Presidente da AEB Debateu os Benefícios do Acordo AST na Câmara dos Deputados
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial postada hoje (12/07) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que o presidente da agência, o Sr. Carlos
Moura, debateu os benefícios do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) em audiência
pública realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10/07).
Duda Falcão
AEB
Presidente da AEB Debate Benefícios do Acordo de
Salvaguardas Tecnológicas
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Fonte: MCTIC
Publicado em: 12/07/2019 - 11h17
Última modificação: 12/07/2019 - 11h22
Carlos Moura destacou a importância do AST em audiência
pública conjunta de comissões na Câmara dos Deputados.
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O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas assinado entre o
Brasil e os Estados Unidos, em março deste ano, foi tema de audiência pública
realizada quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados. Representando o Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Carlos Moura, presidente da
Agência Espacial Brasileira (AEB) destacou a importância do AST, não apenas
para a região de Alcântara, no Maranhão, onde fica o Centro Espacial, mas,
também para o Brasil.
Tramita na Câmara dos Deputados a Mensagem n. 208/2019,
de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre o “Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América sobre
Salvaguardas Tecnológicas relacionadas à participação dos Estados Unidos da
América em Lançamentos a partir do Centro Espacial de Alcântara, assinado em
Washington, em 18 de março de 2019”. E para instruir a matéria, foram aprovados
requerimentos para serem realizadas audiências públicas com o objetivo de ouvir
os setores envolvidos e as comunidades locais.
Durante a audiência pública, Carlos Moura ressaltou a
importância da aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para a
sociedade brasileira como um todo “porque abre a possibilidade de nós lançarmos
no Brasil sejam satélites, sejam foguetes ou outros componentes que tenham
alguma tecnologia americana”. Segundo ele, o AST não garante um acordo
comercial, sendo apenas uma ampliação do setor em um mercado internacional, e
evita que o americano queira “vetar” que algo seja lançado no Brasil que ele
desconfie que possa parecer um desrespeito à tecnologia utilizada por eles,
algo como, “pode vir trabalhar aqui que eu vou respeitar a sua tecnologia”.
Os possíveis impactos nas comunidades quilombolas da
região com a exploração do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA) foi o tema
central da reunião promovida em conjunto pela Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e pela
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, trazendo à tona,
inclusive, a discussão em torno dos anos 80, quando se iniciou o processo de
instalação da Base, no Maranhão.
“A gente vivia uma era pré-Constituição de 88, então, a
legislação era outra e o que a legislação brasileira previa era, se você vivia
em uma determinada área de interesse público, você definia isso, desapropriava.
Se fossem proprietários de terra, você recebia por elas, se fossem só
posseiros, recebiam indenizações pelas benfeitorias”, explicou o presidente da
Agência Espacial Brasileira.
Para Carlos Moura, essas verdades precisam ser reveladas
porque a população não foi “arrancada à força”. Um dos pontos que explicita
isso é o fato de as primeiras tratativas terem começado em 1982 e a
transferência das famílias iniciado em 1986. “Nada foi feito de forma açodada,
ninguém foi arrancado, ninguém foi tirado de um lugar ali e construído uma casa
chique para outras pessoas e no afã da ‘manifestação’ citam casos que os fatos
não correspondem”, disse.
Os dados apontam que as comunidades locais passaram por
uma preparação visando à mudança de hábito que teriam ao se deslocarem para uma
região diferente, e foram treinados por diversas técnicas agrícolas também,
como por exemplo, as questões que envolviam o plantio e os cuidados com os
animais, o que refletiu em investimentos e recursos para a preservação da
cultura desse povo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Para ele, o momento requer um resgate do que ficou de todo esse trabalho e
sanar as “deficiências” que possam surgir.
O representante do MCTIC na audiência pública esclareceu
que já existe um trabalho para “homogeneizar” as informações através de dados
disponíveis na Agência Espacial Brasileira, na Aeronáutica, para que a
população se balize por esses levantamentos oficiais, com o que significa de
fato, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, para Alcântara, para o Brasil.
Após a realização das audiências públicas sugeridas, será
votado na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos
Deputados o parecer do relator, deputado Hildo Rocha (MDB/MA), que é favorável
à proposta. A mensagem 208/2019 passará também pelas comissões de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania,
podendo ser apreciada pelo Plenário da Casa.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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