Descoberto Grupo de Estrelas na Via Láctea Que Não Nasceram em Nossa Galáxia
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (10/07) no
site “Canaltech” destacando que foi descoberto Grupo de Estrelas na
Via Láctea que não nasceram em nossa Galáxia.
Duda Falcão
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Descoberto Grupo de Estrelas na
Via Láctea Que Não Nasceram em Nossa Galáxia
Por Redação
Canaltech
Fonte: Phys.org, Science Alert
10 de Julho de 2020 às 18h20
Lina Necib, pós-doutoranda em física teórica na Caltech,
fez uma descoberta curiosa: ela encontrou um aglomerado estelar na Via Láctea que,
apesar de estar na nossa galáxia, tudo indica que esse fluxo de estrelas não
nasceu dela, e podem ter vindo de uma galáxia anã massiva que foi arrastada ao
disco galáctico antes de se romper.
O fluxo de estrelas recebeu o nome de Nix, inspirado na
deusa grega da noite. Localizado nas proximidades do Sol, o Nix pode sugerir
que uma galáxia anã se mesclou à Via Láctea, pois alguns fluxos já foram
identificados e relacionados a galáxias anãs. Para chegar a essa conclusão, foi
preciso reunir o trabalho do observatório espacial Gaia, do projeto FIRE e de
supercomputadores com aprendizado profundo.
(Imagem: ESO/NOGUERAS-LARA ET AL)
Em sua pesquisa, Necib estuda o movimento das estrelas e
da matéria escura na Via Láctea. Algo no movimento das estrelas chamou a
atenção da pesquisadora: “Se há grupos de estrelas se movendo juntas de um
jeito particular, geralmente isso indica que existe um motivo para esse
movimento”, aponta. Assim, em 2013, o observatório espacial Gaia foi lançado
pela Agência Espacial Europeia (ESA) para criar um modelo 3D da mais alta
precisão para representar mais de um bilhão de estrelas na Via Láctea.
Depois, em 2014, pesquisadores da Caltech e de mais
diversas instituições iniciaram seus trabalhos no projeto FIRE, sigla para
Feedback In Realistic Environments ("Feedback em Ambientes
Realísticos", em tradução livre"). Concorrente do Gaia, esse projeto
tem o objetivo de criar simulações detalhadas e realistas de galáxias com os
conhecimentos dos cientistas sobre o nascimento e formação delas.
Juntos, estes dois grandes projetos de astrofísica foram
analisados com métodos de deep learning: uma rede neural foi treinada a partir
dos movimentos de cada estrela nas galáxias virtuais, junto de classificações
sobre se elas foram originadas na galáxia anfitriã ou se vieram de galáxias que
se mesclaram. Foi assim que o Nix foi descoberto!
(Imagem: ESA/Gaia/DPAC)
Pode ser que o Nix contenha estrelas que não foram
identificadas neste estudo. Nos próximos passos, a pesquisadora e sua equipe
pretendem explorá-lo ainda mais, utilizando telescópios terrestres para
aprenderem mais sobre a composição química do fluxo e descobrirem outros
detalhes. Com isso, será possível determinar quando o Nix chegou à via Láctea,
de que forma e quais são as dimensões da galáxia anã que o originou.
O Gaia irá liberar um novo relatório em 2021 com
informações extras sobre 100 milhões de estrelas do catálogo. "Nós estamos
desenvolvendo ferramentas computacionais que estarão disponíveis para várias
áreas de pesquisa e atividades não relacionados", diz Necib. Isso indica
bem a dimensão do impacto e do legado do trabalho produzido pela equipe.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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