Atraso na Produção Adia VLS Para Segundo Semestre de 2015
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria postada hoje (13/08) no site do jornal “O VALE”, destacando que atraso
na produção adia VLS para Segundo Semestre de 2015.
Duda Falcão
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Atraso na Produção
Adia VLS Para
Segundo Semestre de 2015
Motivo seria atraso em sistema de eletrônica, de
responsabilidade
da MECTRON, de São José; empresa não comenta o caso
Xandu Alves
São José dos Campos
August 13, 2014 - 02:00
Previsto para 2014, o primeiro voo tecnológico (sem
satélite acoplado) de um protótipo do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélite),
para testar o sistema de navegação, foi adiado para o segundo semestre de 2015.
“Devido às dificuldades no desenvolvimento dos sistemas
de controle do veículo, o lançamento-teste foi adiado para o segundo semestre
de 2015”, informou ontem, em nota, o tenente-brigadeiro do ar Alvani Adão da
Silva, diretor do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).
Fontes do setor aeroespacial disseram que o adiamento foi
motivado pelo atraso na entrega do sistema de eletrônica do lançador, sob a
responsabilidade da empresa MECTRON, que tem sede em São José e pertence ao
grupo Odebrecht.
Contratada em dezembro de 2010, por R$ 21,5 milhões, para
produzir o equipamento, que deveria ter sido entregue em agosto de 2012, a MECTRON
ainda não concluiu o trabalho. Um primeiro adiamento foi estabelecido para
dezembro de 2014, mas o novo prazo não será cumprido.
O novo prazo marca um “aniversário negativo” do VLS: os
25 anos desde a primeira data marcada para a estreia do lançador, em 1989.
Com 20 metros de altura, um metro de diâmetro e cerca de
50 toneladas, o VLS é projetado para levar uma carga de 380 quilos a uma órbita
de 700 quilômetros de altitude.
Acidente. Em agosto de 2003, 21 técnicos de São José morreram após
uma explosão e incêndio na torre de lançamento do VLS, na Base de Alcântara
(MA). Desde então, as famílias lutam para que o projeto não seja esquecido pelo
governo federal.
Mas os atrasos no cronograma e cortes no orçamento do
Programa Espacial Brasileiro têm sido apontados como os “culpados” pelo VLS
ainda não ter sido lançado.
“Estamos muito atrás de países como China e Índia”, disse
Ivanil Elisário Barbosa, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de
Ciência e Tecnologia.
Segundo o brigadeiro Alvani Adão da Silva, o projeto está
condicionado a “evoluções na pesquisa e desenvolvimento de sistemas nacionais,
que nem sempre caminham na velocidade prevista em cronogramas”.
Outro lado. Procurada ontem, a Mectron e a Odebrecht não comentaram
o caso.
Entenda o caso
Acidente
Em agosto de 2003, um incêndio na
torre de lançamento do VLS (Veículo Lançador de Satélites), na Base de
Alcântara (MA), matou 21 técnicos de São José dos Campos
Revisão
O acidente provocou uma revisão
do projeto
Teste
O IAE (Instituto de Aeronáutica e
Espaço), de São José, programou para 2014 o primeiro voo tecnológico, sem
satélite acoplado, de um protótipo para testar o sistema de navegação
Atraso
O cronograma sofreu atrasos e foi
mudado para o segundo semestre de 2015, por problemas no desenvolvimento dos
sistemas de controle do veículo
Entrega
Segundo fontes da área
aeroespacial, a empresa Mectron, do grupo Odebrecht, ainda não concluiu a
produção do sistema de eletrônica do lançador, indispensável para o teste de
voo
Medida Afeta Programa Espacial
São José dos Campos - O presidente do
Sindicato dos Servidores Públicos de Ciência e Tecnologia, com base em São
José, Ivanil Elisário Barbosa, criticou os atrasos no projeto do VLS (Veículo
Lançador de Satélite).
Segundo ele, a falta de respeito aos cronogramas
“atrapalha muito o programa espacial brasileiro”.
Para Barbosa, a falta de aumento no orçamento do VLS, “há
anos parado em R$ 15 milhões”, segundo ele, dificulta o lançamento do veículo e
atravanca o desenvolvimento do país no setor espacial.
“É como fazer força para riscar um fósforo, mas nunca o
suficiente para causar a chama. O programa não pega por isso”, comparou.
Segundo ele, os recorrentes atrasos deixam o Brasil
“muito atrasado no programa espacial na comparação com países como China e
Índia”.
“Eles já estão lançando seus veículos e satélites, e nós
não saímos do projeto”, afirmou.
Fonte: Site do Jornal
“O VALE” – 13/08/2014
Comentário: Grande novidade, isto você que lê diariamente o Blog
BRAZILIAN SPACE já sabia há tempos, o que não sabíamos ainda era a participação
da MECTRON nesse atraso (isto é, se esta informação for realmente verdadeira) e
de quanto tempo mais será o atraso quando esse novo cronograma não for cumprido
em 2015. Vamos continuar aguardando e torcendo, já que não resta outra coisa a fazer. Entretanto, informo que o problema é ainda maior e também afeta profundamente os projetos do VLM-1 e do SARA. A coisa tá feia.
Mais uma vez, quanta vergonha sinto do nosso PEB. Só lembrando que americanos e russos conseguiram fazer isso a quase 70 anos atrás e sem os modernos meios de produção que temos hoje. Será que não temos capacidade de criar essas peças faltantes aqui? Que raios de tecnologia é essa que os nossos cientistas e engenheiros não conseguem criar? Mas os verdadeiros culpados estão em Brasília, assistindo a humilhação nacional a cada ano. Como é que países como Irã e Coreia do Norte, que são pequenos, pobres e enfrentam grandes embargos pelos americanos, conseguem lançar foguetes e satélites e nós uma nação continente, que é rica em todos os tipos de minérios e com tantos cérebros não conseguimos sair do papel? Não muita coisa errada nessa história.
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