O Papel do ITA no Setor Espacial Brasileiro
Olá leitor!
A Divisão de Comunicação Social do Instituto Tecnológico
da Aeronáutica (ITA) postou dia (19/07) no site oficial do instituto, um
interessante artigo tendo como destaque o papel deste instituto no Setor
Espacial Brasileiro.
Duda Falcão
Notícias
O Papel do ITA no Setor Espacial Brasileiro
A influência da chegada do Homem à Lua no país
Por Divisão de Comunicação Social do ITA
Publicado em 19 de julho de 2019
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) nasceu em
1950, com a missão de formar engenheiros de qualidade, capazes de criar um
setor aeronáutico brasileiro, mas também capacitou recursos humanos para
fomentar as pesquisas espaciais brasileiras.
O setor aeroespacial teve seu auge mundial durante a
corrida espacial entre os Estados Unidos e a, então, União Soviética. Após os
soviéticos lançarem o primeiro satélite (Sputnik) e o primeiro homem ao espaço,
o presidente americano John F. Kennedy, afirmou que os americanos chegariam à
Lua, o que resultou em grandes investimentos em pesquisas.
No mesmo período, em âmbito nacional, as primeiras
movimentações em direção às pesquisas espaciais aconteceram em 1961, quando se
criou o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais. A
partir de então, a perspectiva estabelecida foi que o Brasil deveria ser capaz
de desenvolver satélites, de responsabilidade do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), criado em 1969, e os lançadores, sob responsabilidade
do então Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) da Aeronáutica,
originado em 1954.
“Podemos sim dizer que há a influência do projeto Apollo
no Brasil, tanto que em 1969, o Programa Espacial Brasileiro já era composto
por uma parte civil e outra militar”, afirma o Diretor-Geral do Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz
Fernando de Aguiar.
Ao longo desses 50 anos, o setor aeroespacial impulsionou
tecnologias de diversos segmentos. Inúmeros produtos, que hoje estão à
disposição da sociedade, surgiram devido às pesquisas espaciais: exames de
tomografia computadorizada, câmera digital e sistema GPS são alguns desses
exemplos. O aumento da importância do setor se reflete em uma nova corrida tecnológica
e agora conta também com investimentos privados.
No Brasil, o Programa Nacional de Atividades Espaciais
(PNAE) orienta o Programa Espacial Brasileiro e tem três focos estratégicos
principais: sociedade, indústria e autonomia (baseada em satélites, lançadores
e infraestrutura). No âmbito da Força Aérea, é possível notar a expansão da
atuação no setor, com 10 unidades voltadas para o setor espacial, desde o ITA,
responsável pela formação de profissionais, passando por organizações que atuam
em pesquisa e desenvolvimento, aplicação operacional, implantação, coordenação,
controle, além dos centros de lançamentos.
O ITA criou o curso de engenharia aeroespacial no ano de
2010 e a formação permite aos alunos trabalharem tanto em satélites quanto em
lançadores. Para o Professor Luís Eduardo Loures da Costa, coordenador do
Centro Espacial do ITA, “houve uma explosão de pequenos satélites nos últimos
anos e o Brasil está trabalhando forte para se manter alinhado com os
desenvolvimentos internacionais”. O ITA tem um nanossatélite no espaço e
trabalha em conjunto com a NASA e o INPE na construção de um novo nanossatélite
para pesquisas de clima espacial. O ITA ainda faz parte das organizações
envolvidas na Missão Garatéa-L, que visa colocar um nanossatélite brasileiro na
órbita da Lua em 2022.
Já o aluno do 5º ano de engenharia aeroespacial Arthur
Durigan Bahdur acaba de retornar de uma competição internacional de foguetes
que aconteceu nos Estados Unidos. Ele conta orgulhoso que, mesmo não tendo
conquistado o pódio na prova, retornar com 5 condecorações, sendo uma menção
honrosa por apresentar uma solução de teste que os próprios organizadores
prometem adotar. “Foi uma experiência única, pois pudemos conhecer diferentes
projetos de foguete e estar entre os profissionais do futuro da engenharia
aeroespacial”, completa Bahdur.
São José dos Campos é o maior cluster aeroespacial do
país e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial é o maior complexo
nacional do setor. Nele temos desde a formação de recursos humanos até a
transferência tecnológica para indústria. Dessa forma, a Força Aérea atua em
todo o ciclo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias espaciais. “Nosso
trabalho é contínuo para contribuir com o avanço científico e tecnológico do
país e consolidar a indústria nacional, cooperando também para o fortalecimento
econômico do setor aeroespacial”, finaliza o Tenente-Brigadeiro Aguiar.
Fonte: Site do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
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