A 'República Dominicana' Iniciou Um Estudo de Viabilidade Visando Estabelecer o Seu Próprio Espaçoporto Comercial

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Crédito: Launch on Demand
CEO da Launch on Demand, Burton Catledge (à esquerda), com Luis Soto, diretor da Diretoria Nacional de Inteligência da República Dominicana.
 
Ontem (22/05), o portal 'SpaceNews' anunciou que a República Dominicana iniciou um estudo sobre a viabilidade de estabelecer um espaçoporto comercial próximo ao equador.
 
De acordo com a publicação, a 'Launch on Demand', uma empresa da Flórida especializada em licenciamento de lançamentos e serviços técnicos, anunciou em 22 de maio um contrato para liderar um estudo de seis meses para a Diretoria Nacional de Inteligência (DNI), o recém-reorganizado órgão de segurança nacional da República Dominicana.
 
Burton Catledge, CEO da Launch on Demand, informou que o estudo se concentrará na região de Oviedo, ao sul da ilha, e incluirá análises de corredores de voo, avaliação climatológica, segurança física, impactos no espaço aéreo e marítimo, além da mitigação de conflitos de frequências.
 
“Como muitos outros países, a República Dominicana vê o acesso ao espaço a partir de seu território soberano como uma prioridade de segurança nacional”, afirmou Catledge.
 
O estudo avaliará a capacidade de lançamentos verticais para missões orbitais e suborbitais, o que, segundo ele, permitirá ao país melhorar suas capacidades críticas de monitoramento e vigilância via satélite para enfrentar a migração ilegal, o tráfico de drogas e os danos ambientais.
 
“O acordo com a DNI se concentra nas preocupações de segurança nacional a curto prazo, mas pretende expandir rapidamente para apoiar a indústria espacial comercial na América Latina”, disse Catledge por e-mail ao SpaceNews.
 
“Cabo Canaveral e o Centro Espacial Kennedy estão ficando sem capacidade, e as empresas de lançamento estão procurando um local econômico e seguro que ofereça acesso ao espaço próximo ao equador.”
 
Antes de fundar a Launch on Demand em 2018, Catledge foi comandante do grupo de operações da 45ª Ala Espacial da Força Aérea, que opera a Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral e o Eastern Range.
 
Além de aumentar o perfil de um país e evitar a dependência de outras nações, o analista da BryceTech, Phil Smith, afirmou que os espaçoportos domésticos podem ajudar a proteger missões de teste orbitais, suborbitais e de mísseis de olhares curiosos.
 
Um espaçoporto também pode fazer parte de parcerias mais amplas com outros países, como parte de uma estratégia mais ampla, acrescentou Smith, apontando para o Peru, que está fortalecendo os laços com os Estados Unidos para conter a influência chinesa.
 

Os espaçoportos fornecem um ponto focal importante para impulsionar a atividade política e regulatória, apoiando uma indústria espacial emergente — ou atraindo-a de outros lugares, beneficiando a aviação, drones e outros setores adjacentes.
 
Os espaçoportos geralmente abrigam centros de pesquisa e desenvolvimento, ensino superior e testes, além de plataformas de lançamento, observou Smith.
 
“Também é notável o desejo de ampliar estrategicamente as capacidades industriais em antecipação à queda na demanda por capacidades existentes”, continuou ele, destacando o exemplo do Oriente Médio, onde alguns países estão ansiosos para reduzir sua dependência econômica dos combustíveis fósseis.
 
Os espaçoportos também podem ajudar a reaproveitar ativos abandonados ou inativos, como antigas bases aéreas ou locais de teste de mísseis.
 
De acordo com os dados mais recentes da Bryce, há 31 outros espaçoportos propostos em todo o mundo e cerca de 56 locais capazes de realizar missões suborbitais e/ou orbitais.
 
Catledge mencionou que a Launch on Demand está atualmente conduzindo estudos de viabilidade semelhantes para três outros clientes: dois que estão investigando a possibilidade de estabelecer um espaçoporto no Arizona e outro cliente com planos fora dos Estados Unidos.
 
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Comentários

  1. E aqui a FAB falou em "mais centros de lançamento", sem primeiro fazer decolar o que já tem, fora a Alada, pior que a ACS de infeliz memória.

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  2. Na atual República Federativa do BRASIL

    -> Criação da empresa pública ALADA
    Gerente de projeto: Francisco de Assis Sobral.
    -> Áreas de interesse: Aeroespacial e Defesa "Ou seria um nova Força Militar Espacial"?

    -> OBJETO:
    A criação da ALADA é uma possibilidade real de alavancar o setor espacial com estrutura existente atualmente, visando celeridade na apresentação de resultados imediatos. Implantar e consolidar o Programa Espacial Brasileiro (PEB) em ambiente empresarial economicamente sustentável, capaz de mantê-lo e de criar novas oportunidades de negócio, com níveis crescentes de nacionalização.

    Ou seja, a Agência Espacial Brasileira NÃO tem capacidade de CONSOLIDAR o Programa Espacial Brasileiro (PEB)? É preciso CRIAR outra empresa ESTATAL? Será que é este o OBJETIVO real da "ALADA" senhora e senhores? Poderemos dizer que será mais um órgão de "cabide de emprego"?

    Fonte: https://invest.mcti.gov.br/blog/projeto-de-cti/criacao-da-empresa-publica-alada/

    Alcântara Cyclone Space (ACS) era uma empresa pública binacional de capital brasileiro e ucraniano constituída em 31 de agosto de 2006 com o objetivo de comercialização e lançamento de satélites utilizando o foguete espacial ucraniano Cyclone-4 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.

    Parceria espacial Brasil-Ucrânia custou R$ 1 bilhão e acabou sem lançar foguete.

    Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/parceria-espacial-brasil-ucrania-custou-r-1-bilhao-e-acabou-sem-lancar-foguete/

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