Nova Descoberta da NASA Pode Desvendar Mistério da Formação de Planetas
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As informações foram obtidas através da absorção da luz das estrelas à medida que o planeta passava em frente a sua estrela, movimento conhecido como "trânsito", bem como a perda da luz refletida, permitindo que os telescópios captassem 12 trânsitos e 20 eclipses, graças à espectroscopia.
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (04/07) no site do
Sputnik News Brasil, destacando que nova descoberta da NASA pode desvendar
mistério da Formação de Planetas.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Nova Descoberta da NASA Pode Desvendar Mistério da Formação de Planetas
Sputnik News Brasil
04/07/2019 – 10:39
Atualizado 04/07/2019 – 10:43
© Foto : NASA
Telescópios Hubble e Spitzer da NASA descobrem novo
planeta em um sistema solar distante, com uma atmosfera rica e a chance de
ajudar a desvendar mistério da formação dos planetas.
Os dois telescópios identificaram pela primeira vez a
"impressão digital" detalhada de um planeta com dimensões entre as da
Terra e Netuno. Nenhum objeto como esse foi encontrado em nosso Sistema Solar,
mas são comuns em outros sistemas planetários.
O planeta, Gliese 3470 b ou GJ3470 b, pode ser um híbrido de Terra e Netuno, contendo um grande núcleo
rochoso sob uma profunda atmosfera de hidrogênio e hélio. Com isso, os
cientistas esperam que, através do estudo desses gases e partículas, seja
possível revelar como os planetas são formados.
"Essa é uma grande descoberta da perspectiva
da formação planetária. Ele orbita muito próximo da estrela e é muito menos
massivo do que Júpiter, que possui 318 vezes a massa da Terra, mas conseguiu
agregar a atmosfera primordial de hidrogênio e hélio que é, em grande parte,
'despoluída' de elementos mais pesados", afirma Bjorn Benneke, da
Universidade de Montreal, Canadá, ressaltando que não há nada igual no Sistema Solar.
Para realizar a descoberta, os astrônomos utilizaram os
telescópios Hubble e Spitzer, permitindo dessa forma, estudar um planeta ao
redor de uma anã vermelha a aproximadamente 100 anos-luz.
© Foto:
NASA, ESA, E L. Hustak (STSCI)
Elementos descobertos na atmosfera do exoplaneta GJ 3470
b.
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As informações foram obtidas através da absorção da luz das estrelas à medida que o planeta passava em frente a sua estrela, movimento conhecido como "trânsito", bem como a perda da luz refletida, permitindo que os telescópios captassem 12 trânsitos e 20 eclipses, graças à espectroscopia.
O GJ 3470 b apresentou apenas algumas neblinas finas, o
que permitiu aos cientistas analisá-lo profundamente, conforme indica o tabloide Daily Mail.
"Nós esperávamos uma atmosfera fortemente
enriquecida com elementos mais pesados,
como oxigênio e carbono, que formam vapor de água e gás metano abundantes,
semelhantes aos de Netuno", citou Benneke, destacando que, ao invés disso,
foi encontrada uma atmosfera pobre em elementos pesados, lembrando a composição
rica em hidrogênio e hélio do Sol.
© Foto: Helmut Lammer
Núcleo rochoso do exoplaneta GJ 3470 b.
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"Estamos vendo um objeto que conseguiu acumular
hidrogênio do disco protoplanetário, mas se afastou, tornando-se um Júpiter
quente”, explicou Benneke.
Os novos estudos do GJ 3470 b já geraram resultados de grande
interesse por equipes americana e canadense
Agora, as equipes observarão os trânsitos e eclipses do
GJ 3470 b em comprimentos de onda de luz, onde as nebulosas atmosféricas se
tornarão cada vez mais transparentes.
"Trata-se da primeira vez que uma assinatura
espectroscópica foi obtida no mundo", completou Benneke.
Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com/
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