Foguete Brasileiro Levará ao Espaço Experimentos da UFSC
Olá leitor!
Uma curiosa nota foi postada dia (24/06) no portal do da
Universidade Federal de Santa Cantarina (UFSC) informando que dois experimentos
desta universidade serão embarcados em um Foguete VSB-30 para serem lançado ao
espaço em outubro no âmbito do Programa Microgravidade da AEB.
Duda Falcão
LEPTEN, NOTÍCIAS
Foguete Brasileiro Levará ao Espaço Experimentos da
UFSC
UFSC
24 de junho de 2020
Dois experimentos da UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina) serão levados ao espaço pelo Programa
Microgravidade da AEB (Agência Espacial
Brasileira). Eles foram desenvolvidos no Labtucal (Laboratório de Tubos
de Calor) do Departamento de Engenharia Mecânica, em conjunto com o SpaceLab (Laboratório de
Pesquisa em Sistemas Espaciais), ambos integrantes do CTC (Centro Tecnológico)
da UFSC.
Até agosto, os experimentos devem ser enviados ao IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) para
testes iniciais, incluindo teste de vibração e isolamento elétrico dos
experimentos, testes de vibração da carga útil e teste do sistema integrado
(experimentos conectados ao foguete brasileiro VSB-30). Para tanto, os
professores e alunos envolvidos estão trabalhando a toque de caixa.
“No início desse ano, surgiram boatos de um possível
lançamento, mas com a pandemia e a quarentena, acreditávamos que ele não iria
ocorrer. Foi com grande surpresa que recebi a notícia de que o lançamento vai,
de fato, ocorrer em outubro e que o orçamento para a confecção do projeto
também foi aprovado, tudo isso em meio ao cenário incerto que vivemos
atualmente,” disse Jonas
Lendzion Schultz II, graduando de Engenharia Elétrica da UFSC. Ele e outros
pesquisadores estão finalizando a parte eletrônica a ser embarcada do
equipamento que será embarcado como carga útil no foguete VSB-30, sob
supervisão da Professora
Márcia Barbosa Henriques Mantelli, coordenadora do Labtucal, e com o apoio do
Prof. Eduardo Bezerra, supervisor do SpaceLab.
Testes em bancada do sistema
eletrônico com o tubo de
calor
em circuito.
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O LHP e o PHP são supercondutores de calor que utilizam a
mudança de fase de um fluido de trabalho e a ação capilar para transportar
calor de uma fonte quente para uma fonte fria passivamente. Eles se diferenciam
pelo método de transporte do fluido de trabalho dentro dos tubos, um meio
poroso no caso do LHP; no caso dos PHP, o efeito da capilaridade dos tubos de
pequeno diâmetro utilizados impulsionam o líquido.
“O experimento MPM-B testará dois tubos de calor
pulsantes que foram o resultado da minha tese de doutorado em Engenharia
Mecânica, defendida no último dia 10 de junho e orientada pela Professora
Márcia Mantelli,”, explica Luis
Alonso Betancur Arboleda, Doutor em Engenharia Mecânica que terá a
oportunidade de aplicar na prática os estudos recém-terminados na UFSC. “Os
dispositivos a serem testados foram fabricados pelo processo de união por
difusão, disponível no Labtucal. Esses dispositivos apresentam resultados
promissores para controle térmico de satélites porque associam um alto
desempenho térmico a uma elevada confiabilidade do método de fabricação.”
Contexto
O Programa Microgravidade da AEB viabiliza experimentos
científicos e tecnológicos nacionais em ambiente de microgravidade que poderão
ser utilizados posteriormente em satélites, foguetes de sondagem e na Estação
Espacial Internacional, da qual o Brasil é membro participante.
O programa proporciona meios de acesso e recursos
financeiros para o desenvolvimento de experimentos, como os da UFSC. O
gerenciamento das atividades é de responsabilidade da AEB, que conta com o
apoio técnico do IAE e do CLA
(Centro de Lançamento de Alcântara) e suporte logístico da Força Aérea Brasileira. O Labtucal
participou de todas as operações do Programa Microgravidade desde sua criação,
em 1998, como integrante do LEPTEN
(Laboratórios de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia),
também do Departamento de Engenharia Mecânica).
“Ficamos muito felizes com a confirmação do lançamento
para 2020, pois o aprendizado será imenso durante os testes e a montagem do
foguete dentro do IAE, além da experiência única de acompanhar o lançamento do
interior do CLA, no Maranhão. Nunca imaginamos passar por uma experiência como
esta,” conclui Larissa.
Vale lembrar que a confiança nos pesquisadores da UFSC
foi reavivada quando, em março, eles apresentaram suas conquistas e
potencialidades a técnicos da AEB e do INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). “Foi concluído que o nível de
maturidade da nossa equipe é adequado”, resumiu o Prof. Eduardo Augusto Bezerra,
do Departamento de Engenharia Elétrica. Em
dezembro de 2019, o docente acompanhou, na China, o lançamento do nanossatélite
FloripaSat-I desenvolvido no SpaceLab. O FloripaSat-I foi lançado no mesmo
foguete que colocou em órbita o satélite CBERS-04A, (sigla em inglês
para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).
Fonte: Site da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC)
Comentário: Bom leitor, mesmo essa notícia sendo do final
de junho passado ela é curiosa, pois até onde eu sei o único voo confirmado para
ocorrer em 2020 do CLA é o voo do experimento supersônico 14-XS da “Operação
Cruzeiro”, e este justamente em outubro. Vale dizer leitor que no início desse
ano, até onde eu sei, realmente estavam planejados dois voos de Alcântara, ou
seja, este da Operação Cruzeiro e um outro onde se planejava realizar o voo
teste da nova Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM). O que ocorre é que
este voo da PSM ficou para setembro de 2021 por alguma razão, já que fui
informado que para diminuir custos de deslocamento das equipes envolvidas eles
planejavam inicialmente realizar as duas operações uma após a outra, mas como
eu disse o voo acabou ficando para setembro de 2021 por alguma razão, talvez,
quem sabe, por mais um atraso da Orbital Engenharia, empresa desenvolvedora
desta plataforma suborbital. Diante disto, ou a AEB resolveu realizar mais um
voo do seu Programa de Microgravidade, ou resolveram a questão da PSM, ou então essa informação não procede.
Enfim..., eu vou tentar colher maiores informações sobre essa história. Entretanto
leitor, seja como for, nota-se aqui um crescimento exponencial das
atividades espaciais no estado de Santa Catarina graças a UFSC, curiosamente o estado do Dep.
Daniel Freitas, presidente da ‘Frente Parlamentar Mista para o Programa
Espacial Brasileiro (FPMPEB)’, e segundo eu soube, vem mais coisa por ai.
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