Autoridades Estadunidenses Acusam a Rússia de Ter Lançado Uma Arma Espacial na Mesma Órbita de Um Satélite do Governo dos EUA

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Imagens: Site Cavok Brasil

Os líderes da Força Espacial dos EUA estão preocupados com o crescimento das capacidades espaciais da China e da Rússia, como o satélite russo “boneca de nidificação” que pode implantar uma arma cinética.

De acordo com uma matéria publicada em 22 de maio no site Cavok Brasil, em 16 de maio, a Rússia lançou uma arma espacial na mesma órbita de um satélite do governo dos EUA, aumentando ainda mais as tensões entre os dois países no espaço.

 

Conforme a matéria do site, "Em 16 de maio, a Rússia lançou um satélite na órbita baixa da Terra que os Estados Unidos acreditam ser uma arma espacial, possivelmente capaz de atacar outros satélites na órbita baixa da Terra”, disse o embaixador dos EUA, Robert Wood, em um discurso na ONU em 20 de maio. “A Rússia colocou essa nova arma espacial na mesma órbita de um satélite do governo dos EUA.”

 

O secretário de imprensa do Pentágono, major-general Patrick S. Ryder, afirmou em 21 de maio que "as avaliações indicam características semelhantes a cargas úteis de contraespaço implantadas anteriormente em 2019 e 2022".

 

Ryder recusou-se a discutir detalhes sobre o que as agências de inteligência dos EUA sabem sobre a carga útil do satélite.

 

Foto: Site Cavok Brasil

Lançamento de satélite no dia 21.

 

No final de 2019, os russos lançaram um satélite que, posteriormente, lançou um segundo satélite. Ambos seguiram então um satélite do National Reconnaissance Office. O então Chefe de Operações Espaciais, General John W. “Jay” Raymond, comparou-os às "bonecas de nidificação" russas (Matryoshkas). Vários meses depois, autoridades dos EUA disseram que o subsatélite havia lançado outro objeto, aparentemente disparando um projétil em alta velocidade.

 

As autoridades dos EUA não discutiram publicamente a carga útil espacial de 2022, mas destacaram outros esforços espaciais russos. Em 2021, a Rússia testou um míssil antissatélite de ascensão direta em uma de suas próprias naves espaciais, destruindo-a e criando um grande campo de destroços. E no início deste ano, o então secretário adjunto da Defesa para a Política Espacial, John F. Plumb, confirmou preocupações de que a Rússia esteja desenvolvendo uma arma nuclear “indiscriminada” para uso no espaço.

 

Desde então, os EUA co-patrocinaram uma resolução na ONU apelando a todas as nações para não desenvolverem ou implantarem armas nucleares no espaço exterior. A Rússia vetou essa resolução e, em seguida, introduziu uma própria condenando todas as armas no espaço.

 

Imagem: Site Cavok Brasil

Wood, representando os EUA no Conselho de Segurança da ONU, criticou a resolução russa como "ilusão e dissimulação diplomáticas". Ele revelou o novo satélite espacial em um discurso antes da votação da medida no Conselho de Segurança da ONU. A votação terminou empatada, 7 a 7, com a Suíça abstendo-se. Os EUA votaram contra.

 

Oficiais da Força Espacial dos EUA e do Comando Espacial afirmaram que tanto a Rússia quanto a China estão intensificando seus esforços antiespaciais, desenvolvendo e testando novas armas como lasers para confundir satélites, as "bonecas de nidificação" e um satélite de "luta" que pode agarrar e rebocar outros satélites para fora de sua órbita.

 

O atual CSO General B. Chance Saltzman disse que a Força Espacial apoiará "campanhas espaciais responsáveis" para combater a ameaça, garantindo ao mesmo tempo que o espaço permaneça utilizável para todas as nações.

 

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