Nova Fábrica da Avibrás Vai Custar R$ 46 Milhões

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (16/01) no jornal “VALOR ECONÕMICO” destacando que a nova fábrica da Avibrás para produzir Polibutadieno (PBLH) que é usado na produção do combustível sólido do VLS-1, deverá custar R$ 46 milhões.

Duda Falcão

Nova Fábrica da Avibrás Vai
Custar R$ 46 Milhões

Para o Valor, de São José dos Campos (SP)
16/01/2012

A Avibrás, uma das principais indústrias de material de defesa do país, vai instalar uma nova unidade industrial em Lorena (SP) para fabricar Polibutadieno (PBLH), polímero usado na produção do combustível sólido do foguete VLS-1, mas que também tem aplicações industriais, como resina plástica. Segundo o presidente da Avibrás, Sami Hassuani, esta será a quarta fábrica de PBLH no mundo -as demais são nos Estados Unidos, na China e na Rússia.

O PBLH era fabricado no Brasil pela Petroflex, vendida pela Petrobras a um grupo alemão que decidiu descontinuar a fabricação do produto no país. Segundo Hassuani, serão necessários R$ 46 milhões de investimento para a construção da nova fábrica de PBLH, que deverá ser concluída em 18 meses. Deste total, R$ 8 milhões já foram investidos com recursos próprios no desenvolvimento da tecnologia. O executivo disse que está buscando financiamento junto à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

O potencial de consumo de PBLH no mercado civil, segundo Hassuani, é bem maior do que o dos segmentos de defesa e espacial, mas é importante levar em consideração seu elevado valor estratégico. "Todos os mísseis fabricados e utilizados pelas Forças Armadas no Brasil adotam propelente sólido à base de PBLH. Sem ele não é possível fabricar o combustível", afirmou.

O executivo estima um consumo maior que 5 mil toneladas por ano para o mercado civil, para atender a áreas como construção civil, petroquímica e industrial, com o fornecimento de selantes e impermeabilizantes derivados do PBLH. Para os mercado de defesa e espacial, a demanda potencial é de cerca de 250 toneladas por ano de propelente sólido para foguetes de artilharia, mísseis e veículos espaciais.

"O IAE [Instituto de Aeronáutica e Espaço] também está estudando o uso da versão comercial do PBLH, que é mais fácil de comprar, porque sua aplicação não é restrita como a de um foguete, que é sujeito a embargos", disse o chefe da subdiretoria de Espaço do IAE, coronel Avandelino Santana Junior.

A retomada da produção do PBLH no país, segundo o pesquisador, é estratégica, pois a compra do produto no exterior é complicada, devido a produtos controlados e sujeitos a embargos internacionais.

Criada há 50 anos, a Avibrás emprega cerca de 850 funcionários e faturou R$ 220 milhões em 2010 [último dado disponível]. A empresa produz sistemas de defesa ar-terra e terra-terra, veículos aéreos não tripulados e mísseis.


Fonte: Jornal “Valor Econômico” - http://www.valor.com.br

Comentário: Grande notícia para o PEB, e também para outras áreas que utilizam esse tipo de  polímero em seus produtos. Parabéns a Avibrás pela iniciativa e vamo que vamo.

Comentários

  1. Estamos de parabens!

    Começamos o ano bem!

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  2. Pois é Guardamor e vamo que vamo amigo.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. Engraçado Petrobras vende a fabrica Petroflex aos alemães, ficamos importando o produto da fabrica que era nossa, os alemães perdem uma concorrência em outra área no Brasil ficam com raiva suspende a venda de PBLH para o Brasil e ainda de quebra proíbem a Mercedes Benz de vender ao Brasil a plataforma do veiculo Astros II, ai sim enfim descobrimos que o produto é essencial para desenvolvimento de nossos foguetes, agora vamos gastar milhões para fazer outra fábrica pois não temos fornecedores de PBLH, olha muitas vezes criticamos os EUA de atrapalhar nosso desenvolvimento em termos de defesa porém acho que o principal inimigo do Brasil nesse aspecto somos nós mesmos e nossos "Capacitados" governantes. isso é BRASIL, mas antes tarde do que nunca.

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    Respostas
    1. Desta vez vai,..vivemos um outro momento, o brasil acomulou riquezas durante o regime militar foram preservadas para que no futuro usando tecnologias não disponiveis na época o pais pudesse se beneficiar das mesmas....não é facil pois venderam quase tudo em nome de uma tal globalização....

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