Monitoramento do Cerrado Chama a Atenção Para Outros Biomas
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (05/07) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Monitoramento
do Cerrado chama a atenção para outros Biomas.
Duda Falcão
NOTÍCIA
Monitoramento do Cerrado Chama a Atenção Para Outros Biomas
Por
INPE
Publicado: Jul 05, 2019
São José dos Campos-SP, 05 de julho de 2019
Com o apoio do Banco Mundial, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) expandiu para o Cerrado o monitoramento por
satélites feito na Amazônia desde 1988. Agora, o desafio é realizar a mesma
operação em todos os biomas brasileiros. Esta foi a conclusão do seminário que reuniu em São Paulo, no dia 26 de junho,
gestores de projetos e especialistas na produção e disseminação de dados sobre
desmatamento, queimadas e emissões de gases de efeito estufa (GEE).
"São informações importantes para a fiscalização,
mas também para a ciência brasileira. Quem estuda os biomas precisa dos dados
gerados pelo INPE para mensurar impactos inclusive na cadeia econômica,
fundamental para o desenvolvimento do país", disse Cláudio Almeida, pesquisador
que coordena o Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas do INPE.
Ele ressaltou que "hoje temos soberania na cadeia
técnica completa para o monitoramento", uma vez que são utilizadas as
informações da câmera WFI do CBERS-4 – o mesmo sensor estará a bordo do
satélite sino-brasileiro CBERS-4A, que será lançado no final do ano, e no Amazonia-1, satélite totalmente nacional
que voará em 2020.
"Hoje o consumidor exige que os produtos estejam de
acordo com a legislação ambiental. O mundo pede garantias de que a soja e a
carne não provêm de áreas desmatadas e os satélites e tecnologias do INPE têm
qualidade para comprovar isso", destaca Almeida.
A especialista ambiental Bernadete Lange, que representou
o Banco Mundial no seminário, ressaltou o empenho e apuro técnico dos
trabalhos. "Envolve muitos especialistas, todos excelentes, que produzem
resultados que são úteis para a sociedade. Não se trata de mais uma pesquisa
publicada".
Lange lembrou que, há poucos anos, era difícil angariar
recursos para investimentos no Cerrado. "Antes a preocupação era apenas
com a Amazônia. Felizmente estamos mudando isso e esperamos conseguir manter os
investimentos para o Cerrado e, também, para outros biomas", disse a
especialista do Banco Mundial.
Resultados sobre o
desmatamento do Cerrado começaram a ser divulgados em 2018 pelo INPE,
que já iniciou os mapas dos biomas Pantanal e Pampa. Todos os dados sobre
desmatamento gerados pelo INPE podem ser consultados na plataforma TerraBrasilis.
Além de expandir os sistemas PRODES e DETER para o
Cerrado, o projeto com o Banco Mundial também aprimorou o monitoramento de queimadas
realizado pelo INPE desde 1998. Foi criada uma nova versão do TerraMA2Q -
baseado na plataforma computacional TerraMA², destinada à construção de
sistemas de monitoramento, análise e alerta de riscos ambientais para
diferentes aplicações.
Parte do processo de desmatamento, os incêndios
florestais estão entre as maiores ameaças ambientais do planeta, por afetar o
clima e provocar a erosão do solo, além de causar mortes e extinção de
espécies.
Capacidade Brasileira
Coordenado pela pesquisadora Leila Fonseca, o projeto
"Monitoramento Cerrado" faz
parte do Programa de Investimento Florestal (FIP) gerido pelo Banco Mundial,
sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC ), com execução do INPE em parceria com as universidades
federais de Goiás (UFG) e (UFMG).
O projeto tem como triplo objetivo fortalecer a
capacidade institucional do Brasil para o monitoramento do desmatamento,
disponibilizar informações sobre riscos de incêndios florestais e contribuir
para as estimativas de cálculos de emissão de GEE oriunda do desmatamento e das
queimadas no Cerrado.
Também está em curso o projeto "Monitoramento
Ambiental dos Biomas Brasileiros por Satélites" – para a cobertura da Mata
Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal -, com apoio financeiro do Fundo
Amazônia.
Seminário lotou auditório de técnicos e gestores
ambientais.
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Estande do INPE no MundoGEO #Connect 2019.
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Equipe no evento realizado em São Paulo.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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