Missão na França Fortalece Parcerias Entre Agências Espaciais de Diversos Países
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial postada ontem (12/07) no site
da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que Missão realizada
recentemente na França fortalece parcerias entre agências espaciais de diversos
países.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Missão na França Fortalece Parcerias Entre Agências
Espaciais de Diversos Países
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 12/07/2019 - 17h05
Última modificação: 12/07/2019 - 17h26
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos
Moura, e o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Paulo
Barros, participaram de 12 a 22 de junho, de uma missão na França, onde
acompanharam várias atividades na área espacial. Eles também se reuniram com
profissionais de agências espaciais da França e de outros países com o intuito
de fortalecer e firmar novas parcerias, além de discutir o andamento de
projetos na área espacial.
Ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, Marcos Pontes, os representantes da AEB estiveram presentes na
Paris Air Show, maior feira do setor aeronáutico do mundo. O evento acontece
sempre no mês de junho, e apresenta o que há de mais moderno na área de ciência
e tecnologia.
No encontro, o presidente da AEB, Carlos Moura, o
presidente do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES), Jean-Yves
Le Gall, e representantes de cerca de 20 países assinaram uma declaração de
interesses, com o objetivo de permitir a troca de dados para mitigar ou evitar
impactos causados pelas mudanças climáticas.
Para o presidente da AEB, Carlos Moura, essa é uma
oportunidade de os países se unirem para compartilhar informações e entender o
que acontece com o clima, não apenas do nosso país, pois o clima não tem
fronteiras, mas também nas regiões do Atlântico Sul, Amazônia e América do
Sul. Isso é bastante relevante para o nosso entorno e para todo o mundo.
“Essa parceria é uma oportunidade de estreitar os laços
entre os dois países em assuntos aeroespaciais, como também prevê a cooperação
para o intercâmbio de projetos, até mesmo iniciativas que irão beneficiar o
Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, se o Acordo de Salvaguardas
Tecnológicas com os Estados Unidos for aprovado no Congresso Nacional”, afirmou
o diretor Paulo Barros.
O CNES e a Agência Espacial Alemã (DLR) propuseram aos
representantes da AEB a continuidade das parcerias, a reserva para participar
de eventos no Brasil, o estabelecimento de novos acordos, desenvolvimento de
projetos em new space e programas destinados à educação de jovens na área
espacial.
Visitas Técnicas
O encontro possibilitou ainda visitas a indústrias e ao
Centro Espacial de Toulouse, o que permitiu a exploração de possibilidades benéficas
para ambos os países. Carlos Moura e Paulo Barros estiveram presentes nas
instalações da sede da Airbus, em Toulouse, onde receberam informações sobre as
quatro áreas de atuação da empresa, aeronaves militares, sistemas espaciais,
comunicação, inteligência e segurança e sistemas aéreos não tripulados.
Também fez parte do cronograma da missão visita às
instalações da Thales Alenia Space, que produziu o Satélite Geoestacionário de
Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1), que hoje atende necessidades de
comunicação segura para o governo brasileiro, assim como o Programa Nacional de
Banda Larga. Eles aproveitaram ainda, a oportunidade para discutir os projetos
espaciais e o contrato para transferência de tecnologia que capacitará o Brasil
na projeção de instrumentos óticos para satélites de Observação da Terra.
A missão foi bastante produtiva pelos contatos
estabelecidos e pela identificação de futuras parcerias, não apenas na parte de
transferência de tecnologia, mas sobretudo no desenvolvimento de projetos em
conjunto. Observa-se que o Brasil continua sendo visto como um grande
demandante de serviços espaciais, com infraestrutura e competências para atuar
proativamente na pesquisa, desenvolvimento e indústria espacial.
Além dos possíveis acordos, o presidente da AEB, Carlos
Moura, e o diretor de Satélites, Paulo Barros, observaram o potencial das
empresas, a evolução nas linhas de produção para atender à demanda do new space
e o estado da arte em satélites de pequeno e grande portes, e também a busca de
alternativas para capacitar a mão de obra brasileira.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bom leitor, no que diz respeito ao que selecionamos em amarelo no texto acima, me parece algo de realmente positivo. Isto é, desde que erros cometidos anteriormente não voltem acontecer, como ocorreu no caso do VLM-1, onde infelizmente e estupidamente entregamos o controle do projeto aos alemães. Toda parceria para ser positiva tem de beneficiar ambos os lados, se não, perde o sentido e deixa de ser uma parceria. No caso do VLM-1, por exemplo, o Governo Petralha e seus gestores de merda se superaram, pois perderam (ou entregaram em troca de algo - Presidente Bolsonaro, abra a caixa preta da AEB) o controle de um projeto que era brasileiro, e onde os alemães participariam apenas como convidados, já que tínhamos no país toda tecnologia necessária para o desenvolvimento do veículo de forma autônoma, e agora o projeto não é mais IAE/DLR e sim DLR/IAE. A nova diretória da AEB precisa ficar atenta a isso, e quando for negociar está aparada por profissionais realmente sérios, preparados e comprometidos como o setor e o país, mas até onde sei, infelizmente ainda existem servidores na agencia que estão bem longe de possuir essas qualificações.
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