A NASA Anunciou Que Está Avançando na 'Propulsão Elétrica de Baixa Potência' Para Futuras 'Missões Planetárias e Comerciais'

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Foto: Space Daily
Ilustrativo.
 
Em 24/04, o site 'Space Daily' trouxe a notícia que a NASA apresentou um novo sistema de propulsão elétrica especialmente concebido para espaçonaves de pequeno porte. O objetivo é duplo: apoiar a exploração planetária e prolongar a vida útil de satélites já em órbita. Esta inovação é parte de um esforço mais amplo da NASA para comercializar tecnologia, abrindo a possibilidade de adquirir esses avanços de parceiros da indústria para futuras missões.
 
Segundo a nota do portal, o cerne desse sistema de propulsão, desenvolvido no Centro de Pesquisa Glenn da NASA, é o propulsor sub-quilowatt NASA-H71M, baseado no efeito Hall. Esta tecnologia é vital para espaçonaves pequenas que demandam mudanças rápidas de velocidade, como alcançar velocidades de escape ou entrar em órbita ao redor de planetas. Suas capacidades superam as necessidades das espaçonaves comerciais convencionais, tornando-se crucial para futuras missões científicas planetárias.
 
Os pesquisadores projetaram este sistema para operar com eficiência em baixa potência, gerenciando grandes fluxos de propelente necessários para manobras prolongadas em missões de exploração espacial profunda. Com esta tecnologia, espaçonaves pequenas poderiam viajar independentemente da órbita terrestre baixa até a Lua ou Marte, aproveitando rotas de lançamento comerciais para órbitas de transferência geoestacionárias. Isso reduziria substancialmente os custos das missões e ampliaria os objetivos científicos alcançáveis.
 
Além disso, as capacidades avançadas desta tecnologia poderiam permitir que espaçonaves secundárias desviassem de suas trajetórias primárias, abrindo oportunidades para explorar múltiplos alvos científicos. A habilidade do sistema de realizar manobras complexas também possibilitaria a entrada em órbita ao redor de corpos celestes distantes para uma coleta de dados prolongada, uma melhoria significativa em relação às missões de passagem rápida.
 
No setor comercial, esta tecnologia de propulsão tem aplicações que ultrapassam os limites da comunidade científica. Os propulsores de efeito Hall de baixa potência são amplamente usados nas megaconstelações de satélites atualmente em órbita, devido à sua eficiência em ajustes orbitais e manobras para evitar colisões. Entretanto, o design robusto da tecnologia desenvolvida pela NASA estende a vida operacional muito além dos padrões comerciais atuais, oferecendo mais de 15.000 horas de operação e a capacidade de processar mais de 30% da massa inicial de uma espaçonave em propelente.
 
Uma aplicação comercial já está em andamento com a SpaceLogistics, uma subsidiária da Northrop Grumman, planejando usar a tecnologia em seu Mission Extension Pod. Este dispositivo funcionará como um sistema de propulsão para satélites maiores, estendendo suas vidas operacionais ao fornecer os ajustes necessários em suas órbitas geoestacionárias ao redor da Terra.
 
À medida que a NASA continua a desenvolver e testar esta tecnologia de propulsão, ela busca estabelecer parcerias com a indústria dos Estados Unidos para adaptar esses avanços ao uso comercial. Isso garantirá que os Estados Unidos mantenham sua liderança na tecnologia espacial global, ao mesmo tempo em que criarão novos mercados para esses sistemas avançados.
 
Brazilian Space
 
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!

Comentários