A NASA Aprova Desenvolvimento de Uma Estrada Com 'Levitação Magnética' na Lua

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Ontem, em 02/05, o site "Inovação Tecnológica" relatou que a NASA havia aprovado o desenvolvimento de um projeto de estrada com levitação magnética na Lua.
 
[Imagem: Ethan Schaler]
Não serão trilhos, mas uma manta multicamada capaz de movimentar plataformas robóticas de carga.
 
Segundo a matéria do site, a NASA deu luz verde para o avanço de cinco tecnologias futurísticas, incluindo um sistema de transporte destinado a facilitar a exploração lunar.
 
O solo lunar, conhecido como regolito, possui propriedades físicas que o fazem aderir a praticamente tudo, tornando impraticável a construção de uma "estrada de terra" na Lua, que resultaria em poeira cobrindo equipamentos e astronautas.
 
O conceito proposto pelo pesquisador Ethan Schaler, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, é a criação de uma estrada diferente - uma que permita a levitação magnética, similar aos trens maglev mais avançados aqui na Terra.
 
"A intenção é construir o primeiro sistema ferroviário lunar, que oferecerá um transporte de carga confiável, autônomo e eficiente na Lua. Um sistema de transporte robótico resistente e de longa duração será crucial para as operações diárias de uma base lunar sustentável na década de 2030, conforme delineado no plano 'Lua para Marte' da NASA e em conceitos de missão como as Operações Robóticas da Superfície Lunar 2 (RLSO2)," afirmou Schaler.
 
A ferrovia lunar, denominada FLOAT (Flexível Levitação em uma Pista, na sigla em inglês), será usada para transportar cargas ao redor da base lunar e entre as zonas de pouso ou outros pontos de interesse.
 
Além de ser um meio de transporte, o regolito lunar também será aproveitado na construção das bases e poderá ser minerado para extrair compostos consumíveis (H2O, LOX, LH2). A ferrovia lunar também ajudará a evitar que o solo se transforme em poeira.
 
[Imagem: Ethan Schaler]
O regolito é incômodo, mas servirá a vários propósitos úteis, incluindo a mineração.
 
O conceito do sistema FLOAT envolve robôs magnéticos não motorizados levitando sobre um tapete flexível de três camadas: uma camada de grafite para permitir a levitação diamagnética dos robôs, uma camada de circuito flexível para gerar o impulso eletromagnético, e opcionalmente uma camada de painel solar de película fina para gerar energia para a base.
 
Portanto, não será exatamente uma ferrovia, mas sim uma "mantovia", que pode ser desenrolada sobre o trajeto desejado, eliminando a necessidade de obras de infraestrutura prévias.
 
Os robôs FLOAT não possuem partes móveis, o que os torna simples e leves, flutuando sobre a estrada magnética para minimizar a abrasão e o desgaste causado pela poeira lunar - um problema enfrentado por robôs lunares com rodas, pernas ou trilhos. Cada robô terá capacidade para transportar cargas de aproximadamente 30 kg a velocidades de 0,5 m/s, o que permitirá mover mais de 100 toneladas de regolito ou carga útil por dia, operando de forma autônoma.
 
"A Fase 2 do projeto visa eliminar os riscos relacionados à fabricação, implantação, controle e operação de longo prazo dos robôs em escala métrica e das pistas em escala quilométrica, que apoiarão as atividades de exploração humana na Lua," anunciou Schaler. Isso envolverá a construção e testes de uma série de protótipos de robôs e pistas em escala reduzida, culminando em uma demonstração em um ambiente de teste lunar analógico, incluindo testes de diversas estratégias de preparação do local e implantação das pistas.
 
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