A SpaceX Anunciou a Data de '5 de junho' Para o Lançamento do Quarto Teste de Voo do Seu Trambolho Espacial Starship, Caso Até Lá Obtenha a Licença Atualizada da FAA

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Crédito: SpaceX
SpaceX conduziu um ensaio geral molhado em 20 de maio antes do quarto voo de teste integrado de seu veículo Starship no Starbase, no Texas.
 
No dia 24 de maio, o portal 'SpaceNews' informou que o próximo voo de teste da SpaceX, com o seu trambolho espacial, a Espaçonave Starship, está programado para 5 de junho. Será mesmo?
 
De acordo com a nota do portal, a SpaceX marcou a data de lançamento para seu próximo teste integrado do Starship com o objetivo de demonstrar a capacidade de trazer ambos os estágios do veículo de volta intactos.
 
A SpaceX anunciou em 24 de maio que planeja realizar o lançamento do Starship em seu quarto teste de voo integrado, conhecido como IFT-4, em 5 de junho, dependendo da obtenção de uma licença atualizada da Administração Federal de Aviação (FAA). Esse lançamento, assim como os três anteriores, será realizado no local da empresa em Starbase, no sul do Texas.
 
Após demonstrar que o estágio superior do Starship, lançado pelo seu propulsor Super Heavy, pode alcançar o espaço, a empresa agora quer mostrar que pode trazer tanto o propulsor quanto a nave de volta intactos.
 
"O quarto teste de voo muda nosso foco de alcançar a órbita para demonstrar a capacidade de retornar e reutilizar o Starship e o Super Heavy", afirmou a empresa. "Os principais objetivos serão realizar uma queima de pouso e um amerrissagem suave no Golfo do México com o propulsor Super Heavy, e alcançar uma entrada controlada do Starship."
 
Ao contrário do terceiro voo de teste em março, a SpaceX não planeja nenhum teste em voo do Starship, como abrir a porta do compartimento de carga do veículo ou transferir propelente. O veículo seguirá uma trajetória semelhante, com um amerrissagem da nave no Oceano Índico. "Esse caminho de voo não requer uma queima de desorbitação para reentrada, maximizando a segurança pública enquanto ainda proporciona a oportunidade de alcançar nosso objetivo principal de uma reentrada controlada do Starship", afirmou a empresa.
 
A SpaceX fez várias atualizações no hardware e software do Starship desde o voo de março, incorporando as lições aprendidas nessa missão. Uma mudança destacada pela empresa foi a eliminação da seção especial de interstágio entre o propulsor e a nave, projetada para permitir "hot-staging", onde a nave acende seus motores enquanto ainda está presa ao propulsor. Descartar essa seção de interstágio após a queima de boostback pós-separação do Super Heavy, segundo a SpaceX, "reduzirá a massa do propulsor para a fase final do voo."
 
A empresa também divulgou em 24 de maio detalhes sobre os problemas encontrados no terceiro voo do Starship. Embora o Starship tenha alcançado o espaço, o veículo se perdeu durante a reentrada. O propulsor Super Heavy, separadamente, se desintegrou durante as fases finais de sua descida sobre o Golfo do México.
 
A SpaceX disse que o Starship "começou a perder a capacidade de controlar sua atitude" vários minutos após o desligamento do motor, enquanto seguia em uma trajetória suborbital. Vídeos do voo mostraram o veículo girando lentamente. Essa perda de controle de atitude levou a uma decisão automática de não realizar uma queima de reativação planejada do motor.
 
"A falta de controle de atitude resultou em uma entrada fora do nominal, com a nave enfrentando aquecimento muito maior do que o esperado em áreas protegidas e não protegidas", afirmou a SpaceX, com a telemetria perdida a uma altitude de 65 quilômetros.
 
A empresa acredita que o problema de controle de atitude foi causado pelo entupimento de válvulas nos propulsores usados para controle de rotação. A SpaceX adicionou mais propulsores para redundância e atualizou o hardware dos propulsores "para maior resiliência ao bloqueio."
 
A SpaceX afirmou que o propulsor Super Heavy acionou 13 de seus 33 motores Raptor após a separação para uma queima de boostback, mas seis dos motores começaram a desligar, desencadeando uma terminação precoce da queima de boostback. Apenas dois dos 13 motores acenderam para a queima de pouso final, enquanto a SpaceX tentava um pouso suave do propulsor na superfície do oceano. A SpaceX afirmou que perdeu contato com o propulsor a 462 metros acima da superfície.
 
A SpaceX concluiu que as falhas dos motores foram causadas pelo bloqueio dos filtros nas linhas de oxigênio líquido, impedindo o propelente de chegar aos motores. A SpaceX experimentou problemas semelhantes em lançamentos anteriores do Starship e fez mudanças no design do motor para tentar evitar isso. "Os propulsores Super Heavy para o Voo 4 e além receberão hardware adicional dentro dos tanques de oxigênio para melhorar ainda mais as capacidades de filtragem de propelente", afirmou a SpaceX, juntamente com "mudanças adicionais de hardware e software" não especificadas para melhorar a confiabilidade do início do motor Raptor.
 
O CEO da SpaceX, Elon Musk, disse em abril que esperava no próximo voo demonstrar que o propulsor Super Heavy pode pousar em uma "torre virtual" no Golfo do México. "Se o pouso na torre virtual funcionar, então tentaremos no Voo 5 voltar e pousar na torre" em Starbase, disse ele, parte do plano da empresa de reutilizar rapidamente os veículos Starship. "Isso é um cronograma muito orientado para o sucesso, mas está no reino das possibilidades."
 
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