Estudantes da UnB Iniciam Intercâmbio na Ucrânia

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (12/12) no site da “Universidade de Brasília (UnB)” destacando que nessa semana 10 estudantes de pós-graduação da UnB começam um período de sete meses em Dnipropetrovsk, na Ucrânia, onde farão cursos em diferentes áreas da aeronáutica para finalizarem suas dissertações de mestrado.

Duda Falcão

TECNOLOGIA

Estudantes da UnB Iniciam
Intercâmbio na Ucrânia

Alunos de mestrado vão aprender sobre construção e
lançamento de foguetes. Intercâmbio faz parte das atividades
da agência espacial brasileira-ucraniana

Diogo Lopes de Oliveira
Da Secretaria de Comunicação da UnB
12/12/2011

Reprodução

Na antiga União Soviética, quando ainda imperava a guerra fria, a Universidade Nacional de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, não recebia estrangeiros. Localizada a 376 km da capital Kiev, a academia era responsável pela construção de mísseis intercontinentais. Hoje, toda a tecnologia de foguetes ucraniana está nessa instituição. Nesta semana, dez estudantes de pós-graduação da UnB começam um período de sete meses em Dnipropetrovsk, onde farão cursos em diferentes áreas da aeronáutica para finalizarem suas dissertações de mestrado. “É possível aprender a teoria na UnB, mas na Ucrânia eles poderão ter uma experiência prática”, explicou Paolo Gessini, professor adjunto de Engenharia da Faculdade UnB Gama e um dos organizadores do intercâmbio. “Será uma experiência muito boa para a UnB e para o Brasil’.

Pedro Kaled, mestrando em Ciências Mecânicas contou que a preparação para a ida ao centro especializado em tecnologia aeroespacial exigiu um grande esforço por parte dos estudantes, incluindo aulas de russo pagas por eles mesmos. O interesse de Kaled é aplicar os conhecimentos adquiridos para ser projetista e unir componentes como motor, tanques de combustível e a carga útil dos veículos. “Os ucranianos montam foguetes com a mesma naturalidade que os brasileiros montam carros”, afirmou. Outra preocupação do aluno é com a temperatura. Nesta época do ano os termômetros marcam uma média de 15 °C negativos. “Nunca enfrentei uma temperatura dessas. Só um pouco menos de 0 °C nos Estados Unidos, mas há muito tempo”, explicou.

A expectativa de Jeferson Chaurais também é grande. “Quero ir lá para ver como as coisas são feitas e aproveitar a experiência para o meu mestrado em controle de veículos lançadores”, afirmou. Assim como Kaled, o catarinense Jeferson gostaria de integrar a empresa Alcântara Cyclone Space (ACS), criada em 2003 com capital 100% público, metade brasileiro, metade ucraniano. No segundo semestre de 2013, a empresa binacional deve lançar o seu primeiro foguete, o Cyclone 4, com capacidade de colocar na órbita terrestre até três satélites.

A única mulher do grupo, Adriana Elisa, estudante de Engenharia Elétrica, pretende aprender detalhes sobre otimização de trajetória de foguetes. “Além da língua e da cultura, quero entender como traçar o melhor caminho para o satélite utilizando a menor carga”, disse Adriana. Como o sistema de intercâmbio não é fechado, a aluna explicou que pretende ter contato com várias áreas, mas que pretende focar em controle e automação, tema de seu mestrado.

O professor Manuel Barcelos, que dá aulas de de Termodinâmica,  explica que a idéia de intercâmbio partiu da Embaixada da Ucrânia, que há três anos buscou a UnB para estreitar relações entre os dois países. A partir disso foi criado um comitê formado pelos professores da UnB Geovany Borges, Carlos Gurgel, José Leonardo Ferreira, o próprio Manuel Barcelos e mais recentemente, o professor Paolo Gessini. O grupo fez uma visita à Universidade Nacional de Dnipropetrovsk e, em 2009, o reitores José Geraldo de Sousa Júnior e Nikolay Polyakov assinaram um acordo de cooperação.

O financiamento das viagens e custos dos estudantes brasileiros vem de uma parceria entre o CNPq, a Agência Espacial Brasileira, a UnB e a ACS. O professor Gessini garante que a troca de experiências também favorece o país do leste europeu. “Os ucranianos são muito bons em propulsão sólida e líquida, mas nós somos muito bons em propulsão híbrida”.


Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)

Comentário: Ficaremos aqui na torcida para que esses jovens possam assimilar ao máximo conhecimento e experiências e assim no futuro eles venham empregá-las no verdadeiro Programa Espacial Brasileiro, mas sempre tendo em mente a busca por tecnologias verdes e não as tóxicas que estão sendo trazidas pelos ucranianos ao Brasil.

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