Gov. de Minas Trabalha para Viabilizar Complexo Aeronáutico

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (10/01) no site do “www.segs.com.br” destacando que o Governo de Minas está trabalhando para viabilizar um complexo aeronáutico no estado.

Duda Falcão

Governo de Minas Trabalha para
Viabilizar Complexo Aeronáutico

A proposta é desenvolver pólos em regiões distintas, que sejam
capazes de se comunicar, capacitar, produzir aeronaves

Reginaldo Fernandes Cangussu
10/01/2012

Uma nova história na indústria aeronáutica começa a ser construída em Minas Gerais. A proposta de diversificação da economia -- tendo o Complexo Aeronáutico como uma das vertentes -- ganhou força dentro do governo e vai integrar pelo menos três secretarias de Estado: Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Desenvolvimento Econômico (Sede) e Educação (SEE). O projeto vem em boa hora, em razão do crescimento da aviação civil no Brasil e no mundo, e tem a parceria do governo federal, por meio de ministérios, universidades, agências de desenvolvimento e centros de pesquisa.

Em meio a discussões e elaboração estratégica de projetos dos cinco pólos aeronáuticos e a inclusão de emendas no orçamento da União, a Embraer confirmou a instalação do seu escritório de engenharia e desenvolvimento aeronáutico em Belo Horizonte. Cerca de 100 engenheiros serão contratados até o final de 2012 pela líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos. Posteriormente, o escritório da Embraer será transferido para Lagoa Santa, próximo ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), e junto ao Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), onde também haverá uma escola técnica do programa Brasil Profissionalizado, do Ministério da Educação.

Em relação à Lagoa Santa, o Governo de Minas faz um resgate histórico, pois a cidade já sediou a primeira montadora de aviões do Brasil no governo de Getúlio Vargas, antes mesmo da criação da Embraer. A empresa operou por poucos anos e fechou as portas numa época em que o país não tinha nenhuma montadora de carros. Hoje, o local abriga o centro de manutenção dos aviões da Força Aérea Brasileira.

Segundo o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, Minas tem vocação desde Santos Dumont e hoje possui uma condição especial com escolas de engenharia aeronáutica, centros de manutenção da FAB e de grandes empresas da aviação comercial, além de indústrias já instaladas.Rodrigues disse que o Governo de Minas lidera a discussão, mas considerou as parcerias do governo federal, prefeituras, empresas, universidades e institutos como IEAv, imprescindíveis ao Complexo Aeronáutico.

Durante o ano de 2011, pelo menos uma dezena de reuniões colocou em pauta o Complexo Aeronáutico e chegou-se à conclusão de que o projeto deve ser integrado por cinco pólos: AITN como a primeira aerotrópolis (cidade-aeroporto) da América do Sul, compreendendo os municípios do entorno de Confins; Itajubá (sul de Minas), com a ampliação da Helibrás, que fabrica helicópteros; Tupaciguara (Triângulo Mineiro) com a chegada da Axis Aerospace, empresa que está concluindo o projeto do Tupã – aeronave civil de seis e oito lugares para o mercado nacional e internacional; Lagoa Santa com o Centro de Capacitação de profissionais técnicos, graduados e pós-graduados e Goianá com o Aeroporto Regional da Zona da Mata, recém inaugurado pelo governo mineiro e que poderá ser utilizado pela Petrobras na logística do Pré-Sal. Esse aeroporto tem uma pista de 2.500 metros de extensão, adequado para receber aviões de grande porte.

Aerotrópolis Como Maior Pólo do Complexo

A primeira aerotrópolis da América do Sul está dentro do Projeto de Desenvolvimento do Vetor Norte, que se inspira em modelos de sucesso como Cingapura, Hong Kong, Frankfurt e Miami, entre outros. A idéia passa pela ocupação do aeroporto e de seu entorno com empresas de alta tecnologia, e com a atração de profissionais de classe mundial de diversas áreas. Com vôos para todo o Brasil, o AITN deve fechar 2011 com 9 milhões de passageiros, tornando-se o quinto maior aeroporto público do país. O Governo de Minas — em parceria com a Infraero — é responsável pelo projeto executivo do Terminal 2 de passageiros e das obras do aeroporto industrial, bem como a escolha do apoio logístico. Esses processos licitatórios estão em andamento, e tem a Secretaria de Desenvolvimento Econômico na coordenação e articulação.

Além do entorno do aeroporto de Confins, a proposta do Governo de Minas também pretende criar três rotas tecnológicas no sul, triângulo e rio doce/vale do aço, a fim de atrair empreendimentos para fabricação de produtos de ponta em segmentos como eletroeletrônicos, aeroespaciais, software, biotecnologia, nanotecnologia e outros.

Formação de Mão de Obra Qualificada

Minas se posiciona bem na formação profissional com uma rede de instituições públicas de ensino e pesquisa de excelência. São 14 universidades públicas estaduais e federais, formando profissionais de reconhecida competência. Existem ainda seis institutos federais e uma rede privada de universidades que apresenta qualidade no ensino. Entre as várias escolas que estão trabalhando com o setor aéreo estão Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A Sectes -- por meio da Rede de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e com a SEE – tem projeto de criar 100 pólos de educação a distância, o que vai facilitar o ingresso de cidadãos de todas as regiões em diferentes cursos, inclusive os superiores mais demandados pelo mercado.

2012 é considerado um ano importante pelo Governo de Minas, principalmente pela consolidação dos projetos que integram o Complexo Aeronáutico de Minas Gerais. A expectativa é de que haja avanços significativos no caminho traçado pelo Estado de fazer a diversificação econômica se transformar em realidade.


Fonte: Site www.segs.com.br

Comentário: Parabenizo o Governo de Minas por essa iniciativa e espero e torço que esse novo complexo não fique somente restrito ao setor aeronáutico, pois além do setor espacial representar a vanguarda e o futuro da humanidade, comercialmente ele é muito mais interessante, já que se formos comparar um quilo de avião e um quilo de satélite produzido, o valor agregado é cinco vezes maior no caso do satélite. O que acontece é que no Brasil a distância que separava o setor espacial do setor aeronáutico na década de 80 é hoje muito maior, acarretando com isso um interesse político pelo PEB cada vez menor, atraso tecnológico e estimulando o desinteresse dos jovens profissionais em formação. Aproveitamos para agradecer ao leitor José Ildefonso pelo envio dessa notícia.

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