Idiomas Mudarão Profundamente Com Voos Interestelares, Diz Estudo
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (09/07) no
site do “Olhar Digital” destacando que segundo estudo de Pesquisadores
da Universidade do Kansas e da Southern Illinois University, idiomas
mudarão profundamente com voos interestelares.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Idiomas Mudarão Profundamente Com Voos Interestelares, Diz
Estudo
Assim como aconteceu com comunidades isoladas na Terra,
os futuros colonos espaciais poderão desenvolver um idioma próprio, conforme as
gerações vão viajando pelo universo
Por Renato Mota
Olhar Digital
Fonte: University of Kansas
09/07/2020 - 19h07
O português é falado no Brasil, Moçambique, Timor-Leste
e, claro, Portugal. Porém, se não estiver acostumado ao sotaque e às diferenças
de vocabulário regionais, um habitante de qualquer um desses países pode ter
dificuldade em entender o morador de outro. E estamos falando só de um oceano
de distância e alguns séculos de colonização. Agora, imagine isso numa escala
cósmica.
Um estudo, conduzido por pesquisadores de linguística da
Universidade do Kansas e da Southern Illinois University, e publicado
na revista Acta Futura - afiliada à Agência Espacial Europeia (ESA) -
explora as consequências que a mudança de idioma pode desencadear nas línguas
dos membros da tripulação durante uma longa jornada pelo espaço ou em assentamentos interplanetários.
"Os idiomas se diferenciam à medida que as
comunidades se tornam mais isoladas umas das outras, portanto o longo
isolamento de uma comunidade itinerante pode levar a diferenças suficientes
para tornar seu idioma ininteligível para a comunidade original que ele
deixou", explicam os linguistas Andrew McKenzie e Jeffrey Punske,
coautores do estudo.
Os pesquisadores comparam casos históricos envolvendo
alguns desses aspectos, como o assentamento polinésio das ilhas do Pacífico e o
desenvolvimento de dialetos em colônias europeias relativamente isoladas. Outra
questão levantada pelos cientistas é o efeito do “multilinguismo” numa
tripulação formada por pessoas de várias nacionalidades (com ou sem uma língua
franca comum em uso).
"Se os tripulantes ficarem em uma nave por dez
gerações, novos conceitos surgirão, novos problemas sociais surgirão e as
pessoas criarão maneiras de falar sobre eles", explica McKenzie. "E
esse será o vocabulário específico dessa nave. As pessoas na Terra talvez nunca
conheçam essas palavras. E quanto mais longe você viaja, menos vai falar com as
pessoas no planeta. E, finalmente, talvez, chegaremos ao ponto em que não há
contato real com a Terra, exceto para enviar atualizações ocasionais",
acredita o linguista.
Para que a comunicação entre a Terra e as colônias
espaciais possam se manter, por exemplo, em inglês, os colonos terão que
aprender um pouco do inglês da Terra para enviar mensagens ou ler os manuais de
instruções originais da nave. "Além disso, é preciso lembrar que o idioma
da Terra também mudará durante esse período. Portanto, as pessoas conversarão
como se usassem o latim - se comunicando com uma versão do idioma que ninguém
mais usa", completa McKenzie.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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