Misteriosa Corrente de Estrelas Pode Ser Resíduo do Universo Primordial
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (30/07) no
site do “Olhar Digital” destacando que Misteriosa Corrente de Estrelas
pode ser resíduo do Universo Primordial.
Duda Falcão
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Misteriosa Corrente de Estrelas Pode Ser Resíduo do Universo
Primordial
Estrelas da corrente de fênix têm uma composição que não
é encontrada em nenhum outro aglomerado globular ao redor de nossa galáxia
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
30/07/2020 - 11h07
Astrônomos dos EUA encontraram uma misteriosa
"corrente" estelar nos limites de nossa galáxia que pode ser composta por sobreviventes de um
período do início do universo, quando as estrelas tinham uma composição
diferente da atual.
Ela é chamada de "Corrente de Fênix" (nada a
ver com os Cavaleiros do Zodíaco), devido à sua localização aparente
na constelação da Fênix. Ela é o que sobrou de um outro tipo de conjunto de
estrelas, um "aglomerado globular". Estes aglomerados, que têm a
forma de um globo, podem ser perturbados pela força gravitacional de uma
galáxia, que acaba transformando-os em uma "caravana" de estrelas.
Nem as correntes, nem os aglomerados globulares, são novidade para os astrônomos. O
que chama a atenção na corrente de fênix é a composição química de suas
estrelas, que é diferente de qualquer outro objeto similar que já vimos.
"Podemos traçar a linhagem de uma estrela medindo os
diferentes tipos de elementos químicos que detectamos nelas, da mesma forma que
podemos traçar a conexão de uma pessoa com seus ancestrais através de seu DNA", diz o astrônomo Kyler Kuehn, do Observatório
Lowell no Arizona, EUA. No caso da corrente, "é como se encontrássemos uma
pessoa cujo DNA não tem relação com qualquer outra pessoa, viva ou morta".
Existem 150 aglomerados globulares orbitando o disco da
Via-Láctea em uma estrutura esférica chamada de "halo galáctico".
Cada aglomerado pode conter centenas de milhares de estrelas, e observações
deles revelam uma consistência em sua composição química: suas estrelas são
enriquecidas com elementos químicos mais "pesados" que o hidrogênio e
o hélio, em uma proporção constante em todos eles.
Foto: ESA/Hubble
Messier 92 (M92), um aglomerado globular.
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Esta proporção é conhecida como Metalicidade Base, e as
estrelas da corrente de fênix têm menos elementos pesados do que era
considerado possível em uma estrutura deste tipo. "A corrente vem de um
aglomerado que, em nosso entendimento, não deveria ter existido", diz
Daniel Zucker, da Universidade Macquarie, na Austrália.
Segundo
os pesquisadores do projeto Southern Stellar Stream Spectroscopic Survey
(Censo Espectroscópico da Corrente Estelar Sul), uma possível explicação é que
a corrente pode ser um resíduo do início do universo.
"Uma explicação possível é que a corrente de fênix
representa a 'última de sua espécie', um resíduo de uma população de
aglomerados que nasceu em ambientes radicalmente diferentes daqueles que vemos
hoje", diz o astrônomo Ting Li, dos Observatórios Carnegie em Pasadena, na
Califórnia.
"Na astronomia, quando encontramos um novo tipo de
objeto, isso sugere que há mais deles por aí", diz o astrônomo Jeffrey
Simpson, da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália.
"Quem sabe quantas relíquias como a corrente de
fênix podem estar escondidas no halo da Via-Láctea?", pergunta o astrônomo
alemão J. M. Diederik Kruijssen da Universidade de Heidelberg University, que
não participou do estudo. "Agora que encontramos a primeira, a caçada
começa".
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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