AEB Divulga Portaria Com Suas Metas Para o Período de 01/07/2014 a 30/06/2015
Olá leitor!
O Diário
Oficial da União (DOU) de hoje (08/08) publicou uma Portaria da Agência
Espacial Brasileira (AEB), tornando publico as metas globais da agência
para o período de 01/07/2014 a 30/06/2015. Abaixo segue a Portaria como publicada
no DOU.
Duda Falcão
AGÊNCIA
ESPACIAL BRASILEIRA
PORTARIA Nº 115, DE 5 DE AGOSTO DE 2014
O PRESIDENTE DA AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto nº 4.718, de 4 de junho de
2003, e de acordo com o estabelecido no Decreto nº 7.133, de 19 de março de
2010, publicado no Diário Oficial da União de 22 de março de 2010, resolve:
Art. 1º Tornar pública a meta global do quarto ciclo de avaliação
de desempenho institucional da Agência Espacial Brasileira, na forma do Anexo:
Art. 2º O ciclo de avaliação corresponde ao período de 01 de julho
de 2014 à 30 de junho de 2015.
Art. 3º Compete à Diretoria de Política Espacial e Investimentos
Estratégicos aferir o resultado da avaliação das metas, fundamentado nas
informações das unidades organizacionais responsáveis pelos indicadores
constantes do Anexo.
Art. 4º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ RAIMUNDO BRAGA COELHO
ANEXO
Metas de Desempenho Institucional - 5ª Ciclo de Avaliação
(GDPGPE)
Período de 01/07/2014 a 30/06/2015
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PROG. TEMÁTICO
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OBJETIVO
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AÇÃO / ATIVIDADE
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PRODUTO
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META
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2056 – Política Espacial
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Realizar missões
espaciais para observação da Terra, meteorologia, telecomunicações e missões científicas
que contribuam para a solução de. problemas nacionais, o desenvolvimento de
tecnologia, a
capacitação industrial
e o avanço do conhecimento científico.
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(1). Programa
CBERS: Conclusão da integração, lançamento e comissionamento em órbita do
satélite CBERS-4.
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Satélite lançado
|
1
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(2). Projeto
AESP-14: Conclusão da integração, lançamento e comissionamento em órbita de
um Cubesat "1U", desenvolvido por estudantes de pós-graduação do
ITA, com o apoio da AEB.
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Cubesat lançado
|
1
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(3). Projeto
SERPENS: Conclusão da integração, lançamento e comissionamento em órbita de
um satélite "3U", desenvolvido por um consórcio de universidades
brasileira que possuem o curso de Engenharia Aeroespacial, com o apoio da AEB.
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Satélite lançado
|
1
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Desenvolver veículos
lançadores nacionais e respectiva infraestrutura de lançamentos no país, com
incremento da participação industrial, garantindo a autonomia Nacional para o
acesso ao espaço.
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(4). Projeto SARA:
Conclusão da integração, lançamento suborbital do Satélite de Reentrada
Atmosférica (SARA) e recuperação da carga útil
(Operação São
Lourenço).
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SARA
lançado
|
1
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(5). Modelo
Elétrico VLS: Conclusão da integração e ensaios do modelo
elétrico (MIR) do
VLS (Operação Santa Bárbara I).
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Testes do VLS
(MIR) realizados
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1
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(6). Modelo
VSISNAV do VLS: Conclusão da integração e lançamento do modelo VSISNAV do VLS
(Operação Santa Bárbara II).
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VSISNAV lançado
|
1
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Desenvolver e consolidar
competências e capital humano para a sustentabilidade do programa
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(7). Plano de
Absorção de Tecnologia do SGDC: Capacitação de profissionais brasileiros em
satélites de telecomunicação, na forma de estágio ("On-Job-Training"),
junto à empresa Thales Alenia Space
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Profissionais
capacitados em Pacotes de Trabalho
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8
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Ampliar o domínio
das tecnologias críticas para garantir autonomia no desenvolvimento das
atividades espaciais.
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(8). Plano de
Tranferência de Tecnologia do SGDC: Celebração de ao menos três contratos com
a indústria nacional para receber tecnologias de satélites de telecomunicação
da empresa Thales Alenia Space.
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Contratos firmados
|
3
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Glossário:
- CBERS: Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres
(China-Brazil Earth Resources Satellite).
- "U": significa um nanossatélite em forma de
cubo em arestas de 10cm e peso em torno de 1kg.
- VSISNAV: Veículo Lançador do SISNAV - Sistema de
Navegação do VLS-1.
- SERPENS: satélite de pequeno porte do Sistema Espacial
para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites.
- SGDC: Satélite Geoestacionário de Defesa e
Telecomunicações Estratégicas.
Fonte: Diário
Oficial da União (DOU) - Seção 1 - pág. 10 - 08/08/2014
Comentário:
Note leitor que a administração de nossa
Agência Espacial de Brinquedo (AEB) é tão ruim que se esqueceram de colocar
entre as metas à importantíssima “Operação Raposa” (veja o período), mas
enfim.... na realidade toda a programação apresentada que se refere as
atividades com veículos lançadores supostamente previstas para 2015 não passa de simples exercício de
Ficção Científica. Olha leitor, mesmo que o Blog não leve em conta as notícias de extremas
mudanças que chegam de SJC (que são em parte surpreendentes e decepcionantes), gente o Governo DILMA ROUSSEFF já era, e tudo a partir
de janeiro seguirá as diretrizes de um novo governo que esperemos não seja tão
desastroso para o PEB quanto foi o dessa presidenta petista debiloide, mas não acreditamos nisso.
Ficamos aqui olhando para as noticias na WEB e curiosamente já não nem consta nas metas referencia ao Cyclone (antes tão relevante...) também no site da AEB temos videos (https://www.youtube.com/watch?v=VKVvuQTsOgE#t=79 e https://www.youtube.com/watch?v=amX3ZG-LBxM) enaltecendo e divulgando o SERPENS como "primeiro" nanosatélite brasileiro que seria lançado em julho de 2014, sendo que o NanosatC-BR1 é o primeiro e o SERPENS ainda pela falta de informações deve ainda estar em desenvolvimento (otimistamente falando pois já estamos em agosto então é inviável um lançamento em setembro devido á logistica envolvida), desta forma ao ser lançado seria o "terceiro" depois do AESP-14 que já esta pronto, estou correto nas conjecturas?
ResponderExcluirAliás o SERPENS esta no video como lançado por veículo Russo (DNPER ou SOYUZ... ) a falta de informação preocupa... pior o que a ACS fez foi o contrato de lançamento internacional com o QB-50 para o Cyclone 4 em 2015, ou seja o "mico" se torna internacional pois compromete um projeto de 50 cubesats, que ainda esta acordado como carga para o Cyclone 4 em 2015 no Brasil.... o projeto dos japoneses Nano-Jasmine programado e pago para ser lançado pelo Cyclone 4 em 2011 e ate hoje esperando o lançamento...
http://www.space.t.u-tokyo.ac.jp/nanojasmine/launch_e/index.html
"The launch of Nano-JASMINE is scheduled for August 2011 from Alcantara, Brazil. Nano-JASMINE is the first astrometry satellite in Japan (and the second in the world, following ESA's Hipparcos space astrometry mission) , and will take giant leap in Japanese space astrometry."
De espantoso mesmo, só o fato dos japoneses terem entrado nesse "mico" do foguete Cyclone.
ResponderExcluirMuito, muito triste, como esses energumenos afundam a imagem do país nesse lamaçal de incompetência.
E pior ainda, o fato de que os profissionais envolvidos, não se manifestarem de forma veemente contra esse estado de coisas, então o nome deles é que acaba respingado, e o mercado de trabalho para esse pessoal que está estudando e se formando, vai resultar num grande NADA.
Absurdo!
Vamos marcar um encontro aqui no dia 08/08/2015 e dar uma boa gargalhada sobre essas "metas", que aliás fazem juz ao nome de "Agência Espacial de Brinquedo", pois afinal de contas são pífias para um país com o potencial do Brasil.
ResponderExcluirTalvez já seja a hora de as empresas e profissionais por aqui, abrirem os seus olhos para mercados mais sérios.
Aqui na América do Sul, devido à proliferação dessas ditaduras populistas, fica muito difícil, mas o mercado internacional está aberto e carente de profissionais. Já que por aqui não há perspectiva de mercado, que sabe esses engenehiros aeroespaciais que estão sendo formados encontrem trabalho fora daqui.
Ao menos isso, talvez o Brasil passe a ser um "fornecedor de mão de obra científica" no setor aeroespacial, pois como se pode ver na lista de metas publicadas para os próximos 12 meses, esse setor está sendo velado para um enterro próximo.
Essas "metas" são ridículas, e depois o pessoal reclama que falta mão de obra. Mas pra que? Pra isso? Aí é como diz o Duda "façam-me uma garapa". Quem acredita que essas metas são razoáveis e não se manifesta contra de forma veemente, não tem direito nem muito menos justificativa para reclamar que falta mão de obra.