomba iria gerar um enorme pulso de
raios X de alta energia, que acabariam penetrando e sendo absorvidos pelo
material do asteroide. O pulso seria tão grande, e seria depositada tanta
energia na rocha, que parte dela acabaria sendo vaporizada.
Além disso, uma quantidade muito grande de gás se
expandiria extremamente rápido, empurrando o que restasse do asteroide e
alterando sua velocidade e direção. Com o tempo, o asteroide se desviaria da
rota rumo à Terra, e todo esse processo aconteceria em apenas uma fração de
segundos.
(Imagem: LLNL)
Claro, tudo isso depende de muitos fatores: a massa do
asteroide, sua forma e tamanho, o material na superfície, a porosidade desse
material, sua resistência estrutural, o tipo de bomba, e a distância da
explosão. A equipe por trás dessa pesquisa usou modelos de computador para
descobrir como todos esses fatores contribuem para o desvio.
Para testar, eles escolheram o Bennu, asteroide de 500
metros de largura que atualmente está sendo examinado
pela missão OSIRIS-REx, da NASA. Como os cientistas já têm muitas
informações sobre esse asteroide, ele se tornou o candidato perfeito para a
simulação computacional. Os resultados mostram que a vaporização da superfície
via armas nucleares funcionaria muito bem para um asteroide como o Bennu, e
causaria um desvio de 6 centímetros por segundo. Se a explosão fosse realizada
bastante tempo antes do possível impacto - 3 ou 4 anos de antecedência - a
detonação nuclear nos protegeria com sucesso.
Mencionamos no início do texto que esse método é ideal
para asteroides com mais de 300 metros de diâmetro. Mas e as rochas menores?
Qual é a melhor forma de nos proteger delas? De acordo com o estudo, bastará
bater neles o mais forte possível com um foguete. Isso também mudará a
velocidade e a direção do asteroide, caso ele seja pequeno o suficiente.
Contudo, um obstáculo para esse método é o Tratado do
Espaço Exterior, que proíbe a detonação de armas nucleares no espaço.
Felizmente, não há nenhuma ameaça do tipo que seja do nosso conhecimento, então
os cientistas ainda têm tempo para continuar pesquisando alternativas a fim
defender nosso planeta contra asteroides que, porventura, estejam em rota de
colisão com a Terra.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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