A China Selecionou Novas Missões Espaciais, Incluindo Uma Destinada Para o 'Lado Oculto da Lua' e Outra Voltada Para o Levantamento de Exoplanetas
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Credito: NSSC
O diretor do NSSC da China,Wang Chi, discursando em uma reunião sobre ciência espacial no Fórum Zhongguancun em 27 de abril de 2024. |
No dia de ontem (30/04), o portal SpaceNews divulgou que a Academia Chinesa de Ciências (CAS) está apoiando uma nova série de missões diversas e de ponta, avançando sua ambiciosa agenda na ciência espacial.
Conforme relatado pelo portal, essas iniciativas, que englobam áreas como astronomia no lado distante da lua, astrofísica, exoplanetas e heliofísica, têm como objetivo colocar a China na vanguarda da pesquisa astronômica e da exploração espacial. Wang Chi, diretor do Centro Nacional de Ciências Espaciais (NSSC) da CAS, anunciou as missões durante a reunião anual do Fórum de Zhongguancun em 27 de abril.
Entre as missões selecionadas estão a Descoberta do Céu em Comprimentos de Onda Extremos (DSL), a missão de Temporização e Polarimetria Aprimorada de Raios-X (eXTP) e a Pesquisa ExoEarth, dedicada à busca por exoplanetas. Outra missão visa observar os polos solares, enquanto a missão Taiji utilizará três satélites para detectar ondas gravitacionais.
Essas missões representam uma nova fase na exploração espacial chinesa, complementando os programas existentes de exploração planetária e lunar, conhecidos como Tianwen e Chang'e, respectivamente.
A missão eXTP, por exemplo, será um observatório de raios-X poderoso, permitindo estudos multi-mensageiros das fontes de ondas gravitacionais e neutrinos, além de investigar o universo em condições extremas de matéria, gravidade e magnetismo.
A DSL, por sua vez, consistirá em uma matriz de pequenos satélites enviados para a órbita lunar, aproveitando a lua como um escudo contra interferências eletromagnéticas da Terra, possibilitando a captura de sinais fracos do universo primordial.
A Pesquisa ExoEarth, apelidada de "Terra 2.0" ou ET, empregará métodos variados para procurar planetas semelhantes à Terra. Enquanto isso, a missão solar se concentrará em estudar os polos do Sol em uma órbita polar.
A missão Taiji será composta por três espaçonaves em órbita heliocêntrica, estendendo pesquisas anteriores sobre ondas gravitacionais de média e baixa frequência, aprofundando a compreensão da gravidade e do espaço-tempo.
Essas iniciativas são em grande parte uma continuação do Programa de Prioridade Estratégica em Ciências Espaciais (SPP), com a possibilidade de novos programas surgirem para selecionar propostas adicionais.
Embora as missões selecionadas não incluam exploração planetária direta, permanece o interesse em futuras missões, como uma para Vênus, sugerida por uma equipe do SPP III.
Estas novas missões seguem os sucessos das missões anteriores do SPP, que incluíram uma série de observatórios e satélites lançados nos últimos anos, demonstrando o compromisso contínuo da China com a exploração espacial.
Enquanto isso, a China se prepara para lançar sua missão Chang'e-6 de retorno de amostras da lua distante, programada para decolar do porto espacial de Wenchang em 3 de maio.
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