Astrônomos Descobrem Característica Incomum de Todos 'Sinais de Rádio Alienígenas'
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (16/07) no site
do Sputnik News Brasil, destacando que Astrônomos descobrem característica
incomum de todos 'Sinais de Rádio Alienígenas'.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Astrônomos Descobrem Característica Incomum de Todos 'Sinais
de Rádio Alienígenas'
Sputnik News Brasil
16/07/2019 – 13:00
Atualizado 16/07/2019 - 13:02
© NASA . ESA/Hubble & NASA/ Judy Schmidt
Novas observações das misteriosas explosões rápidas de
rádio (FRB) indicam que todos esses eventos devem ser gerados por suas fontes
várias vezes ao longo de sua existência.
Isso elimina a possibilidade de elas serem produzidas por explosões de estrelas e pela
fusão de buracos negros, escreve um astrônomo na revista Nature.
"Até à data, são conhecidas apenas duas fontes com
repetição de explosões rápidas de rádio, e a natureza dos restantes 70 rajadas
permanece desconhecida para nós. Eu consegui mostrar que a maioria delas devem
ser produzidas por fontes que emitem pelo menos vários desses sinais durante
sua vida", disse Vikram Ravi, um astrônomo da Universidade de Harvard.
Rajadas Misteriosas
Os astrônomos falaram pela primeira vez da existência de
misteriosos explosões rápidas de rádio (FRB) em 2007, quando elas foram
descobertas acidentalmente enquanto se observavam os pulsares de rádio com o
Telescópio Parks na Austrália.
Nos anos subsequentes, os cientistas encontraram
vestígios de mais três dezenas de tais explosões, cuja comparação mostrou que
poderiam ser de origem artificial, e até mesmo ser potenciais sinais de
civilizações extraterrestres, por causa da periodicidade inexplicável de sua
estrutura.
Todas elas tinham uma coisa em comum – a potência extremamente elevada e a distância
invulgarmente longa até suas fontes. Assim, os astrônomos assumiram
inicialmente que tais rajadas surgem durante a fusão de estrelas de nêutrons ou
de outros objetos compactos que se transformam em um buraco negro.
'Sinais Alienígenas'
Há dois anos, os cientistas encontraram indícios de que
este não é o caso. O telescópio Parks detectou flashes repetidos no mesmo ponto
em que há seis anos foi detectada uma das primeiras explosões de FRB, o evento
FRB 121102. Isso tornou os "sinais alienígenas" em fenômenos
espaciais ainda mais misteriosos e interessantes.
Ravi sugere que as fontes de "sinais de rádio
alienígenas" singulares não diferem em sua natureza do FRB 121102 e de
outra rajada repetida, FRB 180814, depois de analisar os últimos dados coletados
por dois radiotelescópios relativamente novos, o observatório canadense CHIME e
seu "primo" australiano ASKAP.
Ambas as instalações podem monitorar setores bastante
amplos do céu noturno, permitindo-lhes gravar dezenas de explosões FRB nos
primeiros meses de sua operação. Isso mais do que dobrou seu número total e fez
com que os cientistas pensassem sobre a frequência com que deveríamos ouvir o "chamamento" dos alienígenas.
Resultados da Observação
O fato é que a frequência desses eventos diferia
dramaticamente, de acordo com os dados do CHIME e ASKAP. O observatório
canadense detectou cerca de dez vezes mais rajadas que o seu
"concorrente" australiano, o que levou os cientistas a duvidar da
veracidade de todas as observações de explosões FRB.
Estas discrepâncias, como mostraram os cálculos de
Ravi, não se deviam a erros dos astrônomos ou a problemas na operação dos
dispositivos, mas sim porque o ASKAP simplesmente captura mal os "sinais
alienígenas" que ocorrem a uma distância bastante grande da Via Láctea.
Esta descoberta ajudou-o a combinar os resultados de suas
observações e a calcular com precisão suficiente a frequência das rajadas FRB
no céu noturno.
Como se verificou, estas explosões ocorrem com uma frequência inesperada, e mesmo nos casos
mais extremos sua frequência excede a frequência de fusão de estrelas de
nêutrons, de pares de anãs brancas, explosões de supernovas raras e
"normais" e todos os outros eventos cataclísmicos.
O que emite tais rajadas?
Tudo isto, de acordo com Ravi, sugere que quase todas ou
a maioria das explosões FRB são causadas por fontes que podem emitir um grande
número de tais rajadas, em vez de apenas uma. O seu número total pode ser
bastante pequeno, cerca de 100 eventos ao longo de toda a vida do Universo,
para explicar a frequência dos flashes que foram detectados pelo telescópio
CHIME.
Isso, no entanto, levanta uma nova questão para os
cientistas: por que tais propriedades foram descobertas em apenas dois das sete
dezenas de "sinais alienígenas" conhecidos?
A resposta a esta pergunta, como sugere o astrofísico de
Harvard, pode ser obtida se entendermos em que partes das galáxias nascem as
explosões FRB.
Até agora, essa informação é conhecida apenas para o FRB
121102 e para uma explosão "singular" descoberta em setembro do ano
passado, o que não permite tirar quaisquer conclusões sobre sua natureza.
Fonte: Site Sputniknews Brasil -http://br.sputniknews.com
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