NASA Vai Usar Balão do Tamanho de Um Estádio Para Estudar Formação de Estrelas

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Segue abaixo uma notícia postada dia (24/07) no site do “Olhar Digital” destacando que a NASA vai usar Balão do Tamanho de um Estádio para estudar Formação de Estrelas.

Duda Falcão

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NASA Vai Usar Balão do Tamanho de Um Estádio Para Estudar Formação de Estrelas

Telescópio enviado a bordo da aeronave medirá o movimento, a velocidade e a densidade dos gases ao redor de estrelas recém-formadas; lançamento está previsto para 2023 

Por Fabiana Rolfini
Olhar Digital
Fonte: Engadget
24/07/2020 - 08h52


A NASA anunciou um plano ambicioso para entender melhor como a formação de estrelas e as explosões de supernovas afetam os materiais ao redor. A agência pretende enviar à estratosfera um telescópio de 2,5 metros a bordo de um balão gigante inflado com hélio, de 150 metros de largura, capaz de atingir uma altitude de 40 quilômetros.

O ASTHROS (telescópio estratosférico astrofísico para observação de alta resolução espectral em comprimentos de onda submilimétricos) é equipado com uma antena parabólica, espelhos, lentes, um refrigerador e detectores projetados para capturar luz infravermelha.

O telescópio observará quatro alvos, incluindo a Nebulosa Carina, formadora de estrelas na Via Láctea. Ele medirá o movimento, a velocidade e a densidade dos gases ao redor das estrelas recém-formadas e verificará a presença de certos tipos de íons de nitrogênio.

Foto: STScI/AURA
Nebulosa Carina é um dos alvos do estudo.

"Esses íons de nitrogênio podem revelar lugares onde ventos de estrelas massivas e explosões de supernovas remodelaram as nuvens de gás nessas regiões de formação de estrelas", escreveu a NASA. 

"Feedback Estelar" 

Tais explosões criam algo chamado "feedback estelar", que pode impedir ou acelerar a formação de estrelas. Ao aprender mais sobre o processo, a equipe espera obter informações sobre como o "feedback estelar" funciona e fornecer novas informações para refinar as simulações de computador da evolução das galáxias.

O ASTHROS foi projetado para fazer duas ou três voltas ao redor do Pólo Sul durante três a quatro semanas, transportado pelos ventos estratosféricos predominantes. No fim desse período, os operadores enviarão um comando para separar o balão da gôndola, que retornará à Terra em um paraquedas para eventual reutilização. 

A previsão é que o balão com o telescópio seja lançado da Antártica em dezembro de 2023.


Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br 

Comentário: Pois é fantástico. No Brasil o Departamento de Astrofísica do INPE tem um histórico muito interessante nessa área de pesquisas com balões, como por exemplo, o Projeto MASCO (reveja aqui) que teve como objetivo desenvolver um telescópio capaz de obter espectros e imagens em raios-X e gama de fontes cósmicas, e também vinha trabalhando, até onde sei, em outro projeto denominado experimento ProtoMIRAX (reveja aqui) que consistia no desenvolvimento de uma câmera imageadora de raios X duros (30 a 200keV) para funcionar a bordo de um balão estratosférico para observações de fontes cósmicas de raios X a ser lançado do Canadá em 2014, mas que infelizmente não tive mais notícia de sua conclusão ou não. Este experimento tinha entre os seus objetivos também testar em ambiente quase espacial vários subsistemas do desejado satélite científico MIRAX que nunca saiu do papel. Bom leitor, é desnecessário dizer o motivo, né verdade??? E hoje está cada vez mais difícil que esse satélite venha se tornar uma realidade tendo essa gente a frente da AEB e o histórico descompromisso governamental para com o programa. Porém em um acordo que me parece agendado pelo próprio Departamento de Astrofísica do INPE junto a startup CRON Sistemas e Tecnologias LTDA, o seu projeto em andamento com financiamento da FAPESP, ou seja, o do nanosatélite CRON-1, terá entre os seus objetivos atender algumas das necessidades da desejada missão MIRAX, e curiosamente já esta sendo chamado no DA-INPE de NanoMIRAX. Tomara mesmo que o projeto se concretize, estamos na torcida.

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