Maquete do Cubesat SPORT é Exibida Durante '4º SpaceBR Show' em São Paulo
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© Sputnik / Guilherme Correia
Ontem, dia 22 de maio, o portal da Agência Sputnik Brasil noticiou que, durante o '4º SpaceBR Show' em São Paulo, uma maquete do CubeSat SPORT foi exibida. Este satélite (já abordado aqui no BS em diversas oportunidades) é fruto de uma parceria entre o ITA, a NASA e algumas universidades americanas e orbitou a Terra entre 2022 e 2023 com o objetivo de identificar bolhas de plasma no espaço e monitorar o clima.
Segundo a notícia, o equipamento foi utilizado para investigar por que alguns aparelhos de GPS não funcionam corretamente em certas regiões, como a Amazônia brasileira, possivelmente devido a anomalias espaciais.
O nanossatélite foi desenvolvido em conjunto pela NASA, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os resultados dessa pesquisa serão divulgados futuramente.
SPORT é a sigla em inglês para Tarefa de Pesquisa Observacional para Previsão de Cintilação. O satélite foi levado para a Estação Espacial Internacional (EEI) a bordo da missão SpaceX-26 antes de ser lançado ao espaço.
Pesquisas indicam que bolhas de plasma ionosférico afetam sistemas de comunicação e navegação. O satélite monitorou a ionosfera, uma camada situada entre 60 e 1.000 quilômetros acima da superfície da Terra, composta de íons e plasma ionosférico, para determinar por que as bolhas de plasma às vezes se formam lá.
Quando sinais de rádio dos satélites GPS passam por essas anomalias, podem ser distorcidos — fenômeno conhecido como cintilação, que afeta a confiabilidade de serviços de mapeamento, navegação, agricultura de precisão e sistemas de pouso automatizado em aeroportos.
O satélite foi exibido no estande da Força Aérea Brasileira (FAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). No mesmo local, uma maquete do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, também foi apresentada. A base foi reconstruída após a tragédia de 22 de agosto de 2003, quando uma explosão no centro de lançamento matou 21 profissionais.
As instalações do centro contam com uma base móvel que permite trabalhar sobre a base dos foguetes e se afastar durante os lançamentos.
No evento, drones e veículos aéreos não tripulados (VANTs) foram alguns dos principais atrativos, mas diversas outras tecnologias também foram apresentadas.
A empresa brasileira Saipher, sediada em São José dos Campos (SP), apresentou um telescópio capaz de rastrear a órbita de satélites, evitando colisões entre eles.
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