Pesquisadores Sugerem Que Viagens a Marte Devem Incluir Vênus no Trajeto
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (07/07) no
site “Canaltech” destacando que Pesquisadores sugerem que
Viagens a Marte devem incluir Vênus no trajeto.
Duda Falcão
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Por Redação
Canaltech
Fonte: Space.com
08 de Julho de 2020 às 21h00
Explorar o Planeta Vermelho já deixou de ser apenas um
sonho e se tornou algo real, uma vez que a ciência já vem estudando Marte,
presencialmente, há décadas — ainda que, por enquanto, somente com o uso de
sondas orbitais e rovers percorrendo a superfície. Agora mesmo em julho,
inclusive, três novas missões serão lançadas para lá, incluindo o rover
Perseverance, da NASA, que buscará sinais de vida no passado
marciano. E há planos concretos de levar os primeiros humanos para lá na década
de 2030.
Em um primeiro olhar, é comum pensar em uma missão com
trajeto direto a Marte, sem nenhum tipo de desvio. Entretanto, pesquisadores da
Universidade John Hopkins acreditam que talvez essa não seja a melhor opção.
Para eles, incluir Vênus no planejamento da ida ou volta pode ajudar a reduzir
custos e tempo; dessa forma, sobrevoar Vênus não seria simplesmente uma opção,
mas sim uma parte essencial da missão. Essas ideias constam em um estudo que
ainda será revisado por pares e publicado na revista Acta Astronautic
Marte fotografado pela sonda Viking.
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Existem duas formas ir a Marte com a Terra como ponto de
partida: a primeira e mais simples é uma missão de conjunção, na qual uma
espaçonave voa entre os dois planetas quando eles se alinham em suas órbitas —
o que está acontecendo agora em julho de 2020 e, por isso, acompanharemos três
lançamentos para lá no mesmo mês.
Mas se pensarmos em uma missão tripulada, temos que
considerar também a viagem de volta. Esses astronautas teriam que esperar os
planetas se alinharem novamente depois de chegarem a Marte para conseguirem
voltar à Terra, e o alinhamento necessário para a missão de conjunção só ocorre
a cada 26 meses.
(Imagem: NASA)
Vênus, o "planeta infernal".
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A outra opção é uma missão de oposição, que pode ser
realizada tanto na viagem de ida a Marte ou na volta à Terra. Nesse caso, uma
nave teria que passar por Vênus para aproveitar a gravidade do planeta como um
“empurrãozinho” para alterar seu curso. A grande vantagem aqui é a redução de
energia necessária para a viagem, o que também reduz custos - sem falar na
segurança, pois é mais fácil ir de Vênus para a Terra caso aconteçam
imprevistos.
Por isso, esse é a alternativa apoiada pelos
pesquisadores. Para Paul Byrne, geólogo planetário da Universidade do Estado da
Carolina do Norte, vale mais a pena voar por Vênus para ter um apoio
gravitacional no caminho a Marte.
Um Destino de Possibilidades
Além da grande importância nas missões destinadas a
Marte, Vênus também tem grande potencial para pesquisas e estudos. Algumas
sondas robóticas já conseguiram reunir grande quantidade de dados através de
observações no planeta. Mesmo assim, um horizonte de possibilidades pode se
abrir em missões tripuladas, principalmente se for possível levar rovers e
sondas.
Por exemplo: os astronautas que estiverem na missão não
teriam que se preocupar com pequenos atrasos causados pelo tempo de viagem da
luz do Sol que é breve - algo entre 5 e 28 minutos - e depende do tempo que a
luz demora para viajar entre a Terra e Vênus.
(Imagem: NASA)
Assim, a equipe poderia utilizar rovers na superfície e a
nave na atmosfera em tempo real, utilizando headsets e joysticks. Parece usual,
mas é algo que não seria feito com tanta facilidade em uma missão robótica.
Aliás, para Kirby Runyon, geomorfologista planetário da
Universidade Johns Hopkins, pode ser que a NASA tenha uma missão de oposição
nos planos, uma vez que o relatório que a agência lançou em abril menciona uma
missão em Marte com dois anos de duração. Para ele, se esse relatório se
referir a formas normais de propulsão, o único jeito de ir e voltar de Marte
nesse período é com um sobrevoo por Vênus.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, eu gostei da ideia desses pesquisadores da
Universidade John Hopkins, acho bastante sapiente esta sugestão e quiçá seja aproveitada tanto pela NASA como por outras agencias espaciais sérias do planeta. And by the way: Que foto fantástica essa tirada do Planeta Marte pela Viking na segunda metade da década de 70, né verdade?
Muito bonita mesmo essa primeira foto. Mostra como Marte já parece ser um mundo ao nosso alcance.
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