EMBRAPA Utilizará Tecnologia Inovadora em Satélites Para Mapear 'Aquicultura no Brasil'

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Imagem: Revista Tecnologia e Defesa (T&D)

De acordo com uma matéria interessante publicada em 22 de maio no site da Revista Tecnologia e Defesa (T&D), uma nova tecnologia de satélites será utilizada para mapear a aquicultura no Brasil.
 
Segundo a matéria, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) pretende testar uma das tecnologias mais avançadas de imageamento por satélite. A EMBRAPA Territorial conduzirá esses testes como parte de um acordo de cooperação técnico-científica para a detecção automática de viveiros escavados para aquicultura.
 
O desenvolvimento da aplicação está a cargo da empresa brasileira Concert Space, e o satélite será colocado em órbita por uma empresa canadense através da Missão Möbius, prevista para 2025. A assinatura oficial do acordo ocorreu na sede da Embrapa Territorial, em Campinas (SP).
 
Essa tecnologia promete aumentar a agilidade na identificação das regiões produtoras de aquicultura no Brasil. Lucíola Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, destacou que a expectativa é que a nova tecnologia facilite a atualização anual dos viveiros escavados, beneficiando não apenas os municípios já mapeados pela EMBRAPA Territorial, mas todos os municípios do Brasil.
 
Além de sua importância para a pesquisa aquícola, a disponibilidade de dados sobre o setor pode também contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas e estatísticas.
 
O projeto utilizará a tecnologia SDS (satélite definido por software), que permite alterar as missões durante a operação do satélite, ao contrário dos satélites tradicionais que executam uma única função ao longo de sua vida útil. Isso possibilita uma ampla gama de aplicações e reduz o custo do equipamento.
 
A missão Möbius planeja lançar uma constelação de satélites SDS para imageamento, comunicação e computação em nuvem. O lançamento, no qual a EMBRAPA participará, será o primeiro da série e servirá como prova de conceito para o programa espacial Bifrost, da Concert Space, que pretende lançar três satélites com tecnologia SDS em órbita terrestre baixa (LEO) para sensoriamento remoto.
 
Os satélites são projetados para serem de baixo custo, rápida fabricação e com vida útil média de cinco anos. Essa arquitetura de constelação permite otimizar o investimento e manter um fluxo constante de fabricação e lançamentos, viabilizando o modelo de negócios "Satellite as a Service – SaaS", onde a missão pode ser compartilhada por vários usuários.
 
"A constelação pode ser usada de diferentes maneiras e em várias indústrias, como comunicação, tecnologia da informação, agronegócio, entre outras, aumentando a capacidade de atender as demandas do mercado nacional e internacional. A tecnologia é considerada disruptiva, inovadora e sólida, criando uma oportunidade para o Brasil", afirmou o CEO da Concert Space, Rafael Mordente.
 
A Concert é uma das maiores empresas de tecnologia operacional (TO) do Brasil, com mais de 40 anos de experiência nos setores de energia e aeroespacial. Entre seus clientes estão grandes concessionárias de energia como CEMIG e Light, além do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A empresa desenvolve sistemas para monitoramento e gerenciamento de dispositivos em tempo real e fornece mão de obra para operação, suporte e comissionamento de subestações elétricas, utilizando recursos de engenharia, automação, IoT (internet das coisas) e inteligência artificial.
 
Já a GALAXIA Mission System é uma empresa canadense de computação espacial que facilita o acesso ao espaço em tempo real, tornando-o mais simples, eficiente e acessível. Com a plataforma MÖBIUS SDS, a GALAXIA está redefinindo como os dados são coletados e processados a partir do espaço e quem pode acessá-los.
 
Brazilian Space
 
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!

Comentários