Cientistas Localizam o Centro Gravitacional do Sistema Solar — e Não é o Sol
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (10/07) no
site “Canaltech” destacando que cientistas localizaram o Centro Gravitacional do Sistema
Solar — e não é o Sol.
Duda Falcão
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Cientistas Localizam o Centro Gravitacional do Sistema
Solar — e Não é o Sol
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Inverse
10 de Julho de 2020 às 14h15
Se alguém perguntasse onde fica o centro do Sistema
Solar, o que você responderia? Provavelmente, diria que fica no eixo do Sol.
Afinal, todos os planetas giram em torno da nossa estrela. Acontece que essa
resposta não é totalmente correta.
Na astronomia, o centro de massa de dois ou mais corpos
que orbitam um ao outro, ou seja, o ponto sobre o qual todos estes corpos
orbitam, se chama baricentro. Isso é bastante comum quando os astrônomos
precisam encontrar o centro de uma estrela binária, por exemplo. Esse conceito
é muito importante para entender a física no universo.
No caso do Sistema Solar, os planetas e o Sol também
orbitam em torno de um centro de massa comum. Não estamos falando do centro
galáctico - esse é outro assunto que inclui toda a espiral galáctica na qual o
Sistema Solar está localizado. O que precisamos considerar aqui é o “puxão”
gravitacional que os planetas impõem sobre o Sol.
Até pouco tempo os cientistas tiveram bastante
dificuldade para calcular o baricentro com precisão, em especial por causa de
Júpiter. É que o gigante gasoso possui tanta massa - o dobro de massa de todos
os outros planetas juntos - que acaba exercendo força gravitacional sobre nossa
estrela por um longo tempo.
No entanto, apesar do desafio que a tarefa apresenta, uma
equipe de astrônomos conseguiu pela primeira vez identificar o centro de todo o
Sistema Solar: 100 metros de distância do Sol, logo acima da superfície da
estrela. Se o Sol fosse do tamanho de um estádio de futebol, essa área de cem
metros seria equivalente a aproximadamente o diâmetro de um fio de cabelo.
Para chegar a esse resultado, a equipe utilizou os
pulsares - estrelas de nêutrons de rotação rápida, ou restos super densos de
uma estrela que explodiu em uma supernova. Esses objetos emitem radiação
eletromagnética na forma de feixes brilhantes que varrem o cosmos em um
movimento circular, enquanto a própria estrela gira, como um farol. Esses
clarões de luz são tão precisos que os pulsares se tornaram uma das ferramentas
favoritas dos cientistas para calcular distâncias entre objetos cósmicos.
Centros observacionais têm utilizado pulsares para
encontrar ondas gravitacionais de baixa frequência, porque elas causam
distúrbios sutis no tempo entre um feixe e outro do “farol cósmico”. Isso
também é muito útil para calcular o baricentro do Sistema Solar, e foi assim
que os cientistas conseguiram realizar o cálculo com tanta precisão. Agora,
sabendo a posição exata da Terra em relação ao baricentro, os astrônomos podem
fazer detecções muito mais precisas de ondas gravitacionais de baixa
frequência.
Stephen Taylor, professor da Universidade Vanderbil,
conta que “ao encontrar ondas gravitacionais dessa maneira, além de outros
experimentos, obtemos uma visão mais holística de todos os diferentes tipos de
buracos negros no Universo”.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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