Foguete Híbrido da UNIVAP


Apesar da pouca divulgação o motor foguete hibrido da UnB - Universidade de Brasília (foguete Santos Dumont-2 - SD-2) que é apoiado pelo Programa Uniespaço da AEB não é a única iniciativa no Brasil na área de motores híbridos para foguetes. Alunos da UNIVAP - Universidade do Vale do Paraíba de São Paulo, vem desenvolvendo desde 2006 um motor foguete que utiliza parafina sólida como combustível e o oxido nitroso liquido como oxidante. Trata-se do foguete OBERON que até novembro de 2007 já havia feito duas campanhas de lançamento. Abaixo segue uma notícia publicada no site Inovação Tecnológica em 18/04/2008 abordando o assunto.

Duda Falcão

Estudantes Paulistas Desenvolvem
Tecnologia de Foguete Híbrido

Moisés de Freitas
18/04/2008


Um grupo de alunos da Univap, uma universidade privada localizada no interior de São Paulo, está desenvolvendo tecnologia nacional para a construção de foguetes híbridos.

Um motor-foguete híbrido funciona com uma mistura de propelentes líquidos e sólidos. O foguete construído pelo alunos da Univap, batizado de Oberon, utiliza a parafina sólida como combustível e o óxido nitroso líquido como oxidante.

Campanhas de Lançamento

Os primeiros testes em bancada dos motores híbridos começaram em 2006. O primeiro vôo do foguete Oberon aconteceu em 19/11/2007 nos céus da região da cidade de Amparo (SP). A segunda campanha de lançamentos ocorreu em 16/02/2008 na mesma região.

"Até julho deste ano estaremos efetuando a terceira campanha de lançamentos quando será finalizado este projeto e publicado o trabalho científico," conta Silas Camargo de Matos, que é coordenador da equipe de pesquisas.

Trajetória Livre

O objetivo dos pesquisadores é o desenvolvimento do motor. Por isso o foguete Oberon não dispõe de controle de vôo. Sem equipamento telemétrico, ele pesa apenas nove quilogramas, sendo capaz de levar até dois quilogramas de carga útil.

Quando o combustível se esgota, o foguete prossegue em uma trajetória balística até seu apogeu, quando o sistema de recuperação entra em ação, trazendo o foguete de volta ao solo em segurança, com o auxíliio de um pára- quedas.

Know-how Privado

"Com os conhecimentos gerados com estes foguetes poderemos desenvolver motores bem maiores, para serem utilizados em foguetes de sondagem, veículos lançadores ou semelhantes," conta Silas.

São pesquisas como esta que têm dado origem aos programas espaciais privados de vários países, o que parece ser uma tendência mundial (veja NASA sinaliza privatização dos vôos espaciais).


Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagem: Silas Camargo de Matos

Comentário: Iniciativas como essas dos alunos da UNIVAP são o combustível do desenvolvimento e a história da humanidade exemplifica muito bem isso. É claro que se a equipe da UNIVAP tivesse maiores recursos, talvez estivesse com um projeto em igualdade de condições com o projeto da UnB, que no momento me parece em um estagio mais evoluído. A AEB poderia incentivar projetos como esses, criando uma espécie de competição (Prêmio) como o da NASA entre equipes universitárias visando o avanço nas pesquisas de novas tecnologias. Seria muito bom para as universidades e seu alunos e para o cambaleante Programa Espacial Brasileiro.

Comentários

  1. OLA EU SOU ESTUDANDE. AMO ASTRONALTICA E TENHO UM PROTOTIPO DE 5OO KILOGRAMAS.QUE EU CONSEGUI FAZER ELE CHEGAR A 5 MIL KM POR HORA. ELE A CHEGOU 100KM MAS INFELISMENTE TEVE UM PROBLEMA TECNICO E ACIONOU A ALTODESTRUIÇAO E PERDII O FOGUETE. MAS EU QUERIA UMA AJUDA DE VCS PARA PATROCINAR UM NOVO

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    1. Olá Anônimo!

      Olha, infelizmente não temos nem mesmo como conseguir financiamento para o nosso o blog, mas lhe desejamos sorte.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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