50 Anos Após Chegada à Lua, NASA Planeja Enviar 1ª Mulher e Criar Base Para Escala Até Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada dia (18/07) no site
“G1” do globo.com, destacando como a
NASA planeja criar uma base e enviar a 1ª mulher a Lua como escala até Marte.
Duda Falcão
CIÊNCIA E SAÚDE
50 Anos Após Chegada à Lua, NASA Planeja Enviar 1ª Mulher
e Criar Base Para Escala Até Marte
Entenda o cronograma de construção do projeto Gateway,
que faz parte da missão lançada pela NASA para 'colonizar' a Lua.
Por Carolina Dantas e Fabio Manzano, G1
18/07/2019 - 05h00
Atualizado há uma hora
Foto: NASA
A nova fase de exploração da Lua deve servir para testar
novas tecnologias para serem usadas em Marte
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Cinquenta anos depois de a missão Apollo 11 pousar na Lua
pela primeira vez, chegou a hora de voltar. Novas viagens tripuladas estão
previstas, além da criação de uma base orbital e da chegada da primeira mulher
ao satélite. Qual é a razão de tudo isso? Se aproximar de um projeto de
"Lua colonizável" e, assim, criar um lugar para fazer escala antes de
chegar até Marte.
A Agência
espacial americana (NASA) quer estabelecer presença humana
permanente na Lua na próxima década. A nave Gateway está em fase de projeto e
deverá orbitar o satélite natural. Ela será um "escritório" para os
astronautas a cinco dias de viagem da Terra.
A primeira parte da Gateway deverá ser lançada em 2022.
Depois, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, sigla em inglês) levará dois
novos módulos para acoplar à nave orbital. Toda essa infraestrutura será o
núcleo para a exploração humana da Lua, transformando-a em uma base para a próxima
missão. Os testes devem começar em uma missão não tripulada no ano que vem.
Foto: Wagner Magalhães/G1
Projeto da nave Gateway, da NASA.
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ISS - Lua – Marte
A viagem até a Lua é mil vezes mais distante do que até
a Estação
Espacial Internacional (ISS) – a atual estrutura de pesquisas na
órbita da Terra. O próximo passo da NASA será incentivar mais o uso de recursos
privados para manter a ISS e investir dinheiro americano (de parceria
público-privada) nas pesquisas lunares.
O governo deve incluir 1,6 bilhão de dólares (R$ 6
bilhões) a mais no orçamento da agência em 2020. As novas ferramentas,
instrumentos e equipamentos implantados precisam abrir caminho para a chegada
até Marte.
Jim Bridenstine, diretor-administrativo da NASA, anunciou
em abril deste ano que os planos de exploração têm duas etapas principais:
levar a primeira mulher à Lua até 2024 e estabelecer missões sustentáveis até
2028.
Na
celebração de 50 anos do Apolo 11, NASA
confirma que mulher será próxima a
pisar na lua.
A Primeira Astronauta
O envio da primeira mulher à Lua é questão de igualdade.
Até hoje, doze seres humanos pisaram no satélite, e todos são homens.
As missões Apollo, que há meio século encabeçaram a
corrida espacial dos Estados Unidos contra a União Soviética, não extravasaram
para uma discussão de igualdade nas agências espaciais. Na verdade, isso nem
era possível, porque a carreira de astronauta na década de 60 exigia testes
militares. E o exército americano, assim como acontecia na maior parte do
mundo, não aceitava mulheres.
Foto: NASA
Neil A. Armstrong, comandante da Apollo 11, dentro da
nave que o levou até a Lua em 1969.
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"Com o final da Guerra Fria, os orçamentos dos
programas espaciais minguaram e a aventura humana no espaço ficou cara",
explicou o professor de astronomia da USP João Steiner.
Dali em diante, as missões usaram robôs e sondas. Com a
ajuda da tecnologia, o homem já chegou a Marte, Plutão, Saturno, Júpiter e até
ao Sol.
Uma missão americana com uma mulher só ocorreu em 1978,
com Sally Ride; os russos foram os pioneiros e enviaram Valentina Tereshkova,
em 1963. Desde então, o mundo já realizou 138 lançamentos, com 60 mulheres a
bordo. Mas até hoje nenhuma pisou na Lua.
Artemis
Essa reparação histórica está prevista para acontecer até
2024. A agência americana vai lançar a Artemis, a nova missão para o satélite.
O nome é uma homenagem à gêmea de Apollo, a deusa da Lua.
"O retorno do ser humano tem a ver com a parte
humana das descobertas, nem tanto política. O homem, quando pisa em alguma
coisa, entende melhor. Na realidade, robôs fazem coisas maravilhosas sem a
presença humana, mas gostamos de ir lá e ver com os próprios olhos." -
Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional.
Em toda a história, o homem ficou 80 horas sobre
superfície lunar. Por isso, ainda não houve contato científico maior com o
regolito, material disponível no solo.
A Artemis pretende descobrir:
·
Como se mover com segurança e desvendar o
material do solo da Lua;
·
Como conseguir montar uma estrutura em solo
lunar;
·
Testar tecnologias que podem ser aplicadas nas
pesquisas em Marte;
·
Como manter seres humanos mais tempo fora da
Terra.
O plano inclui também a tentativa de chegar pela primeira
vez ao polo Sul da Lua, onde há evidências de gelo, mas ainda sem comprovação
se isso de fato representa uma reserva aquática extraterrestre.
"Na realidade, sobre a Lua, uma coisa de que
ainda temos dúvida é sobre a quantidade de água. Isso é muito importante para
uma possibilidade de ter realmente uma colônia fora da Terra. Se não tiver
água, vamos levar. A mesma coisa em Marte, e isso é importante também para
estabelecer custos", explica Daniela.
Foto: NASA
Protótipo de como será o pouso futuro do ser humano na
Lua .
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Novas Tecnologias
Para chegar mais longe, é preciso mais tecnologia. A
cientista Parvathy Prem, formada em Cingapura e que trabalha no Laboratório de
Física Aplicada de Johns Hopkins, projetou um software para a NASA que pode
contribuir com essa nova fase.
Seu programa é capaz de pulverizar cerca de 300 litros de
água e outros gases a quilômetros do pouso. Isso pode ajudar os astronautas a
andar uma distância maior.
Parvathy, segundo a NASA, trabalha para entender como a
água se comporta na Lua. Ela se acomoda na superfície? Como fazer um
reservatório? São algumas respostas que a Artemis pode vir a responder.
Caminho Até Marte
Mineiro, formado pela Universidade Federal de Minas
Gerais, Ivair
Gontijo trabalha na missão Mars 2020. Essa não é a primeira
experiência: ele ajudou na descida do robô Curiosity. Essa missão triunfou
desde 2012 e encontrou moléculas orgânicas, desvendou detalhes sobre as
estações climáticas marcianas e detalhou as variações de temperatura do planeta
– faz -90ºC nas noites de inverno e 0ºC nas noites de verão.
Só de descobrir a temperatura é possível entender que
colonizar Marte não é uma missão simples. Por isso, Gontijo conta que a
permanência na Lua pode ajudar no desenvolvimento de tecnologias para produzir
oxigênio e alimentos para chegar até o planeta vermelho no futuro.
"É importante levar as matérias primas para a Lua e
depois usar as mesmas até Marte", disse. Gontijo escreveu um livro, o
"A caminho de Marte: A incrível jornada de um cientista brasileiro até a NASA",
onde comenta essa relação e explica as comprovações científicas da chegada do
homem à Lua.
Foto: Carolina Dantas/G1
Ivan Gontijo, brasileiro que trabalha nas missões
espaciais a Marte.
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Segundo Gontijo, são movimentos paralelos nas pesquisas
espaciais. A missão Mars 2020 também levará instrumentos para a produção de
oxigênio. Eles pretendem observar reações químicas, um caminho para encontrar
vida no planeta vermelho.
Daniela Lazzaro, do Observatório Nacional, explica que o
grande problema para mandar missões tripuladas para Marte é o tempo que demora
para chegar até lá. A Lua pode funcionar como uma estação antes de chegar.
"O nosso corpo não aguentaria. Se você quebra uma
perna no espaço e fica 15 dias parado, o seu músculo já afina. Imagina meses e
meses sem gravidade
"Uma base na Lua poderia ajudar a ir mais longe.
Seria uma escala e também um laboratório para a gente se adaptar às viagens no
espaço", diz Daniela Lazzaro, do Observatório Nacional.
Fonte: Site “G1” do globo.com - 18/07/2019
Comentário: Pois é leitor, estamos no limiar de uma nova aventura humana no espaço e como na Missão Apollo, quem sabe o Brasil possa de alguma forma contribuir, como contribuiu anteriormente, principalmente agora com essa proximidade entre os dois países, quem sabe, né??? Talvez seja uma das metas do nosso Ministro Marcos Pontes. Aproveito para agradecer ao nosso leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio do vídeo que acompanham esse matéria do G1.
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