Brasil Participa da Competição Internacional MIC-2
Olá leitor!
O Brasil é um país que apesar de sua cultura e de seus
políticos de m... sempre está nos surpreendendo pela iniciativa de seu povo,
pessoas que são obrigadas a passarem por dificuldades enormes, mas que sempre
encontram soluções para resolver seus problemas e dificuldades. Assim também
ocorre com aqueles realizadores que atuam nas atividades espaciais do país,
seja na área pública, privada ou educacional.
Pessoas como Gilberto Câmara, Marco Antônio Raupp, Petrônio
Noronha de Souza, Otávio Durão, Haroldo Fraga de Campos Velho, Elbert E. N.
Macau, Brig. Francisco Carlos Melo Pantoja. Brig. Carlos Antônio Kasemodel, Cel. Av. Avandelino
Santana Jr., Cel. Av. Francisco Rodrigues Rangel, Cel. Av. Luiz Guilherme
Silveira de Medeiros (na área pública), Tecnólogo Oswaldo Loureda, Eng. José
Miraglia, Eng. Rene Nardi, empresários Sergio Cabral Cavalcanti e Wagner Brito (na área privada) e os
professores Cândido Oswaldo de Moura, Marcos Luna, Andrevaldo Glaidson Pereira Tavares, Othon
Cabo Winter,
Carlos Alberto Gurgel, José Leonardo Ferreira,
Júlio César Guedes
Antunes, Emerson Lima, entre tantos outros na área educacional, e evidente
o astronauta Marcos César Pontes na área pública, privada e educacional, são
grandes exemplos do que chamamos “GENTE QUE FAZ”. Bem diferentes de Collors, Francos,
Cardosos, Lulas, Rezendes, Amarais, Rousseffs, Mercadantes, Amorins e a lista é
enorme, que atrapalham enormemente as atividades espaciais brasileiras, devido
a decisões estapafúrdias, incompetência e em grande parte por falta de
interesse e atitude política para com esse crucial e estratégico programa da
área de ciência e tecnologia do país.
Veja o caso da ESA (Agência Espacial Européia), que em
menos de três anos, concebeu, tomou a decisão de realizar, desenvolveu e irá
agora em janeiro realizar o primeiro teste
de reentrada atmosférica do protótipo do IXV (Intermediate eXperimental Vehicle,
ou Veículo Experimental Intermediário), tudo isso partindo do zero e demonstrando
como realmente se faz um programa espacial sério, mesmo a Europa passando por
dificuldades econômicas enormes. (Veja a nota: “Nave Espacial Européia Será Testada em Janeiro”)
Já no Brasil, projetos espaciais levam décadas (VLS-1, Satélite
Amazônia 1, Satélite Sabia-Mar, entre outros) sem qualquer real expectativa de
serem realizados, obrigados a se sujeitarem a uma burrocracia e ainda tem de
enfrentar uma total falta de foco motivada por decisões sem qualquer critério técnico
e sim por critérios políticos irresponsáveis de pessoas que não enxergam um palmo
diante do nariz.
Felizmente nas instituições que realizam as atividades
espaciais brasileiras, seja na área pública, privada ou educacional, existem
profissionais que acreditam no seu trabalho, brasileiros que querem colaborar
com o futuro do país, motivados que são em grande parte por um sentimento de 'brasilidade e idealismo inabalável' que infelizmente não existe na classe política desse país.
Entretanto, deixando de lado os empecilhos que impedem o
desenvolvimento de nosso PEB e os 'energúmenos' que militam nos bastidores
políticos diretamente envolvidos com o programa, passo agora a falar sobre uma
competição internacional em curso que conta com a participação brasileira.
Trata-se do “II Mission Idea Contest for
Micro/Nano-Satellite Utilization (MIC 2)” que conta com a participação de
diversos países (Alemanha, México, Brasil, Egito, Quênia, Singapura, Vietnam,
Venezuela, Espanha, África do Sul, Peru, Austrália, Japão, entre outros) e que
no Brasil tem como coordenador o Prof. Fernando Stancato da Universidade de São
Paulo (USP).
Para aquele leitor que não lembra do Prof. Stancato, ele
foi o líder da equipe da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) que desenvolveu
o primeiro nanosatélite brasileiro, ou seja, o UNOSAT (Undergraduate Orbital Student Satellite), que
infelizmente explodiu junto com o SATEC (Satélite Tecnológico) do INPE no
acidente do terceiro protótipo VLS-1 em agosto de 2003. (veja a nota: “Sucessos e Insucessos do Programa Espacial Brasileiro”)
Diversos seminários regionais dessa competição foram
realizados em diferentes países durante o ano de 2011, e em 09 e 16/11 dois
seminários aconteceram na USP sob a coordenação do Prof. Fernando Stancato.
I Seminário Regional – Brasil/USP – 09/11/2011
II Seminário Regional – Brasil/USP – 16/11/2011
Para obter maiores informações de como participar dessa
competição, sugiro ao interessado que visite o site do evento pelo link: http://www.spacemic.net/index.html
e busque contato com Professor Fernando Stancato.
Duda Falcão
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