Cientistas Propõem “Caçador de Buracos Negros” Para Encontrar o Planeta 9
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (10/07) no
site “Canaltech” destacando que Cientistas propuseram “Caçador
de Buracos Negros” para encontrar o Planeta 9.
Duda Falcão
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Cientistas Propõem “Caçador de Buracos Negros” Para Encontrar
o Planeta 9
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Phys.org
10 de Julho de 2020 às 19h40
Embora seja apenas uma hipótese, a existência do Planeta
9 nos confins do Sistema Solar ainda não foi descartada pelos cientistas. Pelo
contrário, existem cada vez mais evidências de que existe alguma coisa de
massa planetária por lá, que ainda não possamos ver ou detectar através dos instrumentos
científicos que temos à disposição atualmente. A própria NASA
admite as fortes evidências disso tudo, mas também não são descartadas as
chances de que o Planeta 9 seja, na verdade, um buraco
negro primordial.
Agora, cientistas da Universidade de Harvard e da Black
Hole Initiative (BHI) desenvolveram um novo método para encontrar buracos
negros no Sistema Solar externo e, dessa forma, tentar determinar de uma vez
por todas o que é, afinal, este objeto - se é que ele existe. O artigo foi aceito
para publicação no periódico científico The Astrophysical Journal Letters, e
fala sobre uma missão chamada Legacy Survey of Space and Time (LSST), que
observará explosões de buracos negros na região da nuvem de Oort.
Esta missão utiliza o novo método criado por Avi Loeb,
Frank B. Baird Jr. e Amir Siraj, da Universidade de Harvard. Eles desenvolveram
um meio de procurar buracos negros nos limites do nosso quintal cósmico com
base em explosões resultantes de cometas interceptados por buracos negros. É que
quando um objeto se aproxima demais de um buraco negro, ele “derrete” por causa
do aquecimento no disco de acreção, uma estrutura formada por materiais difusos
que giram em alta velocidade ao redor do buraco negro.
(Imagem: James Tuttle Keane/Caltech)
Comparativo do suposto Planeta 9 com os planetas do
Sistema Solar interno, baseado em evidências da presença de um objeto em nosso
quintal cósmico.
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A nuvem de Oort, por sua vez, é uma nuvem esférica que se
acredita localizar-se a cerca de 50.000 unidades astronômicas (UA) de distância
do Sol - quase um ano-luz. Assim como o Planeta 9, a nuvem de Oort nunca foi
diretamente observada porque está longe demais dos raios solares. Acredita-se
que essa região é o “berço” de todos os cometas de longo período e do tipo
Halley, que entram no Sistema Solar interior, então nada mais lógico do que
esperar que alguns deles acabem sendo capturados por algum buraco negro que
exista por lá.
Voltando ao estudo, os pesquisadores sugerem que a missão
LSST terá a capacidade de encontrar buracos negros observando as explosões
resultantes do impacto desses cometas ou asteroides da nuvem de Oort. Como é
impossível ver um buraco negro, as explosões são a melhor forma de
encontrá-los. “Como os buracos negros são intrinsecamente escuros, a radiação
que a matéria emite a caminho da boca do buraco negro é nossa única maneira de
iluminar esse ambiente escuro”, explica Loeb.
Assim, o método poderia detectar buracos negros de massa
de planeta localizados a borda da nuvem de Oort, ou até cerca de cem mil
unidades astronômicas. “Poderia ser capaz de colocar novos limites na fração de
matéria escura contida nos buracos negros primordiais”, disse Siraj. A
tecnologia atual não é capaz de realizar essa tarefa sem certa orientação, ou
seja, sem alguém para apontar onde o buraco negro deve estar.
(Imagem: Lucy Reading-Ikkanda/Quanta Magazine)
Em azul, o Sistema Solar conhecido. Em cor-de-rosa, a
órbita do BP519. Em amarelo, a órbita simulada do suposto Planetta 9.
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Já o LSST terá um amplo campo de visão, cobrindo o céu
inteiro repetidamente e procurando explosões transitórias. Em outras palavras,
será algo muito mais autônomo, independente de coordenadas ou de alguém dizendo
onde procurar. Como ninguém sabe exatamente onde o Planeta Nove estaria, o LSST
pode ser a melhor ferramenta para encontrá-lo.
O novo artigo se concentra no Planeta 9 como o primeiro
candidato a detecção da missão LSST, mas isso não significa que será o único. É
que o tal planeta tem sido assunto de muita especulação, incluindo teorias de
conspiração espacial que afirmam ser o lendário Nibiru, que estaria em rota de
colisão com a Terra. Descobrir a localização, órbita e natureza do objeto é a
melhor - ou única - forma de colocar um ponto final na história, mesmo que seja
para dizer que não existe nada do tamanho de um planeta para além de Netuno.
Se a existência do Planeta Nove, no entanto, for
confirmada através de uma pesquisa eletromagnética direta, “será a primeira
detecção de um novo planeta no Sistema Solar em dois séculos, sem contar com
Plutão”, disse Siraj. O objeto, segundo as evidências encontradas, pode ser
algo com uma massa cinco a 10 vezes maior que a da Terra. Se for um buraco
negro com essa massa, ele pode ter o tamanho de uma laranja. Se for um planeta,
pode ser apenas um pouco menor que Netuno. Nesse caso, seria o menor dos
gigantes - mas ainda assim um gigante.
Caso seja confirmado, o objeto imediatamente levantará
novas perguntas: “Por que está lá? Como conseguiu suas propriedades? Ele moldou
a história do Sistema Solar? Existem mais coisas assim?”, questiona Loeb.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Acredito que o planeta 9 ainda será encontrado... E nossa... Se for mesmo um buraco negro em nosso quintal... Com algumas décadas poderemos desvendar os segredos desses monstros gravitacionais. Por outro lado se for apenas um planeta mesmo, ainda assim será empolgante.!
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