Equipe do DLR-Moraba Visita o Local do Ensaio Estrutural do Motor S-50

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (18/07) no site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando que uma equipe do DLR-Moraba visita o local do ensaio estrutural do Motor S-50.

Duda Falcão

Equipe do DLR-Moraba Visita o Local do Ensaio Estrutural do Motor S-50

IAE 
Publicado: 18 julho 2019
Última atualização em 18 Julho 2019

Fonte/Imagens: Mj Lacerda (APJ)

Uma equipe do DLR-Moraba, que é uma Divisão da Agencia Espacial Alemã (DLR), parceira do IAE no desenvolvimento do Projeto VS-50/VLM-1,  visitou o laboratório do X-20, onde está sendo preparado o ensaio estrutural do Envelope Motor S-50. Esta equipe do DLR está no IAE para realizar ensaio HIL (Hardware in the Loop) do sistema de controle dos veículos VS-50 e VLM-1, em conjunto com a equipe de ensaios da ACE-C.

O Ensaio Estrutural vem sendo planejado pelo IAE e pela Avibras desde agosto de 2018, e demandou grande esforço das equipes técnicas e gerenciais envolvidas no Projeto VS-50/VLM-1, no sentido de definir todos parâmetros do ensaio, as estruturas e interfaces mecânicas necessárias e o apoio logístico para que o setup de ensaios possa ser montado.

O Objetivo do ensaio estrutural é testar a resistência do Envelope-Motor S50 às cargas de voo previstas para o 1º e 2º estágios do VLM-1. Para que esse objetivo seja atingido, o motor será testado tanto na situação pressurizado (com água), representando o voo do 1° estágio do VLM-1, quanto na situação não pressurizado, representando o voo do 2º estágio do VLM-1 (não ignitado) durante a fase de queima do 1º estágio.  As cargas serão aplicadas no motor através de 06 atuadores hidráulicos que serão montados nosetup.

Este ensaio representa um importante passo no processo de Qualificação em Solo do Motor S-50 e a previsão é que o Ensaio Estrutural seja realizado no final de agosto de 2019, após toda a preparação do setup de ensaios estiver concluída.



Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Comentário: Pois é, veja você leitor que logo após eu postar meu comentário na nota anterior descobrir essa nota do IAE datada do dia 18/07, mas que não altera em nada, pois esse ensaio estava previsto para ocorrer no primeiro trimestre do ano e não no final de agosto. Sendo assim, infelizmente e evidentemente isso acarretará em novos atrasos, colocando em risco aquela programação de missões ligadas a este motor prevista para o CLA (veja aqui). Mais atrasos, atrasos, e atrasos.

Comentários

  1. Duda infelizmente o Brasil perdeu novamente o bonde da história, tem muita empresa chegando no mercado e já tornando operacionais seus pequenos lancadores.
    Hoje tomei conhecimento de mais uma empresa no segmento, ABL Space Systems, os "caras" pretendem lançar seus foguetes sem uma base fixa, lançando através de caminhões, utilizando um foguete pequeno mas com boa capacidade.

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    1. Olá Blog Luiz!

      Eu acredito que é ainda possível recuperar o tempo perdido, mas para tanto ações dinâmicas e efetivas por parte do governo serão necessárias. O problema hoje é só de decisão politica e de gestão que neste caso pode ser equacionado desafiando as startups espacias do país a mostrarem do que são capazes. O proposta de um veículo lançador de pequenos satélites tendo como foguete-base o foguete suborbital VSB-30, não é só tecnologicamente viável, como também o caminho mais curto e economicamente mais barato. Além disso Blog Luiz, vale lembrar que um dos empecilhos no desenvolvimento de um veículo lançador, ou seja, o seu sistema inercial, foi contornado recentemente pela startup espacial brasileira 'CLC Consultoria' , e já esta pronto para voar, mas tudo isso depende do governo tomar a decisão politica e desafiar essas startups. Acredito que se assim for feito, seja possível apresentar um veiculo lançador muito competitivo em 1.5 a 2 anos. Continuar na expectativa de um VLM-1 sabe lá quando, pode ser a visão da FAB, mas para o setor civil que pretende competir aliado ao novo modelo "New Space" essa espera não é nada estratégica e muito menos condiz com o caminho que deveríamos esta seguindo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian space)

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    2. Existe algum estudo que demonstre a viabilidade de usarem o VSB-30 como base para um foguete lançador de pequenos satélites?

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    3. Olá Unknown!

      Existe sim uma proposta, inclusive já apresentada e que a AEB tem conhecimento. Tomara que esteja em discussão e sendo avaliada, pois não há outro caminho viável em curto prazo, já que o VLM-1 não é um veículo comercialmente viável e ainda por cima sua utilização após voo de qualificação é mais incerta ainda.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. o VSB-30 é um foguete sonda sub-orbital que tem um curto booster como 1° estagio e 2° estagio que termina aos 82 Km de altitude e seu empuxo máximo chega aos 247 Km não tendo força suficiente para começar a orbitar a Terra, quanto mais lançar micro ou nano ou pico satélites em órbita da Terra, o VSB-30 é impossível ser um lançador

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    5. Olá Unknown!

      Você tem razão em parte, entretanto como eu disse o VSB-30 seria o foguete-base desta proposta. O acréscimo de um terceiro estágio líquido orbitador seria necessário e faz parte da proposta já apresentada, estágio este que já foi projetado por uma das startups e que deferentemente do L75, não seria um novela interminável ficando pronto no prazo determinado. Valeu??

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Duda, na minha visão nossa indústria não tem condicoes de entregar um lançador em um tem mais "curto".
    Por exemplo, somente ano passado é que o Sisnav foi testado em vôo pela primeira vez a bordo de um helicóptero da FAB.
    Como a CLC pode dizer que tem um sistema que acredito que deva ser extremamente semelhante ao Sisnav pronto sem qualificalo em voo, ou este teste ja foi feito?

    Seria interessante uma materia com representantes da Clc falando sobre o sistema.

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    1. Olá Blog Luiz!

      Esqueça o SISNAV, que inclusive se não me engano já até mudou de nome, rsrsrsrsrs. Já solicitei que o CEO da CLC responda ao seu questionamento, vamos aguardar.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Waldemar diretor da CLC26 de julho de 2019 às 09:52

      A PINA_F nada tem de semelhante ao SISNAV, a não ser o fato de que ambas as plataformas são de tecnologia Strapdown utilizando girômetros tecnologia FOG. As semelhanças acabam aí. Basta ver as especificações. Com respeito à estar pronta, a PINA_F teve sua concepção mecânica testada em vôo (de foguete não de helicóptero) e sua funcionalidade testada em solo. Um vôo completo onde todas as suas capacidades seja qualificadas ainda não ocorreu. Seria uma ótima oportunidade se o IAE quiser lançá-la em um dos seus foguetes.

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    3. Esclarecedor e interessante.
      Tomara que AEB aproveite a oportunidade que a indústria nacional lhe oferece.Sera que já ouve algum contato entre a AEB e a CLC.

      Obrigado!

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    4. A função da AEB não é encomendar equipamentos e sim sistemas completos. Mas, com certeza, poderia interferir nos projetos, priorizando seus recursos para aquisição de componentes nacionais.

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  3. Duda de acordo com o relatório de atividades de 2018 do IAE foi realizado o teste do Sisnav, e a intenção agora é acrescentar além do sistema de navegação um mecanismo de controle, por isso estao chamando esse aprimoramento do Sisnav de Sisnac.

    Obrigado

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    1. Olá Blog Luiz!

      Pois é, como lhe disse, esqueça o SISNAV,, ou SISNAC como é chamado agora ou será no futuro, esqueça isso e aguarde a resposta da CLC.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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