O PEB, a Rainha, o Menestrel e o General da Guerra
Olá leitor!
A função de um ‘bom jornalista’ é buscar a notícia onde a
mesma exista com procedência, função essa muito parecida com a de um ‘bom
investigador’.
O leitor sabe que eu não sou jornalista de formação, mas
desde o momento que resolvi criar o blog “BRAZILIAN SPACE” fui obrigado a atuar
como investigador na busca constante por notícias sobre o Programa Espacial
Brasileiro e suas ciências correlatas.
Para tanto, fui obrigado a criar uma espécie de rede de
informação, respeitando e seguindo sempre as orientações dos integrantes dessa
rede sobre o que poderia ser ou não divulgado, não só por entender que o PEB é
um assunto de segurança nacional, mas também pelo respeito à confiança a mim
depositada.
Assim sendo, o que trago para você hoje são informações
que ainda não foram divulgadas pela mídia, mas que foram autorizadas para serem
divulgadas pelo blog “BRAZILIAN SPACE”.
Projeto VLS-1
Segundo fui informado, não há ainda uma garantia de
continuidade do projeto do VLS-1 após o quarto vôo de qualificação desse
foguete (VLS-1 VO4) em 2014. Já que isso dependerá de haver demanda, seja ela
nacional ou estrangeira. Caso exista essa demanda, não há o porquê de não utilizar-se
de um veículo qualificado. O VSISNAV (como é chamado no IAE à missão do VLS-1
XVT-01) e o XVT-02 servirão como ponto de decisão dessa continuidade ou não. Em
outras palavras, caso haja sucesso nessas missões e no lançamento do VO4, outros
lançamentos poderão ser planejados.
Projeto do Motor-Foguete Líquido L5
É sabido pelos que acompanham o PEB que o motor-foguete líquido
L-5 foi criado para ser utilizado no quarto estágio do VLS-1 em substituição do
motor S-44 de propulsão sólida, e esse continua sendo o objetivo do IAE.
Contudo, segundo fui informado, isso só ocorrerá num eventual quinto vôo (VO5)
do veículo, desde que haja demanda, que haja também a necessidade de aumentar a
carga-útil do VLS-1, e desde que tenha ocorrido um vôo de qualificação bem
sucedido desse motor através de foguete de sondagem.
Com a finalização recente da etapa de qualificação em solo
do Motor-foguete L5 (veja a nota e o vídeo dos testes postados aqui no blog) o
próximo passo será a qualificação do motor em vôo.
Sempre achei estranho não existir (pelo menos de
conhecimento público) a informação de como esse motor-foguete L5 seria testado
em vôo, diferentemente do motor L15, que é de conhecimento público o
desenvolvimento de um foguete especifico chamado VS-15.
Assim sendo, fui informado que o IAE para testar esse
motor está trabalhando para lançar em breve (sem data definida ainda, pois
depende de $$, da finalização do SAMF e de recursos humanos - parabéns a DILMA
e ao seu 'ministro menestrel') um novo foguete de sondagem intitulado VS-30/L5 composto em seu
primeiro estágio pelo motor sólido S-30, e no que poderia ser considerado o seu
segundo estágio, uma carga útil composta por uma versão do SAMF “Sistema
de Alimentação de Motor Foguete” acoplado ao L5.
Projeto do Motor-Foguete Sólido S-50
A informação que obtive é que como publicado na ultima
edição da revista “Espaço Brasileiro” realmente existe a possibilidade do
motor-foguete sólido S-50 realizar teste quente no banco de provas da Usina Coronel
Abner em 2012. Entretanto, é uma possibilidade que dependerá dos recursos a
serem liberados em 2012 para o desenvolvimento do motor e do VLM-1, além de que
deverá ser necessário apertar o cumprimento de etapas de desenvolvimento para que
se possa cumprir esse prazo. Na prática, a crença é de que isso não ocorra, por
razões de cronograma e mão de obra insuficiente que atenda todos os eventos
programados para o ano que vêm como o VSISNAV (Campanha MIR-PLAT) e a campanha
do SARA.
Projeto SARA
Sempre me questionei qual o foguete será utilizado para o
lançamento da segunda fase do Projeto SARA, ou seja, a fase orbital.
Assim sendo foi informado que a intenção é utilizar o
VLS-1, amarando o SARA ORBITAL ao sucesso desse veículo, e indiretamente
criando uma demanda inicial para sua continuidade. Entretanto, existe também a
possibilidade da utilização do futuro VLS Alfa, principalmente (na visão do
blog) para os futuros vôos da ainda suposta terceira versão do SARA, que prevê
acoplagens com objetos em órbita, versão essa apresentada durante a realização
do “5º SepP&D” ocorrido em abril
desse ano em São José dos Campos (SP).
Algumas Considerações do Blog
Abaixo segue o que observamos em nossos contatos com a
nossa rede de informação:
- As campanhas de lançamento do SARA Suborbital e a do
VLS-1 XVT 01 (VSISNAV) são prioridades para o ano de 2012 no DCTA/IAE e assim
serão tratadas pelo instituto.
- A equipe de integração e testes é sempre a mesma e
pequena, o que dificulta a realização simultânea de diversos testes de projetos,
fator que atrasa em muito os projetos em curso no instituto.
- A falta de atitude do governo DILMA é motivo de
insatisfação não declarada por motivos óbvios, que aumenta a cada dia, pois as
únicas coisas que chegam de Brasília são cortes no orçamento, promessas e mais
promessas e políticos menestréis que aparecem de vez em quando em visitas
oficiais fazendo novas promessas.
Ora leitor, a impressão que dá é de que se estivéssemos
na idade média, à presidente DILMA seria tratada de Rainha, o ministro
Mercadante seria o Menestrel da corte (sempre muito bem vestido, utilizando seu
talento como orador, vendendo simpatia e contando estórias de suas aventuras),
responsável pelo entretenimento da mesma, e o ministro Amorim o seu General da Guerra, ambos olhados com desconfiança e insegurança tanto pela corte quanto
pelos seus subordinados. Uma vergonha.
Duda Falcão
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