Novo Estudo do 'Telescópio Espacial James Webb', Sugere Que a Possibilidade Vida Detectada em 2023 no 'Exoplaneta K2-18b', Permanece Não Confirmada

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Fonte: SpaceDaily
Ilustrativo.
 
No dia de hoje (03/05), o portal SpaceDaily divulgou uma análise recente realizada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), sugerindo que a possibilidade de vida detectada em 2023 no Exoplaneta K2-18b permanece sem confirmação.
 
De acordo com a reportagem, a expectativa era alta quando o Telescópio Espacial James Webb da NASA identificou potenciais indícios de vida em um exoplaneta distante. Contudo, um novo estudo conduzido por pesquisadores da UC Riverside, publicado no Astrophysical Journal Letters, traz uma visão mais cautelosa, discutindo tanto as limitações atuais quanto as futuras possibilidades de confirmar a existência de vida em planetas como esse.
 
A pesquisa concentra-se no exoplaneta K2-18b, que, em 2023, parecia apresentar gases de bioassinatura em sua atmosfera. Diferentemente da maioria dos exoplanetas, K2-18b recebe uma quantidade similar de radiação solar à Terra e possui uma temperatura comparável, o que o torna um candidato promissor para abrigar vida.
 
"O sinal de DMS captado pelo telescópio Webb não foi muito forte e só foi detectado de certas maneiras durante a análise dos dados", explicou o cientista do projeto da UCR, Shang-Min Tsai, ao discutir os desafios de detectar sulfeto de dimetilo (DMS) em K2-18b. O DMS é um composto produzido por fitoplâncton oceânicos na Terra e desempenha um papel importante na formação de nuvens.
 
Apesar dos relatórios iniciais otimistas, a atmosfera de K2-18b, rica em hidrogênio e supostamente com oceanos de água, não se assemelha à atmosfera à base de nitrogênio da Terra. Descobertas recentes sugeriram a presença de metano e dióxido de carbono, além de uma possível detecção de DMS em K2-18b no ano passado.
 
"Queríamos determinar se poderíamos confirmar o que parecia ser um indício de DMS", destacou Tsai. Ele observou: "O sinal se sobrepõe significativamente ao do metano, e acreditamos que distinguir o DMS do metano está além da capacidade deste instrumento." Segundo seus modelos, o DMS pode representar uma bioassinatura significativa em planetas com atmosferas ricas em hidrogênio, como K2-18b.
 
O estudo enfatiza o desafio formidável de detectar vida em exoplanetas distantes, devido às suas enormes distâncias. São necessários instrumentos avançados capazes de analisar eficientemente comprimentos de onda infravermelha para uma detecção definitiva, e o telescópio Webb está programado para utilizá-los ainda este ano.
 
O autor sênior, Eddie Schwieterman, astrobiólogo da UCR, explicou: "As melhores bioassinaturas em um exoplaneta podem diferir significativamente das que encontramos mais comumente na Terra hoje. Em um planeta com uma atmosfera rica em hidrogênio, temos mais chances de encontrar DMS produzido por vida, em vez de oxigênio produzido por plantas e bactérias, como na Terra."
 
A equipe permanece motivada pela curiosidade fundamental sobre o que existe além do nosso planeta. "Por que continuamos explorando o cosmos em busca de sinais de vida? Imagine que você está acampando em Joshua Tree à noite e ouve algo. Seu instinto é acender uma luz para ver o que está lá fora. Em certo sentido, é isso que estamos fazendo também", compartilhou Tsai.
 
 
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