Projeto MASCO do INPE
Nem só de satélites e foguetes vive o Programa Espacial Brasileiro. E para que o leitor tenha uma idéia de uma outra vertente do programa irei abordar agora um projeto do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais chamado “Projeto MASCO”. O projeto MASCO da Divisão de Astrofísica do INPE, teve como objetivo desenvolver um telescópio capaz de obter espectros e imagens em raios-X e gama de fontes cósmicas. O experimento empregava a técnica de imageamento conhecida como “MÁSCARA CODIFICADA”, daí o nome do projeto.
O telescópio foi desenvolvido para operar a 42 km de altitude a bordo de balões estratosféricos. Portanto, além do desenvolvimento de um sistema imageador de raios-X e gama, foi necessário também desenvolver um sistema automático capaz de, durante os vôos, apontar o telescópio para os alvos astrofísicos e manter esse apontamento independentemente dos movimentos do balão. O projeto buscava, dessa forma, atingir um objetivo científico e tecnológico.
Campanha de Lançamento
Data: 01/04/2004
Local: Aeroporto de Nova Ponte-MG
Resultado: Sucesso total
Situação: Não há informações sobre a continuação ou não do projeto
O telescópio MASCO foi lançado na madrugada do dia 01/04/2004 se separando do balão que o levou à atmosfera as 13h30 e retornando suavemente ao solo acoplado a um pára-quedas.
O MASCO é o telescópio de maior porte e o primeiro desenvolvido no Brasil com capacidade de registrar a radiação de raios-X e gama emitida pelas estrelas na Via Láctea. Avaliado em R$ 3 milhões, o telescópio foi levado a uma altitude de 40 mil metros para coletar dados de todo o universo, entre eles fenômenos como buracos negros e informações sobre a origem de galáxias e estrelas.
As imagens foram registradas com a ajuda de diversos sensores, entre eles um giroscópio, sensores estelares e solares, rastreadores solares, bússola eletrônica e acelerômetros. Grande parte dos equipamentos foi desenvolvida no próprio INPE.
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Comentário: O INPE é um centro de excelência de reconhecimento internacional no desenvolvimento de tecnologias associadas às atividades espaciais. Não só para satélites como também nas pesquisas de alta atmosfera como no caso do Projeto MASCO. Outras recentes pesquisas com uso de balões têm sido realizadas com a França e o Japão e deverão nos próximos anos continuarem a ser realizadas. Infelizmente não há informações sobre a continuação do Projeto MASCO o que é uma pena.
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