Seis Empresas se Qualificam Para Realizar Lançamentos no Centro Espacial de Alcântara
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria com uma entrevista do Presidente
da AEB, o Sr. Carlos Moura, publicada hoje (13/07) no site do
“Jornal Pequeno, destacando que Seis Empresas se qualificaram para
realizar lançamentos do futuro Centro Espacial de Alcântara (CEA).
Duda Falcão
Seis Empresas se Qualificam Para Realizar
Lançamentos no Centro Espacial de Alcântara
Presidente da Agência Espacial afirma que está alinhando
interesses para transformar a base em um espaçoporto de classe mundial
Por Gil Maranhão
Jornal Pequeno
Data de publicação: 13/07/2020
Seis empresas nacionais e internacionais, de
diferentes portes, se inscreveram no Chamamento Público que a Agência
Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), lançou para realizar
operações de lançamentos orbitais e suborbitais, não militares, no Centro
Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão.
Foto: Divulgação
Seis empresas se qualificam para realizar lançamentos no
Centro Espacial de Alcântara.
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A ação, lançada 25 de maio passado, é um dos passos do Acordo
de Salvaguardas Tecnológicas (AST), assinado em 18 de maio de 2019, entre
os governos do Brasil e Estados Unidos, e referendado pelo Congresso Nacional
para uso comercial da base maranhense.
Dia 1º de junho, a AEB também publicou Portaria
com os requisitos e procedimentos relativos à concessão de “Licença de
Operador” como mais um passo para viabilizar o lançamento de veículos espaciais
não militares no CEA.
A reportagem do Jornal Pequeno, em Brasília, ouviu
o presidente da AEB, engenheiro Carlos Moura, para uma avaliação dessas
ações. Segundo ele, no momento, está sendo feito um alinhamento de interesses das
empresas com o da Agência dentro de um único propósito: transformar Alcântara
em um espaçoporto de classe mundial. Segue a entrevista.
(Foto: Divulgação)
Carlos Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira.
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JORNAL PEQUENO – Como o senhor avalia essa ação da
AEB, o Chamamento Público? Como foi recebido?
CARLOS MOURA – O chamamento público é o coroamento
de uma expectativa que nós tínhamos em relação a Alcântara de décadas, desde
que o centro foi imaginado. No início dos anos 80 já se previa que ele poderia
acolher a operação de diversos outros programas para além do programa
brasileiro. Depois, com todas as atividades do ano passado em prol da aprovação
do AST, aquelas consultas iniciais fizeram com que as empresas se aproximassem
e vissem que a perspectiva de operar em Alcântara era concreta e o que era uma
especulação começou a ser algo mais concreto.
Com a aprovação do AST, as empresas entenderam que o
Brasil tem condições de entrar no mercado espacial e ficaram ansiosas para
entrar em operação. Nós, da AEB, assinamos um acordo com a Aeronáutica
estabelecendo o papel dessas entidades e finalmente veio o Chamamento Público,
de âmbito internacional, para atender essa expectativa de mercado. Foi a
concretização dessa abertura de Alcântara para operadores privados, sejam
brasileiros ou estrangeiros, para desenvolver operações a partir do CEA. Essa
atividade que veio a público, a partir de 25 de maio, é a concretização de um
sonho nosso de décadas e teve uma repercussão muito positiva, pois satisfez a expectativa
das entidades que queriam operar em Alcântara e demonstra que o Brasil está
levando a sério esse interesse de transformar Alcântara em um espaçoporto de
nível mundial.
JP – Isso colabora com a Live desta semana, onde
foi analisada essa ação e revelado que várias empresas estão interessadas?
CM– Sabemos que o mundo está mudando. Não só mais
os governos que fazem os lançamentos. Existe hoje o interesse privado, em tomar
a dianteira, encarando lançamentos espaciais, desenvolvimento de satélites, sondas
ou foguetes, não apenas uma coisa isolada, mas como uma prestação de um
serviço, sejam de comunicação, de observação da terra, turismo ou mineração
espacial.
O interesse público está crescendo e isso pode nos dar um
dinamismo muito maior, porque alguns Centros de Lançamentos já consagrados no
mundo já têm toda uma rotina estabelecida, tipos de limitações,
comprometimentos com outros operadores, e Alcântara ainda é um local a ser
explorado. Ver que as empresas, sejam de grande porte ou startups, olham para
Alcântara como uma boa opção para se instalarem e fazerem seus serviços,
realmente um alinhamento de interesses deles com o nosso de transformar
Alcântara em um espaçoporto de classe mundial.
JP – A AEB publicou a portaria sobre “Licença de
Operador”. Como avalia esta ação e a importância para funcionamento do CEA?
CM – Temos que entender que a atividade espacial
no mundo todo deve ser muito bem regulada porque ela pode implicar em riscos
não só para quem está na região do centro, mas para terceiros. Quando se fala
em objetos que entram na órbita da terra, isso pode atingir pessoas e bens no
mundo todo. Por isso, é uma atividade regulada e tem-se sempre como foco
primordial o atendimento de requisitos de segurança.
Pela legislação brasileira, quem tem que zelar por isto é
a Agência Espacial. Qualquer empresa que quiser operar no Brasil tem que passar
por um processo de cadastramento e depois obter uma Licença de Operador. Foi
publicada recentemente uma portaria atualizada que rege essa atividade. É o que
nós vamos conceder agora para conceder a licença daqueles que se qualificarem
para tanto. É um processo contínuo, porque a tecnologia e o conhecimento
evoluem, e a AEB estará sempre zelando para que nosso regulamento esteja
atualizado e possamos, de lado, exercermos o controle necessário para garantir
a segurança, conforme o estabelecido, mas também permitir o grau de liberdade
necessário para as empresas inovarem, avançarem e alcançarem seus objetivos de
maneira economicamente sustentável.
JP – Quantas empresas se inscreveram ou já foram
qualificadas e estão participando desse processo de Chamamento Público?
CM – Como nós já tínhamos travado contato com
várias empresas, e algumas até já tinham visitado Alcântara em anos recentes,
nós trabalhávamos com a perspectiva de uma dezena de empresas, de diferentes
portes, se apresentando. Temos pouco mais de um mês desde que o Chamamento
Público foi divulgado e já temos seis empresas inscritas, entre nacionais e
estrangeiras. Tudo está sendo feito de acordo com o regramento estabelecido.
Essas informações, por enquanto, são tratadas com certo
sigilo, por isso não poderemos ainda revelar os nomes. As empresas estão
apresentando seus dados para pré-cadastros e depois essas informações serão
tratadas por duas comissões: uma é a Comissão Especial de Análise, que envolve
equipes da AIB e da Aeronáutica; e outra mais devotada para as questões de
licenciamento.
JP – Quais são os próximos passos em relação às
ações que a AEB têm tocado, no sentido de fazer lançamentos não militares em
Alcântara?
CM – Nessa primeira Chamada Pública o prazo para
inscrição é até 31 de julho. Até lá essas empresas fazem o précadastro. Depois,
elas poderão complementar as informações, que serão analisadas pela Comissão
Especial de Análise. Com base nesse trabalho dessa Comissão, as que tiverem
atendendo as possibilidades de lançamento no CEA, dentro das condições hoje
estabelecidas, usando a infraestrutura já existente, serão encaminhadas para a
discussão dos futuros contratos com a Aeronáutica. Do lado da AEB,
prosseguiremos com as atividades para fazer emitir o Licenciamento de Operador
para essas empresas. São duas atividades, mas ambas focadas na utilização da
infraestrutura já existente em Alcântara.
Fonte: Site Jornal Pequeno do Maranhão - https://jornalpequeno.com.br
Comentário: Bom leitor, fora a confirmação de que seis
empresa se inscreveram para fazerem lançamentos do CEA, e não ‘dez’ como propagado
anteriormente, a matéria do Jornal Pequeno não acrescenta nada de significativo,
e simplesmente segue um formato de perguntas politicamente corretas para facilitar
as resposta do presidente da AEB, ou seja, simplesmente um exercício de
enchimento de linguiça. Triste. Aproveitamos, para agradecer ao nosso leitor
maranhense, Edvaldo Coqueiro pelo envio dessa matéria.
Boa 👍
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