Cientistas Podem Ter Descoberto Um Novo Tipo de Supernova: A Supernova "Parcial"
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (22/07) no site
“Canaltech” destacando que Cientistas podem ter descoberto um novo
tipo de supernova: a supernova "Parcial".
Duda Falcão
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Cientistas Podem Ter Descoberto Um Novo Tipo de Supernova: A Supernova "Parcial"
Por Danielle Cassita
Canaltech
Fonte: Warwick.uc, Universe Today
22 de Julho de 2020 às 13h45
Com o telescópio espacial Hubble, pesquisadores da
Universidade de Warwick descobriram uma estrela anã branca vagando em alta
velocidade pela via Láctea. A novidade apresentou algumas características que
chamaram a atenção dos cientistas, e pode significar uma nova categoria de
supernovas - no caso, uma supernova "parcial".
A maioria das anãs brancas possui hidrogênio ou hélio em
sua composição atmosférica, mas a estrela do estudo não conta com nenhum destes
elementos - pelo contrário, sua atmosfera é formada por carbono, sódio e
alumínio. Isso chamou a atenção dos pesquisadores, porque é comum ver estes
elementos produzidos durante a fase de explosão das supernovas.
Entretanto, eles descobriram que ela também não conta com
ferro, cobalto, níquel e mais outros elementos do grupo dos metais, que são
criados nas últimas fases do processo das supernovas. Para completar, ela está
se movendo pela Via Láctea a quase 1 milhão de quilômetros por hora, e possui
massa bem mais reduzida do que outras anãs brancas - no caso, apenas 40% da
massa do nosso Sol.
(Imagem: NASA/CXC/U.Texas)
Tudo isso indica que, na verdade, este pode ser um caso
de uma supernova com explosão parcial. “Tudo isso implica que ela deve ter
vindo de algum sistema
binário próximo, e pode ter sofrido ignição termonuclear. Ela deve ter sido
um tipo de supernova, mas um tipo que nós nunca vimos antes”, explica Boris
Gaensicke, o autor que liderou o estudo.
O professor Kepler de Souza, da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, foi o responsável pela descoberta da estrela. Ele comenta
que o fato de uma anã branca de tão pouca massa passar por este processo mostra
os efeitos da interação na evolução binária e na evolução química do universo.
Novas Descobertas e Muitas Perguntas
Os cientistas imaginam que essa anã branca pode ter sido
companhia de outra estrela maior. Quando isso acontece, a anã branca entra na
órbita de um centro de gravidade comum junto da estrela maior que a acompanha.
Enquanto essa estrela maior envelhece e se torna uma gigante, a anã branca vai
buscando gases da sua companheira para sua superfície, até chegar ao ponto de
explodir e se tornar uma supernova. É provável, então, que ela tenha
sobrevivido à explosão, que fez com que ambas saíssem voando em direções
opostas.
(Imagem: Wikimedia Commons)
Neste caso, as primeiras fases da supernova romperam a
órbita da anã branca, e as duas estrelas vêm seguindo trajetórias opostas, o
que explicaria a velocidade altíssima observada. Além disso, é esperado que as
estrelas se tornam anãs brancas no final da vida. Esta estrela teve uma vida
curta, e emitiu apenas um breve flash de luz ao explodir - que, ao contrário de
outras supernovas, não ficou visível durante longos meses.
“Agora, estamos descobrindo que existem diferentes tipos
de anãs brancas que sobrevivem às supernovas sob diferentes condições. Com as
composições, massas e velocidades delas, podemos descobrir que tipo de
supernova elas foram”, explica Gaensicke. Para ele, estes estudos poderão
ajudar na compreensão de como as supernovas estão se comportando em outras
galáxias.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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