Inconstante de Hubble: Mistério da Expansão do Universo Se Complica
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia postada ontem (17/07) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que novos dados do Telescópio Espacial Hubble
mostram que o mistério da Expansão do Universo se complica.
Duda Falcão
ESPAÇO
Inconstante de Hubble: Mistério da Expansão do
Universo Se Complica
Redação do Site Inovação Tecnológica
17/07/2019
[Imagem: NASA/ESA/W. Freedman/ESO/DSS]
O valor da constante de Hubble é calculado comparando as
distâncias das galáxias com a taxa aparente de sua recessão em relação à Terra,
devido aos efeitos relativísticos da expansão do espaço.
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Constante de Hubble
Os astrônomos consideram há quase um século que o
Universo está se expandindo, o que significa que a distância entre as galáxias
está-se tornando cada vez mais vasta a cada segundo.
Mas exatamente o quão rápido o espaço está se esticando,
um valor conhecido como "constante de Hubble", continua sendo um
mistério - um dos maiores entre os mistérios que a Física não consegue explicar.
E uma nova medição, feita com o telescópio espacial
Hubble, mas usando uma técnica inédita, lançou ainda mais mistério à questão:
Em lugar de decidir qual das duas técnicas usadas anteriormente estava correta,
o resultado caiu bem no meio entre as duas.
Medição da expansão do Universo
O desafio central na medição da taxa de expansão do
Universo é que é muito difícil calcular com precisão as distâncias entre
objetos muito distantes.
Em 2001, uma equipe liderada por Wendy Freedman,
professora da Universidade de Chicago, usou estrelas distantes, chamadas variáveis
cefeidas, como marcadores de distância. A medição concluiu que o valor da
constante de Hubble para o nosso Universo seria de 72 quilômetros por segundo
por megaparsec (km/seg/Mpc) - um parsec é equivalente a 3,26 anos-luz de
distância. A medição mais precisa feita com a técnica das cefeidas,
realizada em 2012, chegou a um valor de 74,3 km/seg/Mpc.
Mas outros astrônomos sugeriram uma abordagem bem
diferente, usando um modelo baseado na estrutura ondulante da luz que restou do
Big Bang, conhecida como radiação de fundo de micro-ondas. As medições, usando
o telescópio espacial Planck, chegaram a um valor de 67,4 km/seg/Mpc, um
desacordo significativo (9%) com a medição baseada nas cefeidas.
Teorias incompletas
Agora, a mesma equipe da professora Freedman idealizou
uma nova técnica de medição, usando uma espécie de estrela conhecida como
gigante vermelha. Conforme envelhecem, todas as gigantes vermelhas parecem
atingir um mesmo patamar, passando a brilhar de forma similar. Então, comparando
o brilho de cada uma com o brilho padrão dessas estrelas é possível dizer a que
distância cada uma se encontra.
As novas observações, feitas também usando o telescópio
Hubble, indicam que a taxa de expansão para o Universo próximo é de pouco menos
de 70 km/seg/Mpc (69,8 +/- 0,8 km/seg/Mpc).
Com um resultado bem no meio entre as duas medições
anteriores, a técnica não apenas não conseguiu elucidar a questão, como a
tornou ainda mais confusa.
A única conclusão a que isso leva pode soar um tanto
óbvia: Não sabemos tudo sobre o Universo. Em outras palavras, as teorias e
modelos que usamos para explicar o Universo podem estar erradas ou incompletas.
Mas não é muito fácil fazer os cientistas desapegarem-se
de teorias com as quais trabalharam a vida toda. "A discrepância que vimos
antes não desapareceu, mas essa nova evidência sugere que ainda não se sabe se
há uma razão imediata e convincente para acreditar que há algo fundamentalmente
defeituoso em nosso atual modelo do Universo," ponderou a professora Freedman.
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Teoria que dispensa singularidades descarta o Big Bang
Bibliografia:
Artigo: An Independent Determination of the Hubble Constant Based on the Tip of the Red Giant Branch
Bibliografia:
Artigo: An Independent Determination of the Hubble Constant Based on the Tip of the Red Giant Branch
Autores: Wendy L. Freedman, Barry F. Madore, Dylan Hatt,
Taylor J. Hoyt, In-Sung Jang, Rachael L. Beaton, Christopher R. Burns, Myung
Gyoon Lee, Andrew J. Monson, Jillian R. Neeley, Mark M. Phillips, Jeffrey A.
Rich, Mark Seibert
Revista: Astrophysical Journal
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br
Comentário: Pois é
leitor, alguém sabiamente e bem além do seu tempo disse certa vez que a única coisa que sabia, era que nada sabia,
rsrsrsrs. Parece que continuamos em
pleno século 21 sem entender o que essa pessoa pretendia dizer há séculos
atrás. Pois então, a raça humana precisa
entender que não somos suprassumo de nada, e muito menos somos o dono da
verdade, estamos ainda engatinhando como espécie e temos muito, mas muito,
muito mesmo ainda a aprender sobre o universo que nos cerca. Que essa nova
realidade sirva de exemplo para comunidade cientifica descer do seu pedestal e
entender de uma vez por todas a sua insignificância diante do desafio que tem
de enfrentar.
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