Diretor do INPE Chuta o 'Pau da Barraca' e Cobra do Governo a Mudança da AEB para a 'Presidência da Republica' e Mais Investimentos Por Parte do Estado

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Dr. Clezio Marcos de Nardin.

Segundo matéria do dia 21/05 publicada pela a Agência Sputnik Brasil, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Clezio Marcos de Nardin, afirmou na terça-feira (21), durante a realização do 4º Fórum SpaceBR Show (o tal evento do MundoGEO), que a nossa piada espacial (AEB) deveria ser vinculada à Presidência da República e que deveria haver um maior investimento no setor por parte do Estado.
 
"Com todo respeito ao ministério, a agência está sublocalizada. Em países equivalentes ao nosso, hoje suas agências estão ligadas à Presidência. Na Índia, por exemplo, o orçamento é muito maior que o nosso", disse ele durante apresentação", disse o diretor do INPE.
 
Vale acrescentar amigos e amigas do BS que atualmente a AEB é uma autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável pelo programa espacial governamental, e este vergonhoso órgão, nascido de uma boa ideia em 1994, veio ao mundo justamente subordinado a 'Presidência da Republica' como deveria ser, mas infelizmente posteriormente foi transferida para o MCTI e acabou se transformando no que é hoje, uma agência de propaganda enganosa, de viagem para apadrinhados oportunistas e sem qualquer representatividade política. Portanto, diante deste quadro não há como deixar de parabenizar a coragem do Dr. Clezio de Nardin por 'chutar ao pau da barraca' e publicamente cobrar do atual governo uma mudança de rumo.
 
Segundo a matéria da Agência Sputnik, o Diretor Nardin comentou que tornar o instituto menos acadêmico e produzir mais projetos estão entre as metas de sua gestão. Ele afirmou que o próximo satélite feito pelo INPE elevará padrões e tornará o Brasil um dos poucos países que possuem tal tipo de tecnologia.
 
"Fizemos um plano de desenvolvimento, transformando o INPE, uma instituição que é bastante acadêmica, em uma instituição que é um ICT [Instituto de Ciência e Tecnologia], voltada para projetos.", complementou o diretor do INPE.
 
Nardin defende que é preciso ter força política dentro do setor espacial para que ele progrida. Além disso, que haja uma participação civil, dedicando os fins não apenas para o âmbito militar. "A defesa é muito boicotada quando tenta importar qualquer peça. O mercado espacial é extremamente restrito e extremamente fechado."
 
"Precisamos dar governança adequada à AEB. O setor espacial não é um setor econômico apartado, ele é parte da infraestrutura nacional", ressalta, exemplificando que o INPE tem entregado informações para diferentes órgãos durante a crise no Rio Grande do Sul.
 
O diretor Nardin também destacou que, inclusive, conflitos ao redor do mundo influenciam diretamente no programa espacial. "Hoje para o INPE, que é civil, importar peça, eu tenho que assinar acordo de confidencialidade. Se para mim, que sou civil, é difícil, imagina para esses caras que estão tentando fazer um artefato que é dual e que pode ser usado para a defesa."
 
A matéria da Spunik, acrescentou que o brigadeiro do ar Rodrigo Alvim de Oliveira, também presente no evento, explicou que o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) é um conjunto de atividades civis e militares, incluindo instituições acadêmicas, que não é formalizado totalmente enquanto um programa espacial, como ocorre com outros países.
 
Já o vice-presidente da sanguessuga 'Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB)', Jadir Gonçalves, destacou o crescimento da participação da indústria brasileira no setor espacial brasileiro desde a década de 1980 (Qual crecimento cara pálida? Qual produto de vocês está hoje no mercado espacial nacional e internacional?), contando com apoio vital do INPE para fabricar equipamentos. Ele também defende que haja um equilíbrio entre as participações privadas e públicas no segmento.
 
Pois é entusiastas do BS, notem os diferentes discursos e entendam o porquê o PEB se encontra na atual situação calamitosa. É aquela coisa que sempre digo: Quem planta, colhe o que plantou.
 
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Comentários

  1. Esse INPE mesmo virou "agência climática" e longe dos tempos passados, e que satélite esse? Cbers 6? Satélite de 700kg.

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  2. Enquanto na República Federativa do Brasil.

    Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é um instituto federal brasileiro dedicado à pesquisa e exploração espacial, criado em 1961.

    Ou seja de 1961 - 2024 = 63 ANOS.

    1° Ponto: 63 anos, Não tiveram tempo suficiente para elaborarem um plano nacional?

    2° Ponto: Lamentavelmente, o Brasil "NUNCA" apresentou um "plano nacional", apenas visando interesses políticos em detrimento da soberania nacional.

    3° Ponto: Isso resulta de não dar prioridade aos investimentos nas empresas e startups do setor aeroespacial. Quantas décadas são necessárias para que "os políticos" permaneçam em erro? Ou este é o plano para destruir o País de dentro para fora?

    Acorda nação Brasileira.

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