Foguete da Virgin Orbit é Lançado Com Sucesso de Um Boeing 747
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria publicada dia (10/07) no site
online da revista “AERO Magazine” destacando que um foguete da Virgin Orbit foi lançado com sucesso de um Boeing 747.
Duda Falcão
LANÇAMENTO DE SATÉLITES COM PREÇOS POPULARES
Foguete é Lançado Com Sucesso de Um Boeing 747
Voo de testes visa verificar viabilidade de lançar cargas
espaciais a partir de um avião
Por Edmundo Ubiratan
AERO Magazine
10 de Julho de 2019 às 19:00
Imagem: Divulgação
A Virgin Orbit realizou o primeiro teste real de
lançamento de um foguete a partir de um Boeing 747. O teste marca um importante
avanço no programa LauncherOne, que deverá realizar o lançamento de pequenas
cargas em órbita baixa utilizando um avião e não um foguete convencional.
O teste foi realizado na base aérea de Edwards, na
Califórnia, quando o avião lançador, batizado de Cosmic Girl, soltou o foguete
a partir de uma altitude de 35.000 pés. Embora o foguete estivesse completo,
incluindo um peso que simulava sua carga futura, o teste foi inerte.
“Neste voo, lançamos pela primeira vez um foguete
LauncherOne totalmente construído e totalmente carregado da Cosmic Girl. Nós
estaremos monitorando e ensaiando um milhão de coisas, mas este teste é
realmente sobre aqueles poucos segundos logo após o lançamento", afirmou a
Virgin Orbit, em nota.
O objetivo era assegurar que a separação do foguete da
aeronave, em especial primeiros segundos críticos logo após o lançamento,
ocorressem de forma planejada, garantindo que o foguete e a aeronave se
separassem de maneira limpa. Um dos problemas mais comuns nesse tipo de
lançamento experimental é a turbulência da própria aeronave perturbar o
lançamento, comprometendo não apenas o foguete, mas também o avião lançador.
Aeronaves de combate, misseis e bombas são submetidos a diversos testes
similares, até ser comprovada a validação da viabilidade técnica de lançamento.
O voo de teste começou às 8h43 (local) quando o 747
Cosmic Girl decologou do Mojave Air and Space Port, nas proximidades de Edward,
com o lançamento ocorrendo si às 9h13 da manhã.
O ensaio marca o avanço do projeto, que havia realizado
uma série de voos de teste com o Captive Carry que permitiram que os dados
fossem coletados sobre como a Cosmic Girl executaria o voo com um foguete de 70
pés (21,3 metros) sob a asa esquerda.
O teste representa o último grande passo do complexo
programa de desenvolvimento iniciado em 2015, focado não apenas em projetar um
foguete, mas em prová-lo juntamente com um 747-400 modificado, que serve como
plataforma de lançamento em voo.
“O lançamento foi extremamente suave e o foguete caiu
bem. Houve uma pequena rolagem com a aeronave, exatamente como esperávamos ”,
observou o tenente-coronel Latimer, que acompanhou o voo. “Tudo ocorreu
conforme vimos nos simuladores, na verdade, a dinâmica de lançamento e as
qualidades de manuseio da aeronave foram melhores do que esperávamos”.
A Virgin Orbit espera concluir nos próximos meses o
processo de ensaios e certificação, iniciando em seguida os primeiros
lançamentos comerciais. A empresa acredita que ao utilizar um avião voando
acima dos 35.000 pés será possível reduzir consideravelmente os custos de
lançamento especiais, além de permitir escolher o melhor local para cada
missão.
Fonte: Site da Revista AEDRO Magazine - https://aeromagazine.uol.com.br
Comentário: Pois é leitor, um amigo meu me disse
recentemente: “Cada vez mais as Ciências e Tecnologias Espaciais vão invadir o
cotidiano das pessoas nos próximos anos, como a informática fez nas ultimas
décadas”. Esse amigo foi muito feliz em sua colocação, pois as atividades espaciais
já fazem parte do cotidiano da sociedade humana e na verdade já era uma projeção
extremamente provável de acontecer quando o setor espacial surgiu lá no final
dos anos 50 beneficiando e engrandecendo aquelas sociedades que realmente apostaram
no seu desenvolvimento. Quando vejo uma notícia como essa, brasileiro que sou,
defensor e divulgador das atividades espaciais de meu país, não há como não ficar
frustrado, chateado, decepcionado com o rumo que as atividades espaciais
tomaram em meu país, desde que a mesma foi oficializada pelo governo no longínquo
ano de 1961. Poxa leitor, tanta falta de brasilidade, inveja, estupidez
generalizada, falta de visão e compromisso, falta de foco, falta de uma
politica adequada para o setor, interferência estrangeira política com conivência
interna, incompetência gerencial, ações de inteligência, enfim... uma
verdadeira festa de total baderna e desgoverno que só poderia nos levar a essa situação.
Veja por exemplo a notícia acima leitor, e se pergunte: Será que não poderíamos
seguir o exemplo acima e assim ganharmos alguns anos no desenvolvimento de um
lançador? O que faltaria para isso? Bom leitor eu lhe responderia que
tecnologicamente não haveria nenhum empecilho tecnológico intransponível para
repetir esse feito da Virgin Orbit, porém infelizmente sobraria a série de
problemas citados acima que impediram o desenvolvimento espacial do país desde
1961. Vale lembrar que essa ideia de lançar pequenos foguetes lançadores de
satélites de aviões não é nova, e inclusive os dois satélites SCD brasileiros
foram lançados nos anos 90 de uma avião B52, através de foguetes Pégasus, e que
no inicio desta década (se não me falha a memória) dois profissionais conhecidos
do setor espacial brasileiro sugeriram esta ideia como um caminho rápido e possível
de ser alcançado com a tecnologia disponível naquela época. Será que ninguém na
FAB enxerga que eles já estão com a faca e o queijo na mão (aviões capazes de
realizar a missão e um foguete base (VSB-30) que necessitaria de pequenas modificações
para realizar uma missão como essa) e que existe tecnologia e profissionais
preparados e motivados no país para se envolverem num objetivo como esse? Poxa
parece que na FAB tem um bando de gente sem cabeça. Imagine leitor se em dois
anos a FAB tivesse essa plataforma de acesso ao espaço para poder tirar seus
planos de defesa espacial do papel? Enfim... no nosso universo real
infelizmente não é assim que acontece, e enquanto isso o mundo avança e
continuamos ficando a ver navios. Aproveito para agradecer ao nosso leitor Rui Botelho
pelo envio desta notícia.
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