AEB Quer Alavancar a Indústria Espacial Brasileira

Olá leitor!

Segue abaixo uma pequena nota postada dia (12/08) no site do “Jornal da Ciência” da SBPC, destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) quer alavancar a Indústria Espacial Brasileira.

Duda Falcão

Aeroespacial

AEB Quer Alavancar a Indústria
Espacial Brasileira

“Hoje nossa preocupação central é com a base industrial”, diz presidente da AEB

Viviane Monteiro
Jornal da Ciência
12/08/2014

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Filho, afirmou que o desenvolvimento da indústria espacial hoje é o foco principal do órgão. “Estamos fazendo um grande esforço para que a base industrial se consolide e seja sustentável e que não dependa apenas dos programas oriundos do governo”, disse.

Reconhecendo as dificuldades pelas quais passa a indústria espacial do Brasil, desenvolvida a partir da década de 1990, disse que a intenção da AEB é contribuir para que esse segmento tenha capacidade de operar em pé de igualdade no mundo.

“São pequenas empresas que são muito sensíveis aos investimentos do governo. Isso é normal. Essas empresas, entretanto, não podem viver apenas dos investimentos do governo que, apesar de serem razoáveis, não são suficientes para manter uma base industrial com uma regularidade que é necessária”, reconheceu. “É claro que elas dependem muito de nossos investimentos e temos que trabalhar para que esses investimentos as contemplem.”

Embora os institutos vinculados à AEB estejam também na lista de prioridades da agência, José Raimundo afirma que “nossa preocupação central é com a base industrial”.

Linha de Fomento

Nesse caso, o presidente da AEB citou o programa de fomento ao setor lançado no ano passado, voltado para o fortalecimento e consolidação da base industrial nacional. Trata-se do Plano Inova Aerodefesa, o qual prevê recursos de R$ 2,9 bilhões para o período de 2013 a 2017. A iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Ministério da Defesa (MD) e AEB prevê o fomento à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação nas empresas brasileiras das cadeias de produção aeroespacial, defesa e segurança.

Raimundo vê necessidade de o setor aumentar a participação no comércio exterior. “Aos poucos temos que aumentar nossa participação no mercado externo. Todo mundo enxerga essas necessidades, tanto do lado do governo quanto da indústria”, disse. “O problema são as oportunidades. E as oportunidades é que vão construir o casamento entre as necessidades e as oportunidades. Ou seja, são as oportunidades que vão abrir as janelas para as empresas”, acrescentou.

Ao falar de oportunidades, o presidente da AEB lembrou do esforço do governo brasileiro de levar para China “todos os representantes da indústria brasileira espacial que têm compromisso com o programa espacial desde os anos de 1980”, durante o lançamento do satélite sino-brasileiro no país chinês. “Levamos a indústria brasileira, principalmente, para tentar colocá-la junto às empresas chinesas e poderem competir mundialmente.”

A expectativa do presidente da AEB é de que “essa iniciativa e outras que estamos tomando sirvam” para lançar a base industrial espacial do Brasil no mundo competitivo.

José Raimundo fez questão de citar, ainda, a iniciativa do governo com uma empresa europeia – o consórcio europeu Thales Alenia Space – que ganhou concorrência para desenvolver satélites de comunicações. “Estamos exigindo que essa empresa desenvolva a base industrial brasileira. Ou seja, que desenvolva trabalhos conjuntos com empresas de nossa área espacial.”


Fonte: Jornal da Ciência de 12/08/2014

Comentário: Pois é leitor, este é o Sr. José Raimundo Braga Coelho com os seus números, as suas ações e sua grande visão, demonstrando a sociedade brasileira a grande gestão que vem fazendo a frente de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB)  e suas expectativas ainda mais extraordinárias para o futuro do nosso pífio programa espacial. Realmente estamos muito bem servidos, e o PEB terá um grande futuro nos próximos anos. Triste. 

Comentários

  1. KKKKK Chega a ser piada!!! Esse respeitável Sr. que mal conhece a história do nosso PEB tem sim servido a meia dúzia de empresas que SEMPRE são agraciadas misteriosamente com DISPENSA DE LICITAÇÃO... Nos últimos anos a AEB tem gasto na média 40% do orçamento aprovado, e sim, devolve recursos.... Será mesmo que temos apenas umas 6 empresas aeroespaciais no Brasil??? Ou será que misteriosamente, sempre os mesmos grupinhos sempre ganham... Enquanto tivermos essa política de "incentivo a indústria" sempre teremos dezenas a centenas de milhões sendo gastos por meia duzia de empresa, que continuarão entregando o que tem entregado nos últimos 30 anos... Sistemas antiquados, atrasados, caríssimos e que servem apenas para mostrar ao mundo o pior de nossa engenharia e claro, consumir verbas que poderiam sim, desenvolver um PEB respeitável.

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  2. Não seria melhor acabar com a AEB e deixar a admistração do PEB com o INPE? Isso é possivel?

    André

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    1. Olá André!

      A parte civil que cabe o INPE sim (era assim antes da AEB ser criada em 1994), já a parte militar está sob a direção do DCTA/IAE do Comando da Aeronáutica (COMAER), apesar de contar com recursos da AEB como também do Ministério da Defesa (MD).

      Em minha opinião o problema não está na existência da AEB, e sim como ela é conduzida. A agência nunca funcionou direito como Agência Espacial e virou cabide de emprego e agência de propaganda do governo, quando deveria sim estar debruçada para encontrar soluções para os problemas jurídicos, financeiros, organizacionais e políticos que afetam o PEB. Infelizmente isso não acontece e para piorar as coisas, pessoas como o Sr. José Raimundo (um tremendo de um incompetente) é catapultado para presidência da agência. Enfim, o resultado não poderia ser outro.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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