Le Gall: "Lançamentos Falam Mais Alto que Palavras!"
Olá leitor!
Segue abaixo uma pequena nota postada ontem (10/12) no
blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski destacando alguns
trechos da entrevista com o presidente da Arianespace, Jean-Yves Le Gall, postado
no site da empresa recentemente.
Duda Falcão
Le Gall: "Lançamentos Falam Mais
Alto que Palavras!"
André Mileski
10/12/2011
Foi disponibilizado no website da
Arianespace, uma curta, porém interessante entrevista
com Jean-Yves Le Gall, presidente da provedora de lançamentos
espaciais. A entrevista aborda o ano de 2011 para a empresa, perspectivas para
2012, a formação da família de lançadores (Ariane 5, Soyuz e Vega, este último
devendo realizar seu vôo de estréia no início do ano que vem), e também o
surgimento de competidores.
Sobre competição, a resposta de Le Gall a última questão
(ver tradução livre abaixo) sintetiza bem sua visão sobre o mercado, já
destacada e analisada pelo blog Panorama Espacial
no início desse ano (ver "Entrevista
com Jean-Yves Le Gall, presidente da Arianespace" e também sua análise).
Muito embora a questão tenha focado competidores emergentes dos EUA (destaque
para a SpaceX, com o Falcon 9), a resposta do executivo da Arianespace tem
alcance global, inclusive para os esforços ucraniano-brasileiros da Alcântara
Cyclone Space.
"Questão: Como você vê a
demanda do mercado de serviços de lançamento nos EUA, e qual é a sua visão
sobre uma possível competição de longo prazo de novos sistemas de transporte
espacial americanos sendo desenvolvidos com significativo apoio de recursos
governamentais?
Jean-Yves Le Gall: O mote não
oficial da Arianespace é: "Lançamentos falam mais alto que palavras!"
Atualmente, contudo, eu ouço muitas "palavras", mas não vejo muitos
"lançamentos". Eu acredito que antes que estes novos sistemas
tornem-se reais competidores, eles precisarão mostrar que podem lançar com
confiança e regularidade, e a preços competitivos. Isto é o que a Arianespace
faz hoje, e levará muitos anos para que nossos competidores alcancem esse
ponto. É importante destacar que o Ariane 5 realizou seu vôo de estréia em
1996, tendo entrado em serviço operacional em 2005. Leva tempo para se ter um
sistema comprovado como o nosso, o que me faz acreditar que a Arianespace
continuará a liderar o mercado de serviços de lançamento."
OBS: Veja abaixo uma reportagem da WEB TV do MCTI sobre a Audiência Pública realizada dia 07/12 na “Comissão
de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados” onde com sua habilidade política e oratória, fica claro que o ministro Aloizio Mercadante está conseguindo seduzir os deputados para apoiarem esse desastroso acordo, mesmo tendo a comunidade científica de setor contrária. Lamentável!
Audiência Pública na Câmara dos Deputados
WEB TV do MCTI - 08/12/2011
Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski
Comentário: Está aí leitor nas entre linhas das palavras
do talvez mais competente executivo na área de lançamentos de satélite
comerciais do mundo, mais uma razão para morte anunciada da mal engenhada
empresa Alcântara Cyclone Space (ACS). Além de todos os problemas já apontados aqui
pelo blog, a falta de conhecimento do mercado é um cheque mate nas pretensões
da ACS. Note que o executivo francês nem considera a ACS como um concorrente a
ser levado a sério, e evidentemente não poderia ser diferente, mediante as
dificuldades que a mesma terá de enfrentar e principalmente pela megalomania já
demonstrada pelos seus representantes em alguns momentos através da mídia, como
a pretensão de abocanhar 10% no mercado no seu primeiro ano de operação. Não é
por acaso que a revolta é grande de todos nos bastidores do PEB, principalmente
por esse acordo além de ser desastroso tecnologicamente, de não acrescentar
nada e de ter sido motivado por motivos políticos, atua também como um minador de
recursos estimáveis para o verdadeiro Programa Espacial Brasileiro. Uma
vergonha iniciada pelo incompetente Roberto Amaral no governo do humorista
LULA, agora capitaneada pelos ministros Mercadante e Amorim e apoiada
irresponsavelmente pela presidente DILMA ROUSSEFF.
Na Veja estes dias, tem falado que o Mercadante irá para um novo ministerio na reforma ministerial que a Dilma pretende fazer apartir de janeiro. Então ele não irá ficar muito tempo mais lá.
ResponderExcluirOlá Ricardo!
ResponderExcluirMesmo que isso acabe acontecendo, o mesmo será substituído por um outro com o mesmo perfil ou até pior. É lamentável amigo, mas é a realidade de como as coisas são irresponsavelmente conduzidas em Brasília.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)